Advogada quer evitar transferência de PMs presos para presídio potiguar

Advogada Kátia Nunes mostra o documento de transferência de PM para Alcaçuz (Foto: Caroline Holder/G1)
A Justiça do Rio Grande
do Norte determinou a transferência dos dois policiais militares presos
nesta sexta-feira (19) para a penitenciária estadual de Alcaçuz, na
Grande Natal. A informação foi repassada pela advogada que defende os
PMs, Kátia Nunes. Na opinião dela, a medida é ilegal, uma vez que PMs
devem ser encaminhados para presídios militares.
 
“Mandá-los para lá é
assinar uma sentença de morte. Eles trabalhavam na rua, com certeza já
prenderam vários condenados que estão lá. Não se pode colocar policias
militares num presídio comum”, defendeu a advogada.
 
Ainda segundo a
advogada, os policiais militares Wendell Fagner Cortez e Rosivaldo
Azevedo negam ter praticado o homicídio pelo qual estão sendo acusados.
“Tenho um vídeo de uma festa infantil, na qual Wendell aparece no dia em
que Jacson foi morto em Afonso Bezerra. Ele não pode estar em dois
locais ao mesmo tempo. A mulher de Rosivaldo também me falou que ele tem
um álibi. Imagens das câmeras de segurança mostram que ele estava em
casa no dia do crime, 23 de março de 2013” indicou Kátia.
 
Os dois PMs estão sendo
acusados de matar Jackson Michael da Silva Soares, de 24 anos, na zona
rural do município de Afonso Bezerra, a 168 quilômetros de Natal.
“Jackson é um traficante, suspeito de matar um o policial militar J.
Fernandes. Ele nunca respondeu por isso. Agora os meus clientes estão
sendo acusados pela morte dele”, enfatizou a advogada.
 
Segundo o comandante
geral da PM, coronel Francisco Araújo Silva, “os mandados foram
expedidos em razão de um homicídio ocorrido no município de Afonso
Bezerra, mas os dois também são investigados pela prática de outros
crimes em Natal e região metropolitana”.
 
Os dois soldados presos, ainda de acordo com o comandante, foram reformados (aposentados por questões de saúde) há poucos meses.
 
Fonte: G1/RN
Postado em 20 de abril de 2013