67% tomariam vacina contra covid-19; outros 19% rejeitam, mostra pesquisa PoderData

Foto: Daniel Schludi (via Unsplash)

Pesquisa PoderData indica que 67% da população brasileira “com certeza” tomaria uma vacina contra a covid-19 assim que estivesse disponível. A taxa se manteve estável ante o levantamento realizado cerca de um mês antes, mas caiu quando comparado ao estudo feito de 6 a 8 de julho – quando 85% queriam o imunizante.

O percentual dos que disseram rejeitar a fórmula é agora de 19%, ante 22% na consulta realizada de 26 a 28 de outubro.

Os dados foram coletados de 23 a 25 de novembro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 479 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

O estudo destacou, também, os recortes para as respostas à pergunta sobre a percepção dos entrevistados em relação à vacina. Leia abaixo a estratificação por sexo, idade, região, escolaridade e renda. Ao lado, os percentuais, proporcionais, dos grupos que mais apoiam e rejeitam o imunizante.

Extratificação

Quem mais tomaria

– os que têm 60 anos ou mais (75%);

– os com ensino superior (72%);

– moradores da região Norte (82%);

– os que recebem mais de 10 salários mínimos (98%).

Quem mais rejeita

– os que têm até o ensino fundamental (24%);

– os moradores da região Nordeste (24%);

– os que recebem de 5 a 10 salários mínimos (35%).

Obrigatoriedade

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo,  João Doria (PSDB),  travam um embate. O tucano quer vacinar obrigatoriamente contra covid-19 toda a população do Estado que comanda. O chefe do Executivo é contra.

A discussão sobre a obrigatoriedade ou não do imunizante será feita, também, no STF (Supremo Tribunal Federal). O ministro Ricardo Lewandowski vai levar diretamente ao plenário 3 ações que discutem o tema e outras medidas profiláticas no combate à pandemia.

*Poder 360

Postado em 2 de dezembro de 2020