Adolescente corta pênis de homem que tentava estupro pela segunda vez

Foto: SAJJAD HUSSAIN / AFP
Entre os casos recentes de estupro na Índia, um teve um final diferente. Uma adolescente indiana cortou o pênis de um homem que tentava a estuprar pela segunda vez. O homem, tio da menina, está foragido e é procurado pelos detetives do caso, que elogiaram a coragem da moça.

 A polícia de Madhepura, no distrito de Bihar, informou que a jovem, que tem 17 ou 18 anos, havia sido abusada pelo agressor no mês passado. De acordo com a imprensa indiana, a menina teria sido levada pelos pais para participar um ritual tântrico, a fim de ser curada pelo tio de uma doença.

 Depois do ocorrido, a menina foi até o conselho local para relatar o fato, porém sem sucesso. Então, a jovem se dirigiu à delegacia para mulheres, de Alam Nagar, localizada a 360 quilômetros a leste da capital regional, Patna. O oficial Ak Singh, superintendente da delegacia, informou ao jornal britânico “The Independent” que o homem abusou do fato de ser membro da família e ter uma relação de confiança com a sobrinha.


 — O incidente ocorreu há 20 dias. Inicialmente, a menina foi ao conselho local. Mas como isso foi inútil, ela foi trazida a mim — disse Singh.

Ao ser perguntado sobre a possibilidade de a jovem ser incriminada, o delegado respondeu:

— Por que nós deveríamos incriminá-la? Nós deveríamos aplaudir o seu ato de bravura e coragem.


 ABUSOS FRENQUENTES NA ÍNDIA
 Quase todos os dias, a mídia indiana noticia casos chocantes de abusos sexuais que acontecem por todo o país. A quantidade de crimes como esse aumentou desde o estupro coletivo e assassinato de uma estudante em dezembro de 2012, em Nova Délhi.

 Outros, no entanto, alertam que o que aumentou foi a denúncia depois da repercussão do caso.

A jovem havia embarcado em um ônibus, depois de irem ao cinema. Ela foi estuprada e jogada do veículo. O crime motivou protestos e debates pelo país sobre a condição e tratamento dado às mulheres indianas. O governo então aprovou uma série de penas mais duras para os condenados por estupro. 


 O Globo
Postado em 5 de agosto de 2014