Bolsonaro cobra informações sobre investigações de atos terroristas
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Em público, o presidente Jair Bolsonaro tem mantido silêncio, mas está mais falante do que nunca nos bastidores. Ele está sendo informado sobre todas as investigações que envolvem os grupos de terroristas que tentam implantar o caos no Brasil ao agirem para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em 1º de janeiro.
Bolsonaro vem recebendo informações diretas tanto do ministro da Justiça, Anderson Torrres, que voltará para a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal a partir de janeiro, quanto do comando da Polícia Federal e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Integrantes das células terroristas são apoiadores do presidente.
Torres tem trânsito direto com o comando da Polícia Civil do DF, responsável pelas investigações das ações orquestradas pelos terroristas. Os policiais desarmaram uma bomba que os criminosos instalaram em um carro-tanque de querosene de aviação próximo ao aeroporto de Brasília, encontraram mais de 40 quilos de explosivos no Gama e evitaram a explosão da subestação de energia de Taguatinga.
Ataques pelo país
Um dos integrantes das ações terroristas, o empresário George Washington, do Pará, foi preso, mas a polícia descobriu que ele é apenas uma das peças das engrenagens que têm como missão criar um clima insustentável no país, que leve à decretação de estado de sítio e à intervenção das Forças Armadas. O próprio terrorista confirmou tais objetivos em depoimento à Justiça.
Trocas de mensagens na dark web, território sem lei da internet, apontam que os atos planejados por apoiadores de Bolsonaro não se restringem a Brasília. Há movimentações em várias partes do país, especialmente em São Paulo, no Rio de Janeiro, na Bahia e no Rio Grande do Sul. Eles se dizem preparados para meses de caos.
Segundo George Washington, com o qual foi encontrado um arsenal digno de filmes, todas as ações abortadas até agora pela Polícia Civil do DF foram acertadas em frente do Quartel General do Exército, em Brasília, onde, há dois meses, estão acampados defensores de Bolsonaro que pedem intervenção militar e a volta da ditadura.
A polícia acredita que, por meio do terrorista preso, conseguirá chegar aos financiadores dos atos que afrontam o sistema democrático de direito e podem matar muita gente. Os investigadores dizem que há muito dinheiro em jogo. Também há fortes indícios de que autoridades estariam dando cobertura aos criminosos.
*Correio Braziliense