Avião que caiu em Vinhedo-SP não fez comunicação de emergência, diz investigador da FAB

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O chefe da Seção de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, brigadeiro Marcelo Moreno, da Força Aérea Brasileira (FAB), afirmou nesta sexta-feira, 9, que não houve comunicação de emergência entre a aeronave que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, e as torres de controle. O brigadeiro destacou, porém, que todas as informações são “muito prematuras” e demandam mais apurações.

“Não houve comunicação por parte da aeronave com órgãos de controle se haveria uma emergência”, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em Brasília.

O voo, que saiu de Cascavel às 11h46, manteve comunicação normal até as 13h20, segundo nota da FAB. A partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas e perdeu o contato radar às 13h22. O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) informou que a aeronave foi encontrada acidentada, em um condomínio residencial às 13h26. O avião tinha 58 passageiros e quatro tripulantes a bordo. Todos morreram.

O brigadeiro Marcelo Moreno informou que vai se deslocar para São Paulo na noite desta sexta-feira. O comandante da FAB, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno já estava em deslocamento. Moreno deve retornar a Brasília para analisar o material coletado no local da queda. A capital federal tem um dos dois laboratórios do hemisfério sul capazes de extrair dados de caixas-pretas — tanto o gravador de vozes, quanto o gravador de dados.

O brigadeiro alertou, porém, que há a possibilidade dos equipamentos terem sido danificados pelo incêndio causado pela queda da aeronave. Neste caso, a FAB precisará acionar agências internacionais. O Cenipa tem parceria com agências de investigação da França, Canadá e Estados Unidos e pode ainda acionar o fabricante dos equipamentos.

*Veja

Postado em 10 de agosto de 2024