‘Ainda estou tentando digerir’, diz colega de trabalhador morto a facadas na zona Oeste de Natal
“Jeová era uma pessoa trabalhadora e humilde. Ainda estou tentando digerir tudo isso”. Essas foram as palavras de Arthur Guedes, colega de trabalho e amigo de Jeová César, funcionário de uma corretora de veículos que foi morto na tarde desta quinta-feira (13) no bairro Nazaré, localizado na zona Oeste de Natal.
De acordo com o relato de Arthur, ele e a vítima do crime desta quinta-feira trabalhavam juntos há sete anos. No local de trabalho, eles estavam próximos e a relação entre os dois era saudável, amigável. Como em um dia qualquer, Arthur saiu para almoçar. Porém, ele não sabia que sua última conversa com Jeóva seria por telefone. Ele relatou que o último contato entre ele e o vendedor ocorreu de forma profissional, com Jeová o pedindo para voltar rápido para a loja: a vítima estava fechando a venda de uma motocicleta. “Ele estava me esperando para reunir alguns documentos (referentes a venda). Ele não sabia mexer nessa parte tecnologica e esperava por mim porque era eu que resolvia essas coisas para ele”, disse.
Ao voltar do almoço, Guedes encontrou a cena do crime. Arthur contou que raiva e tristeza se misturaram ao ver tudo aquilo. “Ficamos desesperados, revoltados e indignados. Um senhor de idade que estava trabalhando perdeu a vida dessa forma, de graça. Ele tinha a idade de ser o meu pai. Há uma mistura entre os sentimentos de tristeza e revolta”, afirmou.
Ao relatar que (em conversa sua com os policiais), o autor do crime teria tentado assaltar Jeová, ele reforçou a boa índole que via no colega e lamentou a tragédia. “Pelo que os policiais falaram, a suspeita é de que tenha ocorrido um latrocínio. Ele era uma pessoa honesta e simples”, relatou.
*Tribuna do Norte