Após liberdade provisória, jipeiro acusado de matar amigo durante confraternização é preso no RN
Fantone Maia, de 41 anos foi morto a tiros por amigo durante confraternização — Foto: Reprodução/Redes Sociais
O jipeiro Ailton Berto da Silva, de 50 anos, acusado de matar Fantone Henry Filgueira durante uma confraternização no litoral potiguar em novembro do ano passado, foi preso preventivamente na tarde desta sexta-feira (24) em casa pela Polícia Militar. A detenção aconteceu após pedido do Ministério Público do RN que foi atendido pelo Tribunal de Justiça do estado.
Ailton Berto da Silva estava em liberdade provisória desde o dia 2 de abril, após decisão judicial. O jipeiro havia sido preso pela primeira vez em 6 de dezembro na cidade de Goianinha, distante 60 quilômetros de Natal.
De acordo com o MP, o jipeiro Ailton Berto da Silva é réu confesso do assassinato de Fantone Henry e da tentativa de homicídio de outras três pessoas durante a confraternização.
Na decisão, o TJRN destacou que a prisão preventiva “se justifica com base na aplicação da lei penal, pois o acusado se evadiu do local do crime, sendo encontrado somente uma semana após o fato delituoso” e que “o fato de possuir residência fixa, trabalho lícito, primariedade e bons antecedentes não garantem ao acusado o direito de responder ao processo em liberdade, quando presentes os demais pressupostos da segregação cautelar”.
Ailton recebeu liberdade provisória sob as condições de não se ausentar da cidade onde reside sem prévia autorização judicial e usar a tornozeleira eletrônica. Os autos da soltura do acusado, no entanto, não haviam sido remetidos ao MPRN, que recorreu da decisão, porque entendeu que ela se valeu de “fundamentação genérica”.
Nesse recurso, a Promotoria de Justiça de Extremoz apontou para a prisão preventiva, alegando não ser pertinente e “muito menos recomendável da concessão de cautelares diversas da prisão, já que foi amplamente demonstrada a periculosidade do agente, risco de reiteração delitiva e efetiva possibilidade de fuga do distrito da culpa”.
*G1 RN