A solidão para qual caminha Rosalba

A articulação que a oposição começa a preparar desde agora
pensando em 2014 indica que o grau de delicadeza em que se encontra a
governadora Rosalba Ciarlini.

A mandatária trava duas lutas: uma contra os desgastantes índices de
reprovação – e o faz através de ações que ainda não deram retorno
eleitoral. A outra luta é para manter o PMDB em seu barco. A legenda de
Henrique e Garibaldi, contudo, deverá saltar se o naufrágio for dado
como certo, caso em que o PR de João Maia também abandona o governo.
Enquanto isso, a oposição se articula. Além de ter a própria gestão
de Rosalba como cabo eleitoral, os líderes oposicionistas contam desde
já com as alianças e só precisam chegar a 2014 definindo quem vai ser o
quê.
PT, PSB, PSD, PDT e PCdoB já estão em franca conversa. O Partido dos
Trabalhadores já conversou com o prefeito Carlos Eduardo e ficou
definido um fórum para que as demais legendas venham dar sua
contribuição.
Nesse cenário, temos já previamente articulados Fátima Bezerra, que
deve lutar pelo Senado, Wilma de Faria, que se diz postulante à Câmara
Federal, e Robinson Faria, único cuja candidatura ainda não empolgou. O
ex-presidente da AL quer ser governador, mas se o grupo de oposição
sentir que não é seu momento, ele mais uma vez será preterido e deverá
ser vice de novo.
Eleitoralmente, esse grupo parece mais forte do que a governadora,
que tem até outubro desse ano para empolgar o eleitorado. Depois daí, é
contar 365 dias para as urnas, período no qual dificilmente se reverte
um desgaste.

Será por esse período que o termômetro político indicará se o PMDB deve,
levando o PR, pular da administração. E com o PMDB com bloco próprio é
provável que a oposição tenha duas candidaturas ao governo, único
cenário com o qual Rosalba pode se animar em sua solidão.
Fonte: BG
Postado em 7 de maio de 2013