Caso Karol: polícia vai pedir prisão preventiva de suspeito do crime
Um mês após a morte da adolescente Karolina Oliveira Gomes, 16 anos, a Polícia Civil deve entregar o inquérito sobre o assassinato da adolescente nesta sexta-feira. “Estamos finalizando algumas diligências para entregar o inquérito. Na conclusão, vamos pedir a conversão da prisão temporária do suspeito em prisão preventiva”, explicou o delegado Tiago Cavalcanti, chefe do Núcleo de Homicídios da Paraíba, responsável pela investigação do caso. O inquérito sobre a morte de Karol vai ser entregue sem o resultado do exame de material genético solicitado pela polícia. De acordo com o delegado Tiago Cavalcanti, o exame de DNA ainda não foi finalizado e de acordo com o Instituto de Perícia Científica da Paraíba (IPC) a conclusão vai demandar um pouco mais de tempo.
“Ainda está sendo analisado se o material colhido no corpo da vítima tem o perfil genético diferente do dela, caso seja diferente, haverá o confronto desses dados com o DNA do suspeito para comprovar se houve violência sexual”, explicou o delegado.
O homem apontado como suspeito de matar a adolescente, Josué Cabral dos Santos, 34 anos, está preso desde o dia 31 de agosto. Ele é pernambucano e afirmou ser o motorista do caminhão baú, visto através de imagens de câmeras de vigilância conversando com a estudante no dia em que ela desapareceu em Goianinha.
O caminhoneiro passou por audiência de custódia na segunda-feira (2) em Mamanguape e foi decretada a prisão temporária dele por 30 dias. Josué está preso na cadeia pública da cidade.
Noite do dia 5 de agosto de 2019. Foi a última vez que a família de Karolina Oliveira Gomes, 16 anos, viu a adolescente com vida. A estudante saiu de casa na cidade de Goianinha, Região Metropolitana de Natal, para imprimir um trabalho da escola em uma lan house e desapareceu.
O corpo da estudante foi encontrado no dia seguinte, despido, em um canavial no município de Mamanguape (PB), às margens da rodovia estadual que dá acesso à cidade de Capim.
Segundo a polícia, em interrogatório, Josué Cabral negou ter cometido o crime. Ele afirmou que era o homem que aparece nas imagens e conversou com Karol e outra adolescente na noite do dia 5 de agosto, mas diz que foi apenas para pegar uma informação. “Ele disse que tem sinusite e abordou as duas para pegar informações sobre onde poderia encontrar uma farmácia que tivesse um descongestionante nasal”, explicou o delegado.
Câmeras de vigilância captaram imagens do motorista às margens da BR-101, em Goianinha, conversando com Karol na noite em que ela desapareceu. De acordo com a polícia, a adolescente foi morta no canavial em Mamanguape (PB), onde o corpo foi encontrado despido e com marcas de facadas na manhã do dia 6 de agosto. O percurso que o caminhão fez foi rastreado. De acordo com as informações do rastreamento, o veículo chegou no canavial em Mamanguape às 20h50 e saiu às 21h. Perfurações no tórax e pescoço. Lesões pulmonares, cardíacas e vasculares. Essa descrição faz parte da causa da morte registrada no atestado de óbito da adolescente.
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