Brasil se surpreende com número de suicídios na Ponte Newton Navarro

O Brasil se surpreendeu com o alto número de pessoas que tentam contra a própria vida pulando ou tentando pular da ponte Newton Navarro, em Natal. Veículos de comunicação de alcance nacional e internacional mostraram nos últimos dias como a ação de um grupo de voluntários potiguares que se dedicam, acampados em vigília na Ponte Newton Navarro, a evitar que pessoas tirem a própria vida pulando de lá, destacando a vulnerabilidade que o estado enfrenta com a questão do suicídio.

O Portal No Ar tem acompanhado as ações do grupo desde o início, mostrando como acontece a ação, as histórias vividas no acampamento, as dificuldades enfrentadas, as reivindicações e necessidades do grupo que necessitam de doações, bem como o resultado do trabalho.

Na esteira da repercussão, o Programa Encontro Com Fátima Bernardes, da Rede Globo de Televisão, exibiu no último dia uma matéria da repórter Emilly Virgílio, produzida pela Intertv Cabugi, afiliada da rede no estado, destacando que em 12 dias de vigília, voluntários conseguiram salvar 45 pessoas e a reivindicação do grupo para que seja colocada uma grade de proteção no local. O programa destacou ainda que centenas de pessoas já foram à ponte neste ano para tentar se jogar e ouviu os relatos dos voluntários. Em seguida, Fátima Bernardes discutiu a temática com seus convidados no palco.

A revista ÉPOCA também abordou o assunto através de uma reportagem feita pelo correspondente jornalista Dinarte Assunção, destacando também a mobilização que está salvando vidas na ponte. Na matéria, o pastor evangélico Rubens Medeiros, de 45 anos, que lidera o grupo, contou experiências e casos que tem vivenciado na ação. ÉPOCA apurou que, só neste ano, 413 pessoas se suicidaram ao se jogar do vão central da ponte, de 55 metros de altura — mais de três pessoas por dia.

A revista destaca a repercussão que o tema tomou, graças a ação dos sentinelas e, assim como o Portal No Ar já mostrou, evidenciou que o pastor Rubens Medeiros ainda não conseguiu o apoio que quer para desmontar seu acampamento, que atualmente chega a ter 500 pessoas por dia. Ele deseja uma ação prática e eficiente do estado, como a instalação de redes de proteção, por exemplo.

Postado em 19 de novembro de 2019