Bispo e padres são presos em operação contra desvios de recursos na Igreja Católica em três cidades de Goiás
Bispo de Formosa, Dom José Ronaldo, foi preso durante operação do MP (Foto: Reprodução) |
Segundo a investigação, o grupo se apropriava de dinheiro oriundo de dízimos, doações, arrecadações de festas realizadas por fiéis e taxas de eventos como batismos e casamentos. O G1 tentou contato por telefone e mensagem com a Diocese de Formosa, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.
As investigações começaram após denúncias de fiéis que relataram desvios iniciados em 2015.
A ação, batizada de “Caifás”, tem ao todo são 13 mandatos de prisão e dez de busca e apreensão em Formosa, Posse e Planaltina. Além de residências e igrejas, um monsteiro também é alvo da investigação.
De acordo com o MP-GO, a suspeita é que a associação criminosa atuava na cúria da Diocese da Igreja Católica de Formosa e outras paróquias relacionadas a elas nas outras cidades. Participam da ação cerca de dez promotores de Justiça, além das polícias Civil e Militar.
Posse: três de prisão e quatro de busca e apreensão
Planaltina: um de prisão e um de busca e apreensão
“O que nós temos certeza é que as contas da cúria não fecham. Então, nós queremos a abertura pública das contas da cúria [ administração da diocese] e dos gastos da casa episcopal”, disse uma fiel, que preferiu não se identificar.
Dom José Ronaldo alegou na época que não tocava no dinheiro e que não houve o pedido, por parte do grupo, para a apresentação de contas. “Não tem nada de impropriedade. Não toco nos repasses financeiros das paróquias que são destinados à manutenção das necessidades da Diocese, casa do clero, seminário, estrutura da cúria, funcionários, etc.”, declarou.