7 em 10 moradores do Rio querem deixar a cidade por causa da violência
Georgina, Eduardo e Carolina são moradores do Rio e refletem a sensação de medo e as mudanças de comportamento por causa da atual onda de violência na cidade. Todo esse cenário aparece em pesquisa Datafolha feita nesta semana. Se pudessem, 72% dos moradores dizem que iriam embora do Rio por causa da violência.
O levantamento, nesta terça (3) e quarta (4), foi realizado dez dias após um intenso conflito de facções na favela da Rocinha, que fechou vias, levou pânico a moradores da cidade e provocou um cerco das Forças Armadas por uma semana à comunidade.
Eduardo Santos, 37, é médico de família e trabalha em uma clínica pública na Rocinha. Ele diz que diariamente recebe de manhã, por celular, um código (vermelho, amarelo ou verde), que indica a situação de segurança na favela e como será o seu trabalho.
Caso seja vermelho, significa que a clínica está fechada e ele não deve ir. Se for amarelo, a clínica está aberta, mas os médicos não podem subir o morro.
Nesta sexta (6), na Rocinha, uma adolescente de 16 anos foi atingida por uma bala perdida. Ele estava dentro de casa –o estado de saúde dela é estável. No mesmo tiroteio, dois homens morreram em confronto com a polícia.