Os moradores do Assentamento Santa Clara ll, zona rural do município, voltaram a interditar a estrada de acesso as suas produções agrícolas, para impedir a passagem de carretas de empresas eólicas que transitam naquela via causando um prejuízo em enorme aos agricultores.
Sem acordo até o momento, a interdição aconteceu na manhã desta sexta dia 04.
Depois de várias reuniões e nada resolvido, os agricultores reivindicam a pavimentação asfáltica do referido treco, para assim as carretas transitarem sem causar prejuízo aos produtores rurais. Mas que até o momento nada foi resolvido.
Motociclista morreu após colisão frontal com ônibus em Natal — Foto: Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi
Uma colisão frontal entre uma motocicleta e um ônibus resultou na morte do entregador que pilotava o veículo de menor porte na Ponte de Igapó, em Natal, no fim da manhã desta sexta-feira (4).
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado ao local, mas constatou a morte da vítima.
O homem foi identificado por familiares como Paulo Victor Lázaro Fernandes da Silva, de 33 anos. Além de moto-entregador, ele era treinador de crianças das categorias de base do Alecrim Futebol Clube, na capital potiguar.
Paulo Victor da Silva, de 33 anos, era moto-entregador e treinador de crianças no Alecrim Futebol Clube. — Foto: Cedida
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o caso aconteceu por volta das 11h40 e teria sido causado por uma tentativa de ultrapassagem. A moto bateu na frente do ônibus da linha 27 (Alvorada/Centro), que estava com 50 passageiros.
Atualmente, o trecho onde o acidente aconteceu funciona com mão e contramão em faixa simples, por causa de uma obra iniciada em setembro, na avenida Felizardo Moura, que dá acesso à ponte.
O motorista do ônibus informou à polícia que seguia o trajeto normal, quando três motos tentaram fazer ultrapassagens na via. Duas voltaram para a outra faixa, mas a terceira, pilotada por Paulo Victor, não conseguiu voltar a tempo.
Com o impacto da colisão, o celular do moto entregador ficou preso ao ônibus.
Com impacto, celular de motociclista ficou preso ao ônibus em Natal. — Foto: Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi
“Pelos vestígios encontrados, o motociclista invadiu a pista contramão (nesse momento de obra), não percebeu ou esqueceu que estava nessa situação de obra, e colidiu frontalmente. O motorista do ônibus não teve como reagir, freou, mas o motociclista atingiu em cheio”, relatou o policial rodoviário federal Flávio Pereira.
“A gente solicita que a população tenha muita atenção no período dessa obra aqui na ponte”, complementou o policial rodoviário.
Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal, por causa do acidente, o uso da via foi limitado, por agentes de trânsito, e apenas veículos transporte público poderão passar pelo local até que a via seja liberada totalmente.
“A gente solicita que a população tenha muita atenção no período dessa obra aqui na ponte”, disse o policial rodoviário federal Flávio Pereira, “pelos vestígios encontrado, o motociclista invadiu a pista contramão (nesse momento de obra) e não percebeu, ou esqueceu que estava nessa situação de obra, e colidiu frontalmente. O motorista do ônibus não teve como reagir, freou, mas o motociclista atingiu em cheio”, afirmou.
Apenados estudaram durante todo o ano nas unidades prisionais do estado — Foto: Divulgação/Seap
O Rio Grande do Norte terá 1.378 presos realizando as provas do Exame Nacional do Ensino Médio das pessoas privadas de liberdade (Enem PPL). As provas acontecem nos dias 10 e 11 de janeiro.
O número de inscritos neste ano é maior que o dobro do registrado no ano passado, quando o estado teve 654 inscritos. Os dados são da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).
O exame é utilizado como mecanismo de acesso à educação superior. Atualmente, 78 detentos fazem curso superior no Rio Grande do Norte e outros 798estão matriculados em cursos regulares.
De acordo com a Seap, o maior presídio do estado, a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, concentra o maior número de inscritos para o Enem deste ano: 383.
Logo em seguida estão a Cadeia Pública Dinorá Cimas, em Ceará-Mirim, com 254, e a Penitenciária Agrícola Doutor Mário Negócio, em Mossoró, com 137 inscrições.
Ao todo, o Enem PPL será aplicado em 19 unidades penitenciárias onde apenados se inscreveram no estado.
Os internos se prepararam através de aulas à distância e cursos regulares nas unidades prisionais, em parcerias com instituições públicas e voluntárias. As provas aplicadas são as mesmas do Enem.
Ao realizar a prova, o interno poderá pleitear a participação no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e em outros programas de acesso à educação superior. Qualquer preso que já concluiu o ensino médio ou está concluindo a etapa pode fazer o Enem PPL.
As unidades prisionais tem sido contempladas com salas de aula, de multiuso e equipamentos para permitir avanços na área de educação nos últimos anos, segundo explicou o titular da Seap, Pedro Florêncio.
Encceja
Em outubro, segundo a Seap, também foi realizado o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja Nacional PPL) para 2.632 internos do regime fechado.
De acordo com a pasta, em quatro anos, o RN saiu de último para quarto colocado em número de inscritos no Encceja no Brasil no proporcional ao tamanho do sistema prisional.
A Federação Paulista de Futebol divulgou nesta quinta-feira os grupos e as sedes da Copa São Paulo de Juniores de 2023. A competição será disputada entre 2 e 25 de janeiro, data do aniversário da capital paulista.
São 128 equipes na disputa, divididas em 32 grupos com quatro times. Os dois melhores de cada chave avançam à fase de mata-mata.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou nesta quinta-feira (3) que o resultado da urna é incontestável e que criminosos que atacam o sistema eleitoral serão responsabilizados.
“As eleições acabaram, o segundo turno acabou democraticamente no último domingo. O TSE proclamou o vencedor, o vencedor será diplomado até dia 19 de dezembro e tomará posse em 1º de janeiro de 2023. Isso é democracia, isso é alternância de poder, isso é estado republicano”, afirmou o presidente do TSE.
Moraes deu a declaração durante a primeira sessão do TSE após a eleição do último domingo (30), na qual Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotou o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Depois da oficialização da vitória do petista, apoiadores de Bolsonaro bloquearam rodovias em protestos antidemocráticos contra o resultado da eleição.
Ainda segundo Moraes, a maioria da sociedade acredita na democracia e no estado de direito. “Aqueles que criminosamente não estão aceitando, que estão praticando atos antidemocráticos, serão tratados como criminosos e as responsabilidades serão apuradas”, declarou.
O ministro afirmou que movimentos que bloquearam rodovias após as eleições são “criminosos”. Segundo ele, o procurador-geral eleitoral, na última segunda-feira (31), imediatamente pediu à presidência do TSE que providências fossem tomadas.
Em uma rede social, o ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou nesta quinta-feira que houve 37 prisões e foram aplicadas 4.216 multas a motoristas que bloquearam rodovias federais.
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) instaurou um inquérito civil para apurar o caso de “falsos policiais militares” que teriam se inscrito no concurso para o ingresso no Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar do RN. A medida foi publicada na edição da terça-feira (1) do Diário Oficial do Estado (DOE).
O promotor de Justiça Vitor Emanuel de Medeiros Azevedo, da Comarca de Natal, foi quem determinou a abertura da investigação dos candidatos que realizaram a falsa declaração de serem militares, um dos requisitos para a participação do certame.
Conforme consta no documento, 43 candidatos que se inscreveram não constam na relação de efetivos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar RN (CBMRN). O MP encaminhou notificação a cada um dos candidatos para se manifestarem no prazo de 15 dias.
O Brasil negou a extradição do ex-atacante Robinho à Itália, onde ele foi condenado a nove anos de prisão por violência sexual em grupo de uma mulher albanesa em 2013.
Segundo fontes da agência de notícias italiana “Ansa”, a decisão se baseou no artigo 5º da Constituição Federal de 1988. No entanto, a Itália poderá pedir o cumprimento da pena no Brasil. O pedido de extradição feito pelo Ministério da Justiça italiano havia sido divulgado no início de outubro, cerca de oito meses depois da confirmação da sentença de Robinho pela Suprema Corte da Itália.
— A Constituição é expressa sobre isso (Art. 5º, inciso LI). Ela proíbe a extradição de brasileiros natos. O naturalizado tem exceção, pode ser extraditado em caso envolvimento com tráfico de drogas, ou de crime comum praticado antes da naturalização — explicou o jurista Wálter Maierovitch, ao ge.
Em entrevista ao portal UOL, o advogado de Robinho na Itália, Alexander Gutierres, disse que não pode comentar o assunto, enquanto o advogado da vítima – cujo nome não foi revelado – disse que já esperava a decisão da Justiça brasileira.
– Conhecíamos a Constituição brasileira. Agora esperamos que a pena seja executada no Brasil, mas sem que haja a necessidade de se fazer um outro processo para isso – disse Jacopo Gnocchi.
Bandidos armados fizeram um motorista de caminhão de refém, na manhã desta quinta-feira (3), em Mossoró, na Região Oeste do Rio Grande do Norte. Após anunciar o assalto e proferir ameaças a vítima, eles levaram toda a carga do veículo e fugiram.
O caso foi denunciado ao CIOSP por volta das 07h30. A viatura B12-10, do 12º Batalhão, se dirigiu ao local situado na estrada Bom Jesus, onde encontraram o motorista e o caminhão abandonados às margens da RN-016.
A guarnição do 12º Batalhão conduziu a vítima e o veículo até a Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR) de Mossoró, para realização dos procedimentos cabíveis.
Eu tenho 3 alternativas para o meu futuro: estar preso, ser morto ou a vitória”, disse Jair Bolsonaro em agosto de 2021, muito antes de sua derrota para Lula no domingo.
“Pode ter certeza: a 1ª alternativa (estar preso) não existe”, declarou o presidente ultradireitista, durante um encontro com evangélicos.
No entanto, analistas consultados pela AFP consideram que o risco de prisão é real, mesmo que os processos possam levar anos.
Desde o início de seu mandato, Bolsonaro foi alvo de diversas investigações, em especial por desinformação, e mais de 150 pedidos de impeachment, a maioria relacionados à sua gestão da crise da covid-19, que deixou mais de 687 mil mortos no país.
Essas ameaças foram afastadas por dois aliados fundamentais: o procurador-geral da República, Augusto Aras, que se absteve de formular qualquer acusação formal contra o chefe de Estado, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que se recusou a dar prosseguimento aos pedidos de impeachment.
Mas a situação mudará a partir de 1º de janeiro: quando Luiz Inácio Lula da Silva tomar posse, Jair Bolsonaro perderá o foro privilegiado.
Poderá, assim, ser julgado por tribunais de primeira instância, e não apenas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
– Documentos sob sigilo –
A Justiça já está atenta aos assuntos da família Bolsonaro. O Ministério Público havia denunciado no final de 2020 o filho mais velho do presidente, Flávio Bolsonaro, agora senador, por desvio de verbas e lavagem de dinheiro quando era deputado estadual do Rio de Janeiro.
A suspeita era da prática de “rachadinha”, mas o caso foi arquivado em maio, após a anulação de provas recolhidas no processo, inclusive por meio de quebra de sigilo bancário, alegando que o foro privilegiado deveria ter sido mantido.
Vídeo relacionado: Bolsonaro agradece votos, não admite derrota e diz que manifestações são “sentimento de injustiça”
Mas uma série de reportagens do site Uol mostrou que o MP tinha fortes indícios de que a prática era difundida na família Bolsonaro, inclusive com Jair, deputado por 27 anos antes da chegar à Presidência.
Ao fim do mandato presidencial, Jair Bolsonaro “poderá ser processado por crimes comuns, e o Ministério Público poderá abrir novas frentes de investigação”, assegura o jurista Rogério Dultra dos Santos, da Universidade Federal Fluminense (UFF).
O presidente sempre negou qualquer irregularidade, dizendo ser vítima de “perseguição política”, inclusive quando o Uol revelou recentemente que membros de sua família adquiriram 51 imóveis pagos total ou parcialmente em dinheiro em espécie de 1990 a 2022, totalizando milhões de reais.
Durante seu mandato, o presidente Bolsonaro colocou sob sigilo de 100 anos documentos, oficiais ou pessoais, que podem se revelar comprometedores.
Lula prometeu, durante a campanha, que permitirá o acesso a esses documentos.
“Se o presidente Lula resolver levantar o sigilo de 100 anos para várias atividades do Bolsonaro como está prometendo, isso pode se tornar uma questão importante”, comentou Rogério Dultra dos Santos, que é membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABHD).
Esses documentos podem conter, por exemplo, revelações sobre interferência de pastores evangélicos no orçamento do Ministério da Educação.
– Exemplo de Trump –
Rogério Dultra dos Santos salienta, no entanto, que os processos podem “levar vários anos”, com múltiplos recursos que retardam qualquer possibilidade de prisão.
Jair Bolsonaro pode se beneficiar de uma decisão do Supremo que libertou Lula após 18 meses de prisão por corrupção.
Em novembro de 2019, ele foi solto depois que o STF decidiu que um réu só poderia ser preso depois que todos os seus recursos fossem julgados, e não mais apenas após uma condenação em segunda instância.
Além das questões legais, Jair Bolsonaro fez comentários surpreendentes três semanas antes da eleição, dizendo que pretendia se afastar da vida política em caso de derrota.
“Acho muito pouco provável ele abandonar a política depois da eleição. Acho possível que ele volte a ser candidato a presidente, baseado no exemplo do Trump, que foi derrotado, mas continua com muita influência na politica americana”, apesar de sua derrota eleitoral em 2020, avalia Mayra Goulart, cientista política na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Bombeiros combatem chamas em carreta que tombou na BR-226 em Santa Cruz, RN. Uma pessoa morreu. — Foto: Redes sociais
Pelo menos uma pessoa morreu em um acidente que aconteceu na madrugada desta quinta-feira (3) na BR-226 em Santa Cruz, na região Agreste potiguar, segundo informou a Polícia Rodoviária Federal.
Uma carreta carregada de placas de gesso tombou para fora da pista e incendiou completamente.
Após o trabalho de combate às chamas feito pelo Corpo de Bombeiros, os policiais rodoviários constataram os restos mortais de uma vítima, que ainda não foi identificada.
Segundo a PRF, o caso aconteceu por volta das 2h50 na altura do quilômetro 113 da rodovia. A causa do acidente não foi informada até a última atualização desta matéria.
Além da PRF e do Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil e o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) foram acionados ao local para iniciar a investigação.
A Policia Rodoviária Estadual através do segundo pelotão de Currais Novos foi acionada para atender a uma ocorrência tipo capotamento na RNT 226, no município de Currais Novos, por volta de 13h desta terça-feira dia 01 de outubro de 2022.
Segundo o relato da condutora, que é uma vendedora e reside em Mossoró, ela tentou livrar de um animal na pista e acabou capotando o carro. A mesma dirigia um Chevrotet Joy, ano 2021, de cor branca.
Na ocasião, a condutora ficou arranhada devido ter saído por entre as juremas após o impacto e foi socorrida ao hospital de Currais Novos por populares e consequentemente liberada para aguardar a chegada do guincho.
A PRE prestou toda assistência no local e a ocorrência foi registrada em uma BOAT.
Um policial militar lotado em Novo Progresso foi afastado das funções nesta terça-feira (1º) depois de se negar a cumprir a ordem de desobstrução de via bloqueada por apoiadores de Jair Bolsonaro, que ocupam a BR-163 em protesto contra o resultado das eleições presidenciais.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o 1° Tenente Ruan Carlos Rodrigues Porto, sub comandante da PM em Novo Progresso, falando com manifestantes. “Primeiramente, queria parabenizá-los pelo ato de cidadania, que é expressar a indignação política, a indignação com aquilo que não convém ao nosso povo. É o primeiro ponto.
O segundo é que a maioria aqui já me conhece, já viu um pouco do meu trabalho e sabe que eu sou o subcomandante aqui da região”, inicia o oficial.
Após comentar sobre a decisão judicial de um magistrado plantonista da Comarca de Belém, que ordena a liberação da rodovia, o tenente diz que não irá cumprir a ordem.
“O juiz decidiu pela desobstrução da via. Eu, do subcomando aqui, não farei isso, tá? Não farei isso”, diz o PM, que é aplaudido pelos manifestantes.
Em nota, a PM informou que o oficial foi identificado e afastado das funções laborais e que será instaurado um Processo Administrativo para apurar a conduta do policial.
Ambulância ficou com cabine destruída após atingir caminhão e provocar engavetamento em Natal — Foto: Geraldo Jerônimo/Inter TV Cabugi
Uma ambulância que presta serviço à Prefeitura de Natal provocou um engavetamento ao atingir em cheio a traseira de um caminhão-baú, na manhã desta quarta-feira (2), na capital potiguar. Com o impacto, o caminhão bateu um carro de passeio que seguia na sua frente.
O caso aconteceu por volta das 11h30 na avenida Nevaldo Rocha, próximo ao cruzamento com a rua dos Pegas.
O motorista da ambulância estava sozinho no veículo e foi socorrido consciente pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele foi levado a um hospital particular reclamando de dores. A cabine da ambulância ficou destruída.
Ainda não se sabe o que motivou o acidente.
Segundo o motorista do caminhão-baú, Alex da Cunha, que foi atingido por trás, o veículo seguia o fluxo do trânsito, em uma velocidade lenta, quando ele sentiu o impacto nas costas. Segundo ele, com o impacto da batida, o baú do caminhão bateu na cabine em que ele estava.
“Fiquei com dores aqui no pescoço e um pouco de tontura. O baú correu e atingiu a cabine do caminhão. Você não imagina, não é? A gente estava no trânsito fluxo normal e de repente sente a pancada, empurrando o caminhão, e aconteceu o que aconteceu”, afirmou.
Carro de transporte por aplicativo foi atingido por caminhão empurrado por ambulância em Natal — Foto: Geraldo Jerônimo/Inter TV Cabugi
O caminhão atingido pela ambulância atingiu um carro de passeio modelo Polo que seguia na sua frente. O veículo era usado para transporte por aplicativo. Além do motorista, havia três passageiras no banco de trás. Ninguém se feriu.
“Eu vinha da Zona Norte, na minha faixa normal, na velocidade da via. Foi rápido, eu só senti a pancada atrás. Acho que o rapaz da ambulância vinha muito rápido e bateu na no caminhão. E o caminhão bateu, consequentemente, aqui. Desliguei logo o carro, ajudei as passageiras a sair e depois fomos ajudar lá o rapaz da ambulância, ver como ele estava. Graças a Deus ele estava bem”, relatou o motorista por aplicativo Ulisses Diego, dono do carro atingido pelo caminhão.
A ambulância envolvida no acidente estava adesivada como prestadora de serviço do Programa de Remoção e Acessibilidade Especial Porta a Porta, da Secretaria Municipal de Saúde.
Responsável pela empresa proprietária da ambulância, Napoleão Dantas, o veículo estava com a manutenção em dia e tinha passado por revisão há cerca de 20 dias. De acordo com ele, a suspeita inicial da empresa é de que o motorista estava em alta velocidade.
“Esse caso é totalmente rastreado e hoje teve um pico de mais de 100 quilômetros por hora dentro da cidade”, afirmou. “Não sei se ele estava trabalhando hoje, porque quem diz isso é o gestor do município, mas esse veículo não é usado para urgência ou emergência”, acrescentou.
A BR-304 foi totalmente interditada após um acidente envolvendo dois caminhões, na altura do município de Itajá, no Oeste potiguar, na manhã desta quarta-feira (2).
Os veículos pegaram fogo, após a colisão, segundo informou a Polícia Rodoviária Federal.
A interdição ocorre nos dois sentidos da via, que corta o Rio Grande do Norte de Leste a Oeste e liga as duas maiores cidades potiguares – Natal e Mossoró.
Caminhões pegam fogo após colisão na BR-304; rodovia é interditada — Foto: Redes sociais
Até a última atualização desta matéria, não havia informações sobre feridos. A PRF informou que equipes da corporação e do Corpo de Bombeiros foram enviadas ao local.
O acidente aconteceu na altura do quilômetro 125 da rodovia.
Vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Foto: Reprodução
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), anunciou neste terça-feira 1 que o ex-governador e atual vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) será o coordenador da transição de governo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Gleisi e o ex-ministro Aloizio Mercadante, que era outro cotado para a coordenação, também atuarão na equipe. Ainda não há, no entanto, definição sobre ministérios.
“Ele é o vice-presidente da República e tem mais do que legitimidade, poder político e institucional para conduzir isso. A decisão do presidente foi nesse sentido”, afirmou Gleisi ao justificar a escolha de Alckmin.
Segundo a presidente do PT, a ideia é começa os trabalhos na próxima quinta-feira, com reunião presencial em Brasília.
Gleisi afirma ainda que nessa comissão estarão partidos da coligação, que estiveram com Lula durante a campanha.
No fim da tarde de segunda 31, Gleisi telefonou para o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Na conversa, descrita como respeitosa, ele se colocou à disposição para ajudar na transição e afirmou estar esperando orientação de Bolsonaro para indicar a equipe. Ele também ofereceu o Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, para ser a sede da transição.
O presidente eleito deverá viajar na noite desta terça para a Bahia, onde ficará até sexta-feira 4 sem compromissos oficiais.
PRF usa spray de pimenta para tentar liberar BR-101 em Parnamirim, RN
Policiais rodoviários federais usaram spray de pimenta para liberar um sentido da BR-101, em Parnamirim, na manhã desta terça-feira (1º). A rodovia foi interditada nos dois sentidos por volta das 23h30 de segunda (31).
O movimento registrado no RN se repete em outros estados do Brasil. Uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a PRF e as polícias militares dos estados tomem ações imediatas para desobstrução de vias ocupadas ilegalmente.
Com a ação dos policiais, a BR-101 no sentido Natal-Parnamirim foi liberada. Em seguida, a tropa de choque da PRF foi mobilizada para tentar liberar a BR-101 no sentido Parnamirim-Natal. Após negociação, a marginal da rodovia no sentido Parnamirim-Natal foi liberada.
Até a última atualização desta matéria a via principal da BR-101 no sentido Parnamirim-Natal continuava bloqueada.
Tropa de choque da PRF foi mobilizada para liberar a BR-101 no RN — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi
Protesto pelo país
Desde esta segunda-feira (31), caminhoneiros bolsonaristas ocuparam trechos de rodovias em estados do país em protesto contra a derrota do presidente Jair Bolsonaro na eleição para Luiz Inácio Lula da Silva do último domingo.
Derrota de Bolsonaro nas urnas
Bolsonaro foi derrotado no segundo turno das eleições, nesse domingo. Ao todo, com 100% das urnas apuradas, Lula obteve 60,3 milhões de votos (50,9% dos votos válidos), e Bolsonaro, 58,2 milhões de votos (49,1%).
No Rio Grande do Norte, Parnamirim foi a única cidade onde Bolsonaro foi o mais votado. Ele teve 53,67% (60.389 votos) contra 46,33% de Lula (52.136 votos).
BR-101, no RN< segue interditada no sentido Parnamirim-Natal — Foto: Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi
Protesto causa bloqueio na BR-101, em Parnamirim/RN, desde a noite desta segunda-feira (31) — Foto: Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi
Lacen-PE em análise de amostras para detectar varíola dos macacos — Foto: Miva Filho/Governo de Pernambuco
O Rio Grande do Note vai passar a realizar, a partir desta segunda-feira (31), o diagnóstico e a vigilância laboratorial da varíola dos macacos (monkeypox) no próprio estado, no Laboratório Central Dr. Almino Fernandes. Antes, as amostras eram enviadas para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
Com o diagnóstico sendo feito no próprio estado, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) explica que os resultados serão liberados com maior rapidez – em até sete dias após o recebimento do material biológico.
De acordo com o diretor administrativo do Lacen/RN, o biomédico Derley Galvão, as unidades de saúde já estão cientes do fluxo e as amostras coletadas podem ser encaminhadas até às 17h ao Laboratório Central.
“A única mudança é que, ao invés de enviarmos as amostras, faremos as análises por aqui. Isto permitirá um diagnóstico e conduta clínica mais rápida, além de ações de Vigilância em Saúde mais efetivas, com geração de informações epidemiológicas em tempo mais oportuno”, explicou.
Segundo a Sesap, as análises permitirão, além de identificar a varíola dos macacos, conhecer a sua origem, como, por exemplo, se é da linhagem da África Ocidental ou não.
Além disso, esse diagnóstico vai possibilidar detectar outros vírus, como o orthopoxvirus e varicela-zoster.
“Com isso, podemos realizar um diagnóstico diferencial em casos suspeitos que apresentem sinais e sintomas clínicos comuns à varíola, herpes-zóster e monkeypox, como as bolhas na pele, por exemplo. Desta forma, continuamos ampliando os testes diagnósticos e as análises da Rede Laboratorial de Saúde Pública Estadual”, concluiu Derley.
“Decreta luto oficial no âmbito do Município de Cerro Corá/RN e dá outras providências”.
O Prefeito do Município de Cerro Corá/RN, no uso de suas atribuições legais conferidas pela Lei Orgânica Municipal,
DECRETA:
Art. 1º – Fica declarado Luto Oficial no Município de Cerro Corá, Estado do Rio Grande do Norte, por 03 (três) dias contados desta data, em sinal de profundo pesar, pelo falecimento da Sra. Sofia Marcelino Borges.
Art. 2°. Esse Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Confira o resultado das eleições nos 167 municípios do Rio Grande do Norte no 2º turno — Foto: José Cruz/ Agência Brasil
O g1 RN publicou textos com o resultado da votação em todos os 167 municípios potiguares para os cargos eletivos a serem escolhidos. Neste segundo turno, no Rio Grande do Norte o cargo disputado foi o de presidente da República.
As matérias trazem os dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de maneira automática. Os eleitores poderão ver qual candidato foi mais votado em sua cidade e saber exatamente o número de votos e os percentuais de votação.
A Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de disparos de armas de fogo na rua Tomaz do O em Currais, o ex presidiário identificado por Douglas Emanuel que deixou o presídio na última terça-feira. A polícia Civil e ITEP foram acionados.
As eleições foram decididas em 12 Estados neste domingo (30.out.2022). Com as definições, o país conheceu os 27 governadores eleitos nas eleições de 2022. Foram 15 disputas regionais definidas no 1º turno, em 2 de outubro….
Há 4 anos, 14 unidades da federação foram ao 2º turno, enquanto 13 decidiram na 1ª votação. …
Lista de Governadores eleitos:
ACRE Gladson Cameli (PP): Foi reeleito em 1º turno com 56,75% dos votos. Em 2018, ele rompeu a hegemonia de 20 anos de governos petistas no Estado. Sua família tem empresas de construção civil e exploração de madeira. Durante seu mandato, defendeu pautas conservadoras nos costumes e liberais na economia.
ALAGOAS Paulo Dantas (MDB): foi reeleito no 2º turno com 52,38% dos votos válidos, com 96,88% das urnas apuradas. Ele se tornou governador do Estado em maio deste ano por causa de um mandato-tampão.
AMAPÁ Clécio Luis (Solidariedade): Foi eleito em 1º turno com 53,69% dos votos. Foi prefeito de Macapá de 2013 a 2020. Também trabalhou como vereador da cidade.
BAHIA Jerônimo Rodrigues (PT): foi eleito em 2º turno com 52,53% dos votos válidos, com 96,08% das urnas apuradas. Foi secretário de Educação do Estado da Bahia no governo de Rui Costa. Também foi secretário executivo adjunto do ministério do Desenvolvimento Agrário, secretário nacional do Desenvolvimento Territorial e assessor especial do ministro do Desenvolvimento Agrário.
CEARÁ Elmano de Freitas (PT): Foi eleito em 1º turno com 54,02% dos votos. É deputado estadual desde 2014.
DISTRITO FEDERAL Ibaneis Rocha (MDB): Foi reeleito em 1º turno com 50,30% dos votos. Foi o 1º candidato à reeleição a vencer no 1º turno na história de Brasília. Foi presidente da OAB-DF (Ordem de Advogados do Brasil do Distrito Federal) de 2013 a 2015. Dono de um escritório de advocacia desde a década de 1990, ele disputou pela 1ª vez um cargo público em 2018, quando foi eleito governador.
ESPÍRITO SANTO Renato Casagrande (PSB): foi reeleito no 2º turno com 53,9%, com 94,65% das urnas apuradas. Ele foi eleito governador do Espírito Santo pela 1ª vez em 2010, mas não conseguiu a reeleição em 2014. Nas eleições de 2018, Casagrande foi eleito governador novamente.
GOIÁS Ronaldo Caiado (União Brasil): Foi reeleito em 1º turno com 51,81% dos votos. Foi deputado federal por 5 mandatos e senador de 2015 a 2018. No Congresso, atuou em pautas relacionadas à agricultura e à pecuária.
MARANHÃO Carlos Brandão (PSB): Foi reeleito em 1º turno com 51,29%. Assumiu o cargo em 2 de abril depois que Flávio Dino (PSB) renunciou. Comandou diversas secretarias no Estado, como Agricultura, Meio Ambiente e Casa Civil. Também foi deputado federal.
MATO GROSSO Mauro Mendes (União Brasil): Foi reeleito em 1º turno com 68,45% dos votos. Foi eleito prefeito de Cuiabá em 2012. Em 2018, venceu a disputa pelo governo mato-grossense no 1º turno.
MATO GROSSO DO SUL Eduardo Riedel (PSDB): Foi eleito no Mato Grosso do Sul no 2º turno com 56,43% dos votos válidos, 92,85% das urnas apuradas. Em 2015, ele passou a ocupar cargos no governo do Estado na gestão de Reinaldo Azambuja. Atuou como secretário de Governo e Infraestrutura, deixando o cargo em abril para disputar as eleições de 2022.
MINAS GERAIS Romeu Zema (Novo): Foi reeleito em 1º turno com 56,18%. Foi presidente do grupo Zema, empresa do ramo de varejo, até 2016. Em sua gestão, enfrentou desafios para ajustar as contas públicas do Estado.
PARÁ Helder Barbalho (MDB): Foi reeleito em 1º turno com 70,41% dos votos. Assumiu o Ministério da Pesca e Aquicultura no 2º mandato de Dilma Rousseff (PT).
PARANÁ Ratinho Jr. (PSD): Foi reeleito em 1º turno com 69,64% dos votos. Filho do apresentador de TV Ratinho, ele já atuou como deputado estadual, deputado federal e secretário de Desenvolvimento Urbano do Paraná.
PARAÍBA João (PSB): foi reeleito no 2º turno com 52,33% dos votos válidos, com 97,19% das urnas apuradas. Foi deputado federal por 2 mandatos. Já foi secretário de Infraestrutura de João Pessoa e ocupou a Secretaria de Estado da Infraestrutura, Recursos Hídrico, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia….
PERNAMBUCO Raquel Lyra (PSDB): eleita em 2º turno com 58,87% dos votos válidos, com 88,71% das urnas apuradas. Ela foi delegada da PF (Polícia Federal) e procuradora do Estado. Foi eleita deputada estadual por 2 mandatos. Em 2016, chegou à prefeitura de Caruaru, onde foi reeleita em 2020.
PIAUÍ Rafael Fonteles (PT): Foi eleito em 1º turno com 57,17% dos votos. De 2015 a 2022, foi secretário da Fazenda do Piauí. Ele deixou a função neste ano para concorrer pela 1ª vez a um cargo político.
RIO DE JANEIRO Cláudio Castro (PL): Foi reeleito em 1º turno com 58,67% dos votos. Ele assumiu o governo fluminense depois do impeachment de Wilson Witzel (PSC), em abril de 2021.
RIO GRANDE DO NORTE Fátima Bezerra (PT): Foi reeleita em 1º turno com 58,32% dos votos. Já atuou como deputada estadual e federal pelo Estado. Em 2014, elegeu-se senadora. Deixou o cargo para assumir o governo potiguar.
RIO GRANDE DO SUL Eduardo Leite (PSDB): foi eleito no 2º turno com 57,12% dos votos válidos, com 91,76% das urnas apuradas. Ele foi eleito governador do Estado em 2018, mas deixou o cargo em março para tentar o Planalto. Com a definição de Simone Tebet (MDB) como candidata do PSDB à Presidência, Leite se candidatou ao Governo.
RONDÔNIA Marcos Rocha (União Brasil): foi reeleito em 2º turno com 52,65% dos votos válidos, com 96,33% das urnas apuradas. Começou sua carreira política em 2018. É militar.
RORAIMA Antônio Denarium (PP): Foi reeleito em 1º turno com 56,47% dos votos. Além de político, é empresário, agricultor e pecuarista. Durante sua gestão, apoiou o setor industrial extrativista mineral do Estado e incentivou seu crescimento.
SÃO PAULO Tarcísio de Freitas (Republicanos): foi eleito no 2º turno com 55,34% dos votos válidos, com 93,86% das urnas apuradas. Carioca, esta foi sua 1ª eleição presidencial. Foi ministro da Infraestrutura do Governo Bolsonaro.
SANTA CATARINA Jorginho Mello (PL): foi eleito no 2º turno com 70,74% dos votos válidos, com 79,18% das urnas apuradas. É senador pelo Estado. Foi deputado federal por 2 mandatos e eleito deputado estadual 4 vezes. É presidente do PL em Santa Catarina.
SERGIPE Fábio (PSD): foi eleito no 2º turno com 51,84% dos votos válidos, com 97,12% das urnas apuradas. Já foi secretário de Estado do Trabalho e comandou a Secretaria Municipal de Esportes. Elegeu-se vereador de Aracaju em 2008. Foi deputado federal por 3 mandatos.
TOCANTINS Wanderlei Barbosa (Republicanos): Foi reeleito em 1º turno com 58,14% dos votos. Ele assumiu o cargo interinamente em outubro de 2021, depois que o STJ determinou o afastamento do governador Mauro Carlesse (Agir) por suposto pagamento de propinas.
No seu primeiro discurso como presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que “ressuscitou” na política brasileira e que enfrentará “situação muito difícil” em seu novo mandato.
“Eu me considero um cidadão que teve um processo de ressurreição na política brasileira, porque tentaram me enterrar vivo, e eu estou aqui.
Eu estou aqui para governar esse país em uma situação muito difícil, mas eu tenho fé em Deus que com a ajuda do povo nós vamos encontrar uma saída para que esse país volte a viver democraticamente, harmonicamente, e a gente possa restabelecer a paz entre as famílias, entre os divergentes, para que a gente possa construir o mundo que nós precisamos e o Brasil”, declarou.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito novamente presidente do Brasil. De acordo com a apuração realizada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o líder petista venceu o segundo turno da disputa, neste domingo (30), ao derrotar o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), o primeiro a não conseguir a reeleição.
Segundo dados atualizados até as 19h55, Lula tem 50,83% dos votos válidos, e Bolsonaro, 49,17%.
Quando assumir, em janeiro, Lula, 77, será o mais velho ocupante do cargo na história. Será sua terceira passagem pelo governo, que liderou em dois mandatos (2003-2010).
Após a altamente incomum campanha de 2018, quando os brasileiros elegeram um obscuro deputado federal dono de um discurso radical de direita em reação à implosão vigente do sistema partidário tradicional, desta vez a maioria do eleitorado buscou conforto numa figura conhecida.
Com efeito, Lula passou a jornada eleitoral vendendo a ideia de uma volta ao passado, quando a economia mundial era outra e favorável ao Brasil. Os diversos escândalos de corrupção associados ao seu partido, o PT, mantiveram sua rejeição alta, acima dos 40%, mas o caráter plebiscitário do pleito foi pior para Bolsonaro, que sempre registrou ao menos 50% de ojeriza dos eleitores.
O então candidato petista não quis se comprometer com soluções claras para problemas centrais, de resto inexistentes também na retórica radical de Bolsonaro, que passou todo o seu mandato em uma escalada autoritária que culminou nas investidas contra o próprio sistema eleitoral que o gerou.
Desde 2020, fala-se abertamente acerca do golpismo do atual presidente e qual apoio ele poderia angariar, levando até a inusuais manifestações em favor da democracia brasileira feitas pelos EUA.
Essa degradação institucional também favoreceu a figura apresentada por Lula, de compromisso com a democracia e com a previsibilidade, ainda que ele tenha pedido um cheque em branco ao eleitor, já que não colocou no papel as propostas citadas em discursos. Em janeiro de 2023 será conhecido o seu valor.
A campanha, salvo lamentáveis episódios em que houve mortes, só esquentou retoricamente ao longo do segundo turno, após Bolsonaro chegar a ele com uma votação superior à que se antecipava com base nas pesquisas. Voto útil de eleitores de Ciro Gomes (PDT) e abstenção foram apontados como responsáveis.
Pelo caminho ficaram o pedetista e Simone Tebet (MDB), surgidos das ruínas do projeto de terceira via que vitimou João Doria (ex-PSDB, fora do pleito), Sergio Moro (União Brasil, eleito senador) e tantos outros. Ciro parece no ocaso de sua carreira; Tebet, no começo. Ambos apoiaram Lula, mas a emedebista ganhou assento e voz na campanha, sugerindo que o governo do petista será de transição.
Durante a campanha, houve alguma oscilação nas curvas de intenção de voto, em geral favorável a Bolsonaro, favorecido pelo maior tempo de exposição do eleitorado à propaganda de suas medidas populistas outro resto a pagar para Lula Mas ao fim o desenho da disputa se manteve muito estável.
O arco narrativo entre o momento em que o petista deixou o poder, com popularidade acima de 80%, e seu triunfo agora é marcado por uma das maiores reviravoltas já registradas na política brasileira.
Em 2010, Lula conseguiu eleger a sucessora ungida, Dilma Rousseff (PT). Até 2013, ela registrava índices de aprovação até superiores aos do mentor, mas as ruas colapsaram nos atos de junho daquele ano.
As massas que ocuparam cidades inicialmente pelo reajuste da tarifa do transporte liberaram uma energia de protesto represada havia anos no país. A classe média ganhou corpo e, com ela, um eleitorado conservador mais aguerrido em um ambiente usualmente habitado pela centro-esquerda.
Dilma conseguiu se reeleger em 2014, mas com muita dificuldade. Seu rival à época, Aécio Neves (PSDB), iniciou um movimento de contestação de sua legitimidade e foi seguido por um Congresso cada vez mais insatisfeito com a ruína econômica que a petista começava a entregar na forma de recessão.
Ao mesmo tempo, desde aquele ano, a Operação Lava Jato trouxe níveis inauditos de revelações de corrupção envolvendo o mundo político, o PT à frente, mas não só. O clima de indignação, particularmente na classe média ante uma esquerda cada vez mais atônita, deu continuidade aos movimentos de 2013.
A tempestade perfeita atingiu Dilma em 2016, quando a petista foi impedida sob grandes protestos. Lula buscou se afastar, mas logo depois viu as investigações da Lava Jato chegarem a seus calcanhares.
Em 2018, condenado já em duas instâncias, o ex-presidente foi preso, com uma mãozinha do Exército de onde saiu Bolsonaro, por meio da pressão exercida por seu comandante sobre o Supremo Tribunal Federal que iria julgar um habeas corpus preventivo, mas o fato é que a corte teria decidido da mesma forma.
O episódio do post do general Eduardo Villas Bôas no Twitter ficou como marco da anomia que se insinuaria nos anos seguintes, de todo modo. Para os militares, é uma herança que, assim como a associação simbólica ao governo do capitão reformado, levará anos para ser processada. E Lula amargou 580 dias numa cela da Polícia Federal em Curitiba, coração da força-tarefa da Lava Jato.
Enquanto isso, o sistema político desmoronava com descobertas diversas de corrupção. O governo de Michel Temer (MDB), que era vice de Dilma, parou de funcionar em maio de 2017, após eclodir o escândalo no qual o presidente foi grampeado pelo empresário Joesley Batista. Aécio, um grande aliado, também caiu na rede pedindo dinheiro ao dono do frigorífico JBS e inviabilizou-se como candidato em 2018.
Terra arrasada, emergiu Bolsonaro, fingindo que seus 28 anos de Congresso o qualificavam de “outsider”. As franjas mais radicais da direita que se viam nas ruas desde o impeachment ganharam corpo nas redes sociais, defendendo abertamente ideias golpistas, autoritárias e intervencionistas.
Antes, o pleito municipal de 2016 confirmou o atestado de óbito temporário do PT, simbolizado na derrota do prefeito paulistano Fernando Haddad em primeiro turno. Lula ficou preso até dezembro de 2019, quando a mudança do entendimento do momento da prisão foi feita pelo mesmo Supremo que havia decidido endurecê-la e autorizá-la antes do trânsito em julgado. Em abril de 2021, veio a recuperação dos direitos políticos, a partir da anulação de suas condenações por uma questão processual.
No Brasil, a maré da Lava Jato refluiu, e Bolsonaro foi o primeiro a instrumentalizar isso. Trouxe para seu governo Moro, o juiz símbolo da operação, só para vê-lo sair atirando um ano depois. O ex-magistrado viu sua envergadura moral desaparecer no momento em que a Lava Jato em si foi encerrada por uma Procuradoria-Geral aliada do presidente e acabou imolado ao ser declarado parcial no Supremo.
Ao novo clima somou-se a turbulência em modo constante de Bolsonaro no poder, macaqueada de seu ídolo, Donald Trump. Até o roteiro de sedição apresentado pelo hoje ex-presidente americano quando ficou evidente que não tinha como contestar a vitória de Joe Biden em 2020, culminando na invasão do Capitólio dos EUA em janeiro do ano passado, foi copiado pelo brasileiro.
Nunca houve no Brasil um presidente tão divisivo. O escaninho que a história reservará a Bolsonaro é dividido entre a repugnância que causou na maioria do eleitorado e a adoração da grande fatia de pessoas que o apoia. É um capital que ele arregimentou, decisivo para definir seu papel daqui para frente.
A pandemia da Covid exacerbou todo o quadro, opondo um presidente negacionista a governadores obrigados a adotar medidas impopulares para tentar coibir a circulação do vírus. Os incentivos de Bolsonaro a tratamentos falsos e remédios ineficazes, assim como a protelação na compra de vacinas, lhe fizeram valer o apelido de genocida: sob sua guarda, morreram 686 mil brasileiros até aqui.
Dada a anemia com que alternativas se comportavam em pesquisas, Lula começou então sua caminhada de volta ao Planalto. O principal gesto simbólico foi a adesão de Geraldo Alckmin, seu adversário no segundo turno de 2006, que virou seu vice pelo PSB após mais de duas décadas no PSDB.
As dificuldades econômicas, em especial a inflação de alimentos, perseguiram Bolsonaro no primeiro semestre e selaram a preferência por Lula entre os mais pobres. No grupo de quem ganha até 2 salários mínimos, metade do eleitorado, o petista teve vantagem acima de 30 pontos ao longo da campanha.
Na elite, o petista evitou se apresentar por completo, mas fez sinalizações de que pretende governar de forma pactuada, porque não terá maioria natural no Congresso até que o centrão, que apoiou Bolsonaro e o abrigou, resolva se acomodar ao novo-velho presidente o que já é um processo em curso.
Ainda há dúvidas acerca de qual Lula irá se sentar na cadeira: se uma figura mais imperial, buscando lustrar sua imagem após os arranhões na reta final da carreira, preparando uma transição para um Brasil em que ele não seja personagem central, ou um presidente mais incisivo no cotidiano, talvez procurando vingança ou compensação pelo que percebe como injustiça sofrida.
Um primeiro teste será sua relação com o Judiciário: os mesmos ministros do Supremo que viveram às turras com Bolsonaro foram aqueles que validaram por um tempo o lava-jatismo e fustigaram Lula.
Nas últimas semanas, o apoio dado pelo algoz do PT no escândalo do mensalão, o ex-ministro Joaquim Barbosa, e pelo ex-decano da corte Celso de Mello indicaram uma aproximação.
Lula terá duas vagas para preencher por aposentadoria no Supremo já em sua estreia no mandato. Isso, e a definição de um nome político que não assuste o empresariado na chefia da economia, serão sinalizadores potentes acerca do que pretende o ex-retirante de Garanhuns (PE).