Arrochando o nó: Conta de luz terá custo extra de R$ 800 milhões para o consumidor
Por decreto, Dilma abriu caminho para a Aneel reajustar os preços da energia elétrica, que podem chegar a R$ 5,50 por 100 kwh na bandeira vermelha; receita extra vai pesar no bolso do consumidor
ANDRÉ BORGES, EDUARDO RODRIGUES, LUCI RIBEIRO – O ESTADO DE S. PAULO
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse esperar que o reajuste das bandeiras tarifárias incluídas na conta de luz seja inferior a 50%. A decisão final sobre o aumento das bandeiras será tomada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os novos valores devem vigorar a partir de março.
ANDRÉ BORGES, EDUARDO RODRIGUES, LUCI RIBEIRO – O ESTADO DE S. PAULO
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse esperar que o reajuste das bandeiras tarifárias incluídas na conta de luz seja inferior a 50%. A decisão final sobre o aumento das bandeiras será tomada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os novos valores devem vigorar a partir de março.
A estimativa do ministro é bem abaixo da proposta da Aneel. Mais cedo, o Broadcast, da Agência Estado, informou que a Aneel vai propor que o valor da bandeira vermelha suba dos atuais R$ 3 para R$ 5,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos no mês, um aumento de mais de 83%. Para a bandeira amarela, a cobrança adicional deverá subir de R$ 1,50 para R$ 2,50 por 100 kWh.
Incluídas na conta de luz de cada consumidor, as bandeiras são divididas em três cores.
Incluídas na conta de luz de cada consumidor, as bandeiras são divididas em três cores.
Ao contrário da vermelha e da amarela, a de cor verde indica que a fatura de luz não terá acréscimo. Em janeiro e fevereiro, está em vigor no País a bandeira vermelha, por causa da necessidade de acionamento pleno das usinas térmicas, que são bem mais caras que as hidrelétricas. “O reajuste da bandeira, acredito, será menor que 50%, mas isso é papel da Aneel, não quero fazer especulação sobre números”, comentou.
“Da mesma forma que o consumidor terá a transparência absoluta da questão da matriz energética, do risco hidrológico e que isso pode tornar a tarifa mais cara num determinado mês, no outro ela pode ficar mais barata, dependendo da mudança do clima”, disse.
Braga negou que a decisão do reajuste foi tomada porque as taxas atuais não estariam surtindo efeito para reduzir o consumo. “Não é que não estava surtindo efeito.
Braga negou que a decisão do reajuste foi tomada porque as taxas atuais não estariam surtindo efeito para reduzir o consumo. “Não é que não estava surtindo efeito.
É que nós estamos fazendo uma reestruturação do setor elétrico desde que chegamos aqui. Essa reestruturação passa por uma revisão tarifária”, declarou.
Os recursos que irão compor a conta das bandeiras tarifárias virão do bolso do consumidor, que pagará faturas de luz mais caras, caso o preço da energia gerada no País esteja muito alto.
Os recursos que irão compor a conta das bandeiras tarifárias virão do bolso do consumidor, que pagará faturas de luz mais caras, caso o preço da energia gerada no País esteja muito alto.
As bandeiras são divididas em três cores. A verde indica que a tarifa não terá aumento. A amarela representa um acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 kWh consumidos no mês. Já a bandeira vermelha indica que o consumidor pagará a mais o valor R$ 3,00 para cada 100 kWh de energia usados no mês. Em janeiro e fevereiro, está em vigor no País a bandeira vermelha.
Postado em 6 de fevereiro de 2015