Aumento da fila, ‘farra de passagens’ e pressão do PT derrubam presidente do INSS
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu exonerar o presidente interino do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), Glauco André Wamburg, após apenas cinco meses de mandato. Para assumir a presidência do órgão de forma permanente, o escolhido foi o atual diretor de Orçamento, Finanças e Logística da autarquia, Alessandro Stefanutto.
O blog apurou com fontes do Ministério da Previdência e do INSS que três fatores determinaram a queda de Glauco Wamburg: o aumento da fila por benefícios, as suspeitas de mau uso de passagens e diárias e a pressão interna de grupos ligados ao PT que questionavam a escolha dele desde o início do ano.
Indicação do PSD
Glauco é servidor do INSS, mas chegou ao comando da autarquia por indicação política do deputado federal Hugo Leal, do PSD do Rio de Janeiro. A escolha foi uma forma de agradar a bancada do PSD na Câmara, que ficou sem nenhum ministério de peso, enquanto o PSD no Senado foi contemplado com dois ministros, Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Carlos Fávaro (Agricultura).
A escolha dele não foi bem recebida por servidores do INSS justamente por ter sido resultado de indicação política, e não por critérios técnicos. Na época, fontes do órgão ouvidas pelo blog mencionaram ainda o fato de Glauco ter presidido a fundação Leão XII no Rio de Janeiro na época em que veio à tona um escândalo de funcionários fantasmas.
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