Botijão de gás chega a custar R$ 90 no RN após novo aumento, diz sindicato de revendedores

Gás de cozinha tem novo aumento (Arquivo) — Foto: Heloisa Guimarães/Inter TV Cabugi

Gás de cozinha tem novo aumento (Arquivo) — Foto: Heloisa Guimarães/Inter TV Cabugi

Após aumento de 6% anunciado pela Petrobras no preço do gás de cozinha, os revendedores do produto apontam que o preço médio do botijão de 13 litros vai variar entre R$ 85 e R$ 90 no Rio Grande do Norte. O aumento começa ser sentido pelo consumidor a partir desta sexta-feira (8).

De acordo com o presidente do Sindicato das Revendedoras de Gás de Cozinha do RN, Francisco Correia, este é o décimo aumento consecutivo realizado pela Petrobras desde o início de 2020. Os revendedores temem redução das vendas e consequentes demissões no setor.

Além disso, Francisco Correia afirmou que um aumento do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) usado na base de cálculo para pagamento do ICMS ao estado, a partir de janeiro deste ano, também vai contribuir para aumento do preço final, que deve variar de R$ 5 a R$ 6 por botijão, a depender da cidade.

“Não houve aumento de derivados, não houve aumento dos salários dos funcionários da Petrobras, não houve aumento da margem de lucro dos revendedores, esses aumentos só estão indo para o lucro da Petrobras. Com o aumento do preço, acreditamos que haverá redução do consumo e demissão de cerca de mil pessoas no estado”, afirmou Francisco.

Ainda de acordo com ele, os preços ao consumidor final só serão aumentados com a renovação do estoque, por isso ainda é possível encontrar botijões com os preços anteriores. O revendedor aponta que 630 mil botijões são revendidos mensalmente no Rio Grande do Norte – cerca de 21 mil diariamente.

A Petrobras afirmou que os preços de GLP praticados por ela tem como referência o valor de paridade de importação, formado pelo valor do produto no mercado internacional, mais os custos que importadores teriam, como frete de navios, taxas portuárias e demais custos internos de transporte para cada ponto de fornecimento, também sendo influenciado pela taxa de câmbio.

*G1 RN

Postado em 7 de janeiro de 2021