“Não vamos ser vilões de uma coisa pela qual não somos responsáveis”, diz representante do setor de supermercados sobre alta de preços

Rio de Janeiro (RJ) 22/09/2009 Preço do arroz e feijão . Na foto prateleira de arroz no mercado Mundial | Foto: Gustavo Azeredo /Extra/Agência O Globo

O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, disse nesta quarta-feira que os empresários não serão “vilões” de algo que não são “responsáveis”. A declaração foi dada após reunião com presidente Jair Bolsonaro, que vem fazendo apelos aos supermercados pedindo a redução da margem de lucro em produtos da cesta básica.

— Nós não vamos ser vilões de uma coisa pela qual não somos responsáveis, e muito pelo contrário — afirmou.

Sanzovo afirmou que a margem de lucro de produtos básicos, como o arroz, é muito baixa, devido à concorrência de mercado. Ele disse também que, atualmente, os donos de supermercado estão vendendo abaixo do que custaria para repor o produto, uma vez que os empresários trabalham com estoques e custo médio.

— Essa é a lei de mercado, é a concorrência, são 90 mil pontos no Brasil, e o consumidor ele vai aonde o preço tá mais barato, ele busca isso, e a gente quer que ele venha comprar na loja da gente, então a gente tem essa concorrência nesse produto bastante forte — explicou, acrescentando:

— Vocês estão esquecendo que estamos numa concorrência, nós não temos um cartel, ninguém combina preço nem nada, é concorrência pura.

Questionado sobre a fala do presidente Jair Bolsonaro pedindo patriotismo dos donos de supermercado, Sanzovo afirmou que os empresários estão fazendo a parte que lhes cabe e que o presidente compreendeu isso.

— Nós já fazemos a nossa parte, e o governo já entendeu isso. Com os números, com transparência, já entendeu que os supermercados contribuem para diminuir a inflação, nunca para aumentar — disse.

O presidente da Abras disse que “é difícil de dizer” se existe a possibilidade de faltar arroz nas prateleiras brasileiras, mas que a orientação da associação é que a população não faça estoque do produto e substitua por massas.

— Isso vai ajudar o preço a diminuir, mais a entrada da importação. É trabalhar na oferta e na procura. É lei de mercado, quem já estudou um pouquinho conhece e funciona. É isso que funciona, o resto não funciona. O Brasil já viveu tabelamento, já viveu congelamento de preço, produto some da prateleira — disse.

Segundo Sanzovo, as variações de preço desses alimentos ocorrem porque são produtos sazonais.

— É sazonal, é agricultura: chove demais, faz sol demais. O problema está na lavoura, no custo da produção, na safra baixa; o problema está no câmbio, os produtos estão sendo exportados…

— O que tudo indica é que [o arroz] foi exportado por causa do câmbio alto e é justificável: os produtores de arroz, por muitos anos, tomaram muito prejuízo. Você tem a China fazendo estoque de alimentos, isso tá sendo favorável para a balança comercial, mas deu desequilíbrio — disse.

*O Globo

Postado em 9 de setembro de 2020

Senado aprova maior prazo para estados e municípios utilizarem verbas repassadas pela União para combate à pandemia


Foto: Arquivo/Jane de Araújo/Agência Senado

O Senado aprovou hoje (9) um projeto de lei (PL) que amplia o prazo para os estados e municípios utilizarem recursos repassados pela União para combate da crise desencadeada pela pandemia da covid-19. De acordo com o projeto, governadores e prefeitos poderão utilizar os recursos até 31 de dezembro de 2021. Agora, a proposta vai à Câmara dos Deputados.

Os recursos são oriundos de créditos extraordinários, liberados por medidas provisórias. Atualmente, esses créditos precisam ser utilizados até o final do ano, quando termina o Estado de Calamidade Pública decretado no país. O projeto, de autoria da senadora Simone Tebet (MDB-MS), confere mais tempo para uso desse dinheiro para combater as consequências da crise.

“O objetivo é preservar a execução de gastos de R$ 28 bilhões e R$ 61 milhões nas áreas da saúde e da assistência social, respectivamente. Trata-se tão somente de evitar que esses recursos sejam devolvidos ao governo federal enquanto persistir a pandemia provocada pela covid-19”, disse o relator do projeto, Otto Alencar (PSD-BA).

Alencar incorporou ao projeto uma emenda que inclui também todos os recursos repassados pelo governo federal para combater a crise nas áreas social, econômica e sanitária. Segundo o projeto, a União não poderá solicitar a devolução dos recursos antes desse prazo, a menos que sejam identificados ilícitos na aplicação dos recursos.

*Agência Brasil

Postado em 9 de setembro de 2020

Quem manda no Brasil hoje é o Judiciário?


Com o título “Por que o Judiciário manda no Brasil?”, eis artigo do jornalista e sociólogo Demétrio Andrade. Para ele, no cenário político atual, o Judiciário passou a ter status diferenciado. Confira:

A divisão política da república em três poderes foi uma marca evolutiva importante na consolidação da democracia no mundo ocidental. Para que funcione a contento, porém, é fundamental o respeito à autonomia e à independência de cada um: executivo, legislativo e judiciário. Infelizmente, não é isso que ocorre hoje no Brasil.

O judiciário passou a ter um status diferenciado, por vários motivos, consistentes ou não. Não é objeto deste artigo discuti-los ou inquirir sua pertinência. O fato é que nos últimos meses o executivo e o legislativo tiveram suas competências absolutamente devassadas por promotores, magistrados e outros togados. É claro que parlamentares e gestores deram margem de sobra para que tal coisa ocorresse. Porém, aos poucos, interferências justificadas passaram a ter as feições quase que de um governo paralelo.

Não sou jurista e sequer advogado. Direito não é minha matéria. Mas me causa espécie a quantidade de atitudes absurdas capitaneadas por quem devia resguardar a lei. A Constituição parece que se tornou um “detalhe” irrelevante, posta de lado todas as vezes que a “sede de justiça” precisa ser aplacada. Diga-se de passagem: para o bem e para o mal, justiça e lei nem sempre se combinam. Basta lembrar a dicotomia entre legalidade e legitimidade existente na mente de quem quer “fazer justiça com as próprias mãos”.

A ansiedade não pode ser critério para quem quer fazer um julgamento técnico dos fatos. Muito menos a paixão política. Não tenho mais idade para acreditar que magistrados são seres puros que não se deixam contaminar por ideologias ou visões de mundo. Acho inclusive normal e, mais que isso, humano. Mas quando as decisões colocam, repetidamente, o aspecto técnico em segundo plano, o desequilíbrio se torna evidente.

Juízes não são deuses. E o que é mais preocupante: por piores que sejam o executivo e o legislativo, ambos são submetidos ao crivo popular e à fiscalização de diversas instituições e da imprensa. O judiciário, por sua vez, continua sendo uma caixa preta inviolável, sem qualquer avaliação e um controle institucional mínimo. A sociedade não vota para escolhê-los. Que legitimidade eles têm para interferir no sistema político? Aliás, se a corrupção espraiou-se por parlamentos e gabinetes obrigados a prestar contas sobre sua transparência, por que ela também não estaria infiltrada na obscuridade comum de varas, fóruns e tribunais?

Em suma, a contaminação política das decisões judiciais é notória. É péssima para a democracia, uma temeridade para o Estado de Direito e põe em risco liberdades individuais que, depois de tantas e sucessivas ditaduras implantadas na história da República brasileira, pareciam estar consolidadas. Uma coisa é certa: uma casta sem votos não possui autoridade para interferir tão veementemente sobre os destinos de uma nação.

*Demétrio Andrade – Jornalista e sociólogo

Postado em 9 de setembro de 2020

Rachel Sheherazade deixa o SBT e deve ser substituída por Márcia Dantas

Jornalistas Rachel Sheherazade e Márcia Dantas. Foto: Instagram/Reprodução

A jornalista Rachel Sheherazade, 47, deve deixar a emissora de Silvio Santos (SBT), o contrato de Sheherazade chega ao fim do mês de outubro. De acordo com especulações divulgadas pelos jornalistas Ricardo Feltrin e Fefito, do UOL, a âncora do SBT Brasil não terá seu contrato renovado. As informações são da Folha.

Com isso, a bancada do telejornal noturno ficará com o lugar a ser ocupado. Nos bastidores, Márcia Dantas, que apresenta o jornal alguns dias, deve assumir a posição de Sheherazade. A informação foi dada pelo colunista Fefito, mas ainda não confirmada pela emissora.

O SBT confirmou que o contrato de Sheherazade vai até o dia 31 de outubro, mas poupou comentários extras. “Por questões contratuais até lá o SBT não irá se pronunciar”.

Há nove anos na casa, Sheherazade foi premiada no Troféu Imprensa em 2015 e ficou ainda mais conhecida por expor suas opiniões polêmicas sobre política, especial em 2014.

Declaradamente contra o atual governo de Jair Bolsonaro (sem partido), a jornalista foi afastada do comando do SBT Brasil no ano passado, e foi alvo de Luciano Hang, empresário conhecido por apoiar Bolsonaro e anunciante de vários programas do SBT. Ele chegou a pedir a demissão da âncora.

Em entrevista dada no início deste ano, Rachel Sheherazade falou sobre suas diferenças com o chefe, Silvio Santos, e comentou sobre a possível saída da emissora. “Ele [Silvio Santos] é um cidadão como qualquer outro, com suas opiniões, afetos e desafetos. É preciso respeitar o direito do outro de pensar diferente (…) Se eu deixar o SBT será pela porta da frente, a mesma por onde cheguei.”

A jornalista paraense Márcia Dantas ​atualmente comanda o jornal Primeiro Impacto.

*Com informações da Folha

Postado em 9 de setembro de 2020

TJRN mantém prisão de padrasto acusado de abuso contra enteadas

Foto: Ilustrativa

Os desembargadores que integram a Câmara Criminal do TJRN rejeitaram a tese de excesso de prazo da prisão preventiva e negaram pedido de Habeas Corpus para um homem detido pela acusação de abusar sexualmente de enteadas menores de idade e que chegou a estar foragido. O processo tramita em segredo de justiça. O julgamento ressaltou, mais uma vez, que um suposto excesso de prazo não resulta de mera soma aritmética, mas leva em conta a complexidade da causa e as diligências compreendidas como necessárias ao desenrolar funcional da demanda.

“Por ser pessoa próxima a família, ou seja, padrasto das vítimas, o paciente terá total liberdade para dissuadir e ameaçar as vítimas bem como as testemunhas, podendo inviabilizar a colheita de prova testemunhal, razão pela qual verifica-se a necessidade de se garantir a instrução criminal”, destacou o voto da relatoria do órgão julgador do TJRN, mantendo o que foi decidido em primeira instância, pela 2ª Vara da Comarca de Assu, que determinou a prisão pela suposta prática dos crimes tipificados no artigo 217-A do Código Penal (3 vezes) e artigo 213, também do CP, combinado ao artigo 7º, II, da Lei nº 11.340/2006.

O julgamento ressaltou a decisão de primeira instância, a qual destacou que não há fato novo que possa modificar os fundamentos lançados no decreto de prisão preventiva do acusado, estando presente os requisitos que autorizaram a segregação cautelar, para fim de assegurar a conveniência da instrução criminal que se encontra em sua fase final.

“Não se pode perder de vista que a prisão preventiva foi decretada em 06/09/2018, tendo sido o réu localizado apenas em 17/01/2019, ou seja, quatro meses após, demonstrando a intenção de se furtar aos ditames da Lei”, enfatiza a relatoria.

Justiça Potiguar

Postado em 8 de setembro de 2020

Estudo com a vacina de Oxford é suspenso no Reino Unido após ‘efeito adverso grave’ em paciente, diz site

Foto: Freepik

Os testes da candidata à vacina contra a Covid-19 da Universidade de Oxford e da farmacêutica AstraZeneca foram suspensos no Reino Unido após um dos voluntários apresentar “efeito adverso grave”, de acordo com publicação do site especializado em saúde “STAT” nesta terça-feira (8).

Em resposta ao G1a AstraZeneca no Brasil informou que esta a par da reportagem e está checando os fatos para preparar um posicionamento. A vacina é a aposta do Ministério da Saúde para a imunização da população. O ministro-interino da saúde, Eduardo Pazuello, chegou a dizer também nesta terça-feiro que planeja a campanha de vacinação contra a Covid-19 para janeiro de 2021.

Citando fontes da farmacêutica britânica, o STAT informa que os ensaios clínicos de Fase 3 foram suspensos, mas que essa seria uma “movimentação de rotina” feita para garantir a segurança e a integridade dos testes.

A AstraZeneca no Reino Unido também informou em um comunicado enviado para a rede CNBC que esta movimentação é “de rotina e acontece sempre que há a possibilidade de alguma doença não explicada apareça durante os testes”.

“[Isso é feito] enquanto se investiga a causa, garantindo que mantemos a integridade dos testes. Em testes de larga escala, doenças vão aparecer mas devem ser avaliadas independentemente para ser checada com segurança.”

A vacina de Oxford está em testes de fase 3, a última, em vários países, inclusive no Brasil. Segundo a regulação britânica, se tudo der certo após essa etapa, a imunização segue para licenciamento, quando agências reguladoras do governo do Reino Unido ou da Europa revisam os dados dos ensaios. Nessa etapa, elas se certificam de que a vacina tem a eficácia e o nível de segurança necessários.

*G1

Postado em 8 de setembro de 2020

Retorno das aulas presenciais na rede pública estadual do RN só em 2021

Ouvindo o nosso Comitê Científico que aponta um retorno para o dia 5 de outubro com a necessidade de um retorno com condições sanitárias seguras, ouvindo também as entidades que fazem o Comitê Setorial da Educação, em especial a SEEC-RN e a Undime RN, ciente de que a pandemia não acabou nem no Estado, nem no Brasil e nem no mundo, e visto que o Governo Federal ainda não disponibilizou recursos financeiros complementares, necessários e urgentes, para atender às demandas dos protocolos de biossegurança nas escolas públicas, informo que no próximo Decreto autorizaremos a Rede de Educação Pública do RN a só retornar as atividades presenciais em 2021.

A decisão é referente à rede pública. As escolas privadas seguem com a perspectiva de voltar no dia 05.

A última pesquisa do IBOPE que aponta que 72% dos brasileiros não retornariam às atividades presenciais enquanto não existir uma vacina contra o Coronavírus.

Uma enquete realizada pela Intertv, no RN, sinaliza que 78% são contrários ao retorno às aulas presenciais e a enquete realizada pela SEEC-RN e UNDIME demonstrou que 79% da comunidade escolar optou pelo não retorno às atividades escolares presenciais.

Em 2020, as escolas darão continuidade às atividades não presenciais aplicando, um plano de recuperação das aprendizagens com os estudantes concluintes, intensificando aulões, cursinhos, aulas online preparatórias para os exames do IFRN Oficial e ENEM, por meio televisivo, plataformas digitais, materiais impressos, entre outras.

O plano de retomada das atividades dos Sistemas Estadual e Municipais, priorizará a preparação das estruturas pedagógicas, físicas e de pessoal das escolas, para atender aos protocolos normativo-pedagógico e de biossegurança, assegurando a aprendizagem, a segurança e a proteção dos estudantes e dos profissionais da educação, articulando os anos de 2020 e 2021 na organização curricular.

Postado em 8 de setembro de 2020

Polícia tenta localizar homem que teve os genitais arrancados por mulher

Foto: Divulgação/PC

A Polícia Civil está tentando identificar o homem que teve parte dos órgãos genitais arrancados no sábado (5), na cidade de Miguel Alves, no Piauí. Segundo a Polícia Militar, uma mulher teria usado os dentes para cometer o crime.

Francírio Queiroz, delegado de Polícia Civil, informou que iniciou uma investigação preliminar para identificar a vítima e a autora.

“O caso ainda não foi comunicado formalmente na delegacia. Nós já estamos em uma investigação preliminar no sentido de identificar ambas as partes envolvidas, mas por enquanto não obtivemos êxito nesse sentido”, informou.

Entenda o caso

Uma mulher está sendo procurada suspeita de arrancar os órgãos genitais de um homem na cidade de Miguel Alves, no Piauí. A agressão aconteceu no sábado (5), na casa do homem, durante a madrugada. Segundo a Polícia Militar, a suspeita mora na casa ao lado da casa da vítima.

Ainda de acordo com a PM, o homem foi levado para o Hospital Estadual de União. Ele recebeu alta ainda no sábado, e foi para a casa de familiares em União, a 53 km de Miguel Alves.

*G1

Postado em 8 de setembro de 2020

Para 83% dos entrevistados, população deve usar máscaras e adotar regras de prevenção contra a Covid, diz Ibope

Uma parcela de 83% dos brasileiros diz concordar que as pessoas têm o dever de respeitar os protocolos de segurança para a contenção da Covid-19, como o uso de máscaras faciais em locais públicos. A conclusão é de uma pesquisa de opinião do Ibope encomendada pelo GLOBO. Desse total, 72% disseram que concordam “totalmente” com a afirmação acima, e 11%, “parcialmente”.

A opinião variou entre subgrupos da pesquisa, por exemplo, com mais indivíduos situados à esquerda do espectro ideológico declarando apoio à exigência de medidas de proteção contra o coronavírus (91%) do que aqueles que se descreviam como de direita (78%).

Os números declarados da aceitação à prevenção, porém, contrastam com o cenário visto neste final de semana prolongado no Rio de Janeiro e em outras cidades, onde bares e praias tiveram grandes aglomerações, e a parcela da população que não usa máscara ainda é bastante perceptível.

Outros subgrupos levados em conta pelo Ibope também se mostraram mais propensos a cobrar adesão a procedimentos básicos de prevenção sanitária. Enquanto 75% das mulheres eram totalmente favoráveis à exigência de máscaras e outras medidas, entre os homens caía para 68%.

No recorte geográfico, enquanto algumas regiões davam maior apoio integral às medidas (80% no Sul e 75% no Sudeste), outras tiveram números um pouco menores (66% no Nordeste e 62% no Norte e Centro-Oeste).

A divergência de opinião por faixa de renda dos entrevistados, porém, foi menor, e em nenhum recorte da pesquisa uma subpopulação se mostrou majoritariamente desfavorável à obediência aos protocolos de segurança para conter a disseminação da Covid-19.

A pesquisa ouviu 2.626 indivíduos maiores de 18 anos e restringiu-se ao universo das classes A, B e C. As respostas foram colhidas pelo painel de internautas do Ibope Inteligência, entre 21 e 31 de agosto, em todas as regiões do país. A amostragem representa um universo de cerca de 70% da população brasileira, segundo relatório do Ibope.

*O GLOBO

Postado em 8 de setembro de 2020

1º lote para uso civil da vacina Sputnik V passa em testes da vigilância russa

FILE PHOTO: A small bottle labeled with a “Vaccine” sticker is held near a medical syringe in front of displayed “Coronavirus COVID-19” words in this illustration taken April 10, 2020. REUTERS/Dado Ruvic//File Photo

O governo russo anunciou, nesta segunda-feira (7), que o primeiro lote da vacina Sputnik V para circulação civil teve sua qualidade aprovada pelo Roszdravnadzor (o Serviço Federal de Vigilância em Saúde). Segundo o ministro de Saúde do país, Mikhail Murashko, “a produção civil nesta fase significa a vacinação de cidadãos dos grupos de risco, nomeadamente professores e médicos”.

Ainda segundo Murashko, em declarações reproduzidas pela agência de notícias Tass, o fornecimento do imunizante contra a Covid-19 para as regiões russas é esperado “em um futuro próximo”.

“O primeiro lote da vacina para prevenir a infecção pelo novo coronavírus passou nos testes de qualidade exigidos nos laboratórios de Roszdravnadzor (o Serviço Federal de Vigilância em Saúde) e foi produzido para circulação civil. Num futuro próximo está previsto o fornecimento dos primeiros lotes da vacina para as regiões”, disse o ministério.

A vacinação dos grupos de risco será efetuada paralelamente aos ensaios clínicos pós-registo, ainda na fase 3.

Em 11 de agosto, a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a registrar uma vacina contra a infecção pelo novo coronavírus, a Sputnik V. O imunizante passou por testes clínicos entre junho e julho e mostrou resultados promissores nas fases 1 e 2.

A Sputnik-V foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia do Ministério da Saúde da Rússia, Gamaleya. No dia 15 de agosto, o Ministério da Saúde da Rússia anunciou o lançamento da produção da vacina.

*CNN BRASIL

Postado em 8 de setembro de 2020

Cerro Corá: 3ª Câmara do TJ confirma permanência de Graça Oliveira no cargo de prefeita

Foto Redes Sociais

Em julgamento de recurso contra decisão da primeira instância na Comarca de Currais Novos, a 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte decidiu manter no cargo a prefeita de Cerro Corá, Maria das Graças Oliveira (PSD). A decisão por três a zero saiu na terça-feira (1°), mas o acórdão só foi publicado no sábado (5) no PJe, confirmando medida liminar proferida em 14 de janeiro de 2019, com o voto do relator, desembargador Vivaldo Pinheiro, que foi acompanhado pelos desembargadores Amilcar Maia e Amaury Moura Sobrinho.
Nos autos conta que a prefeita Graça Oliveira impetrou agravo de instrumento contra decisão do juízo de Currais Novos, que a afastara do cargo por 180 dias, no fim de dezembro de 2018, a fim de apurar a contratação de um escritório de advocacia sem licitação pública.
Segundo os autos, “o juízo interpretou que houve uma espécie de montagem de procedimentos administrativos, com a pretensão de dar ares de legalidade, bem ainda que as decisões conferidas em outros processos ajuizados contra a agravante, embasariam a real necessidade de afastamento da prefeita”.
Por intermédio do advogado Felipe Cortez, a prefeita de Cerro Corá rebateu os argumentos do Ministério Público, que foi acatado pelo juízo de Currais Novos, “aduzindo veementemente a inexistência de provas a ensejar possível prejuízo à instrução processual, sendo inócuo o seu afastamento, uma vez que toda a documentação já encontraria na posse no MP, não havendo mais no que interferir”.
No relatório, o desembargador Vivaldo Pinheiro assinalou que “quanto à alegada falsidade da documentação apresentada pela prefeita, revelando-se como uma possível “montagem de procedimentos administrativos, pondero que a referida situação deveria ser comprovada via perícia, o que não se demonstrou ao exame da contenda”.
Vivaldo Pinheiro também afirmou, no relatório, que a seu juízo, “ao contrário do suscitado em contrarrazões e no próprio recurso interno, a referida alegação posta em 1º grau não teve o condão de desnaturar a legitimidade das provas” fornecidas pela prefeita Graça Oliveira ao MP, “o que autorizaria a suspensividade dos efeitos decisórios deflagrados com a posterior confirmação meritória”.
Ao decidir pela permanência da prefeita na chefia do Executivo municipal, Pinheiro asseverou que a questão já fora enfrentada pelo plenário do Tribunal de Justiça, “quando entendera que a natureza dos serviços comprovadamente desempenhados pelos advogados contratados, já demandaria a imediata suspensão da decisão agravada, na medida em que poderiam prejudicar a consecução da própria atividade administrativa, que ao teor do que fora posto, não dispõe de quadro de procuradores suficientes às demandas que lhes cabe”.

*cerrocoranews

Postado em 7 de setembro de 2020

ABC é o campeão potiguar 2020; Mais Querido conquista o 56º título estadual de sua história

Imagem: reprodução/Instagram: ABC FC

O ABC empatou em 1 a 1 com o América e além de conquistar o segundo turno do Campeonato Estadual de Futebol também se consagra como o campeão potiguar de 2020, já que também havia cosquistado o 1º turno da competição.

A equipe alvirrubra até saiu na frente no placar, gol de Zé Eduardo, de pênalti. Na segunda etapa o Mais Querido empatou com gol de Paulo Sérgio, em cobrança de falta. No fim da partida, Romarinho desperdiçou um pênalti para o América, mandando a bola para fora.

Como o alvinegro jogava pelo empate para ficar com o troféu da Copa RN (2º turno) e já havia vendido a Copa Cidade do Natal (1° turno), sagrou-se campeão estadual pela 56º vez na sua história. A campanha invicta de 2020 foi construída em 16 jogos, com 13 vitórias e 3 empates.

*BG

Postado em 7 de setembro de 2020

Mundo precisa estar melhor preparado para próxima pandemia, diz chefe da OMS

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta segunda-feira que o mundo precisará estar melhor preparado para a próxima pandemia, ao pedir que países invistam em saúde pública.

Mais de 27,19 milhões de pessoas já foram infectadas com o coronavírus pelo mundo e 888.236 morreram, segundo uma contagem da Reuters, desde que os primeiros casos foram identificados na China em dezembro de 2019.

“Essa não será a última pandemia”, disse Tedros em uma coletiva de imprensa em Genebra. “A história nos ensina que surtos e pandemias são um fato da vida. Mas quando a próxima pandemia vier, o mundo precisa estar pronto– mais pronto do que estava desta vez”.

*Por Emma Farge e Michael Shields

Postado em 7 de setembro de 2020

Grave acidente foi registrado no centro de Currais Novos

 Por volta das 13 horas desse domingo (06/09/20) um grave acidente foi registrado na avenida Dr. Silvio Bezerra de Melo, centro de Currais Novos,  envolvendo uma motocicleta de placa MYP-6526 conduzida pela vítima identificada apenas como Yago.

O motociclista perdeu o controle da moto, subiu o canteiro central e colidiu na traseira de um veículo Monza de placas MXZ-0636 que estava estacionado. O condutor da moto ficou desacordado e foi socorrido pelo SAMU. Populares disseram a nossa reportagem que o mesmo havia consumido bebida alcoólica. Uma guarnição  da Polícia Militar, que passava na hora do acidente, fez o isolamento da área até o socorro da vítima.

*CN Polícia

Postado em 6 de setembro de 2020

Rodovia de SP tem 2 acidentes em menos de 10 segundos, veja vídeo

Câmeras de monitoramento flagraram dois acidentes em menos de 10 segundos na Rodovia Mogi-Bertioga, na altura de Bertioga, no litoral de São Paulo, na manhã deste domingo (6). Um vídeo obtido pelo G1 mostra o momento exato das ocorrências, e motoristas parando para socorrer as vítimas.

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), concessionária responsável pelo trecho, os acidentes ocorreram por volta das 9h, no Km 90 da rodovia. Nas imagens, é possível ver uma motocicleta, com dois ocupantes, saindo da pista e caindo em uma área de mata às margens da rodovia.

Cerca de 7 segundos depois da primeira queda, outra moto, que seguia no mesmo sentido, acaba batendo contra a traseira de um carro. A motocicleta cai, e tanto o condutor quanto o garupa rolam pela rodovia. Um deles levanta, tira o capacete e tenta ajudar o outro, que permanece deitado na pista.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, bem como a Polícia Militar Rodoviária. Segundo as autoridades, uma das vítimas precisou de atendimento médico e foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bertioga, com escoriações leves.

Em nota, o INTS, organização social responsável pela gestão do Hospital Municipal de Bertioga e do Samu, informa que a mulher, de 22 anos, gestante de três meses, foi avaliada e fez exame de ultrassom. Ela encontra-se em observação na unidade.

Devido aos acidentes, duas faixas ficaram interditadas, enquanto o tráfego fluía por uma faixa. Por volta das 11h40, os veículos foram retirados da rodovia e as faixas foram liberadas.

*G1

Postado em 6 de setembro de 2020

Empresas farmacêuticas planejam declaração conjunta atestando segurança de vacinas contra covid-19


Foto: Freepik

Um grupo de empresas farmacêuticas que trabalham em diferentes projetos para obter uma vacina contra a covid-19 planeja lançar uma declaração em conjunto no início desta semana se comprometendo a respeitar os rigorosos padrões de eficácia e segurança do imunizante.

A iniciativa pretende tranquilizar o público de que as empresas não buscarão a aprovação prematura de uma vacina, mesmo sob pressão política do governo Trump. O presidente republicano vem pressionando para que uma delas esteja disponível até outubro, pouco antes da eleição presidencial em que Donald Trump tentará se reeleger. Por causa disso, cientistas, reguladores e especialistas em saúde pública expressaram preocupação.

A existência da declaração conjunta das farmacêuticas se tornou pública na última sexta-feira, 4, pelo jornal americano The Wall Street Journal. Entre as fabricantes que supostamente assinarão a carta estão as americanas Pfizer, Moderna e Johnson & Johnson, a britânica GlaxoSmithKline (GSK) e a francesa Sanofi.

Reguladores da Food and Drug Administration (FDA), a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, também têm discutido a possibilidade de fazerem sua própria declaração pública conjunta sobre a necessidade de confiar em ciência comprovada, segundo dois altos funcionários do governo.

Os cientistas estão correndo em velocidade recorde para desenvolver uma vacina que possa acabar com a pandemia, que tirou a vida de quase 190 mil pessoas nos EUA e infectou mais de 6 milhões no país. Três empresas – Moderna, Pfizer e Astrazeneca – já estão testando seus imunizantes em estágio final.

Na última semana, o presidente executivo da Pfizer disse que a empresa poderia ver resultados em outubro. As outras farmacêuticas, porém, falaram que planejam lançar uma vacina até o final do ano.

O rápido desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19 e os primeiros resultados promissores foram aplaudidos por especialistas em saúde pública. No entanto, eles ficaram preocupados quando Trump e seus aliados começaram a falar sobre um imunizante que poderia estar pronto antes das eleições de 3 de novembro. Há temores de que a Casa Branca poderia estar pressionando para pular etapas no processo de aprovação da vacina, a fim de aumentar as chances de reeleição do presidente.

Em tweets e comentários públicos, Trump vinculou explicitamente sua reeleição a uma vacina, uma ideia detalhada na semana passada na Convenção Nacional Republicana, onde vídeos promocionais apresentavam os esforços do governo para financiar e desenvolver o imunizante. Conselheiros da campanha Trump chamaram em particular uma vacina pré-eleitoral de “o Santo Graal”.

Mas se uma vacina acabar tendo efeitos colaterais perigosos para algumas pessoas, as consequências podem ser catastróficas tanto para o governo quanto para as empresas, danificando sua reputação corporativa e minando amplamente a confiança nas vacinas, um dos grandes avanços da saúde pública em humanos.

*Estadão Conteúdo com informações de EFE e The New York Times

Postado em 6 de setembro de 2020

Covid-19: Testes podem estar dando positivo com vírus ‘morto’, afirma cientista da Universidade de Oxford


Foto: MICHAEL APPLETON / MAYORAL PHOTOGRAPHY OFFICE

O principal teste usado para diagnosticar o novo coronavírus (chamado PCR) pode estar captando fragmentos de vírus mortos de antigas infecções, dizem cientistas em um estudo recente.

Nesse caso, pessoas podem estar recebendo diagnósticos positivos de infecções antigas ou que já não estão mais ativas.

Carl Heneghan, do Centro de Medicina Baseada em Evidências da Universidade de Oxford e colegas revisaram estudos científicos nos quais espécimes de vírus de testes positivos foram colocados em uma placa de Petri, de forma a avaliar se essas espécimes cresceriam.

Esse método de “cultura viral” pode indicar se o teste positivo de fato captou vírus ativos, capazes de se reproduzir e se espalhar, ou se captou fragmentos de vírus mortos, incapazes de crescer no laboratório ou em um corpo humano.

Em texto publicado em agosto, Heneghan afirmou que, embora os dados sobre culturas virais em testes PCR sejam esparsos, “há evidências de uma relação entre o tempo da coleta de uma espécime, a severidade dos sintomas e as chances de alguém ser infeccioso”.

De um lado, ele e seus colegas argumentam que uma possível testagem excessiva em que muitos “vírus mortos” sejam detectados pode levar a uma superestimativa da atual escala da pandemia, além de dificuldades em se criar estratégias eficientes de isolamento.

“A detecção via PCR é útil desde que suas limitações sejam entendidas”, escreveu o pesquisador em seu artigo de agosto. “(…) Se isso não for entendido, resultados de PCR podem forçar restrições para grandes grupos de pessoas que não representam um risco de infecção.”

Heneghan acredita que a detecção de vestígios de vírus antigos pode ajudar a explicar por que, em alguns lugares, o número de casos de coronavírus continua a crescer mesmo sem que isso se reflita em uma alta no número de hospitalizações. Ele também defende mudanças na forma como o resultado dos testes é entregue aos pacientes (veja mais abaixo), de modo a deixar mais claro o perigo de contágio.

Em contrapartida, alguns especialistas pedem cautela na correlação entre o desempenho do vírus em laboratório e sua capacidade em infectar fora dele.

Como é o diagnóstico da covid-19?

O teste PCR, feito com um swab colocado na narina, é o principal método de detecção do coronavírus. Ele usa químicos para amplificar o material genético do vírus, para que este possa ser diagnosticado e estudado.

A amostra de um paciente tem de passar por um número suficiente de “ciclos” em laboratório até que algum vírus seja encontrado. O número de ciclos vai indicar quanto vírus há na amostra – se apenas fragmentos ou grandes quantidades de vírus inteiros.

Isso, por sua vez, parece estar relacionado à probabilidade de o vírus ser de fato infeccioso – vírus de testes que têm de passar por vários ciclos parecem ter menor tendência a se reproduzir quando cultivados em laboratório, embora isso não esteja plenamente claro, segundo alguns pesquisadores.

O risco de falsos positivos

Mas, quando você faz um teste de coronavírus, recebe de volta apenas uma resposta de “sim” ou “não”, sem nenhuma informação adicional de quanto vírus havia na amostra ou qual a chance de ele provocar infecções.

Ou seja, uma pessoa carregando uma grande quantidade de vírus ativo e uma pessoa com pequenos fragmentos de vírus de uma infecção já curada podem acabar recebendo o mesmo resultado – no caso, “positivo” – de seu teste.

Por isso, Heneghan defende que os testes, em vez de apenas prover um resultado “sim/não” com base na detecção do vírus, deveriam ter uma linha de corte para impedir que ínfimas quantidades de vírus não levem a um resultado positivo.

Um dos estudos que ele analisou investigou a cultura viral em amostras de um grupo de pacientes e comparou os resultados com as datas dos testes e o tempo em que seus sintomas passaram.

Os dados, diz ele, mostram que a probabilidade da infecção pelo coronavírus era maior variava conforme a linha de corte usada.

Não seria possível checar cada teste feito para avaliar se o vírus detectado está ativo, acrescenta ele, mas seria possível reduzir as chances de falsos positivos se cientistas determinassem qual seria essa linha de corte.

Isso ajudaria a prevenir que pessoas recebam eventuais diagnósticos positivos derivados de infecções antigas. Também daria um entendimento melhor da atual escala da pandemia e evitaria que algumas pessoas fossem colocadas em quarentenas mais rígidas (e tivessem seus contatos rastreados) sem necessidade.

Além disso, diz Heneghan, o PCR, por ser um teste altamente sensível, está vulnerável à contaminação por agentes externos. Portanto, para evitar falsos positivos também por esse motivo, locais que estejam aumentando sua capacidade de testagem devem fazê-lo com um rígido controle de segurança laboratorial.

No Reino Unido, a agência governamental de saúde Public Health England afirmou estar trabalhando junto a laboratórios para reduzir o risco de falsos positivos, inclusive analisando como criar um “limiar” do ciclo de análise viral, de forma a criar essa linha de corte.

No entanto, a agência destacou que existem no mercado diferentes kits de testes sendo usados, com diferentes limiares e leituras, o que dificulta a criação de um padrão único e geral.

O professor Peter Opeshaw, da Universidade Imperial College London, diz que o PCR é um método altamente sensível de se captar material genético residual de vírus, mas que isso não equivale a “evidência de atividade infecciosa”.

No momento, acredita-se que as pessoas infectadas sejam capazes de passar o vírus adiante até o décimo dia de sua infecção, diz ele.

Ao mesmo tempo, o professor Ben Neuman, da Universidade de Reading, afirma que não se deve fazer uma correlação simplista entre o cultivo do vírus em laboratório e o potencial infeccioso deste em humanos.

“Essa revisão (feita por Oxford) corre o risco de falsamente correlacionar a dificuldade em cultivar o Sars-CoV-2 de uma amostra de um paciente com a probabilidade com a qual ele vai se espalhar”, afirmou.

Heneghan também destaca, em seu artigo, que “atenção insuficiente” tem sido dada a como resultados do exame PCR se correlacionam, de fato, à capacidade de infecção do paciente e que mais estudos são necessários.

*BBC News Brasil

Postado em 6 de setembro de 2020

Governo Federal estuda reduzir tarifas de importação de produtos da cesta básica


Foto: reprodução

O governo federal avalia reduzir temporariamente as tarifas de importação de arroz, milho e soja para combater a alta do preço da cesta básica, informaram à CNN três fontes da administração Jair Bolsonaro (sem partido).

Ainda não há decisão tomada sobre o assunto, mas está em análise incluir esses produtos na lista de exceções da Tarifa Comum do Mercosul. O objetivo é estimular as importações, aumentando a concorrência e reduzindo preços.

Na quinta-feira, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou uma carta pública reclamando de aumentos em produtos da cesta básica. No acumulado de 12 meses até julho, a alta chega a 25,5% no arroz, 23,5% no óleo de soja e 48,4% no feijão.

O forte aumento dos preços é resultado da desvalorização do real, que encarece as commodities agrícolas em dólar, e do pagamento do auxilio emergencial durante a pandemia, que estimulou a demanda da população por mais alimentos.

Em viagem ao interior de São Paulo na sexta-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro disse que iria se reunir com representantes das cadeias varejistas e pediu “patriotismo” ao setor para reduzir a margem de lucro e conter a alta dos preços.

A alternativa em estudo pelo governo, no entanto, não é intervencionista e visa estimular a concorrência barateando os produtos importados.

A taxa de importação é de 12% no arroz e de 8% na soja e no milho. Segundo fontes do setor, boa parte desses alimentos não estão mais nas mãos dos produtos, mas dos cerealistas.

*CNN Brasil

Postado em 6 de setembro de 2020

Caminhão bate em poste, carga pega fogo e motorista continua dirigindo em cidade do interior do RN, vídeo

Um caminhão que transportava madeira pegou fogo após bater em um poste neste sábado (5), no município Governador Dix-Sept Rosado, no Oeste potiguar.

Um vídeo gravado pouco após o acidente mostra o veículo ainda pegando fogo e pessoas bastante assustados com o ocorrido.

Mesmo com o veículo em chamas, o motorista seguiu dirigindo o caminhão.

Por enquanto, não há relato de feridos. O Corpo de Bombeiros Militar RN informou que ainda não foi registrada ocorrência sobre o caso.

*Com informações do Agora RN

Postado em 5 de setembro de 2020

Coronavírus: Brasil registra 682 óbitos e 30 mil casos nas últimas 24h; São 126 mil mortes e 4,1 milhões de infectados


Foto: Eduardo Frazão/Exame

O Ministério da Saúde divulgou os dados mais recentes sobre o coronavírus no Brasil neste sábado (5):

– Registro de 682 óbitos nas últimas 24h, totalizando 126.203 mortes;

– Foram 30.168 novos casos de coronavírus registrados, no total 4.123.000 pessoas já foram infectadas.

– O número total de recuperados do coronavírus é 3.296.702, com o registro de mais 17.784 pacientes curados. Outros 700.095 pacientes estão em acompanhamento.

*BG

Postado em 5 de setembro de 2020

Brasil registra 3.296.702 pacientes curados da Covid-19

Foto: Divulgação/SCMS

O Brasil registrou neste sábado (5), mais 17.784 pacientes recuperados do coronavírus, totalizando 3.296.702 pessoas curadas da doença.

A quantidade de pessoas curadas no Brasil já é quatro vezes superior ao número de casos ativos (700.095), que são os pacientes em acompanhamento médico.

O registro de pessoas curadas já representa 80% do total de casos acumulados.

Postado em 5 de setembro de 2020

Vira-lata caramelo vira ‘cachorro propaganda’ da nota de R$ 200, veja vídeo

Sucesso nas redes sociais, o vira-lata Caramelo estrela a propaganda do Banco Central sobre a nova nota de R$ 200. A escolha não foi aleatória. O cachorro é muito famoso nas redes sociais, e houve, inclusive, uma campanha pedindo que o animal fosse estampado na cédula. Mas o escolhido pelo BC foi o lobo-guará.

Na campanha publicitária, o cão fala que soube dessa campanha pedindo para colocar a foto dele no verso da nota. “Mas, gente, para ser sincero, todo mundo já me conhece, por isso quero que vocês recebam com o mesmo carinho esse meu primo selvagem: o caramelo do cerrado”, diz. “Tá, eu sei que vocês me amam, mas está na hora do lobo-guará brilhar.”

O vira-lata também avisa dos itens de segurança da nota, como marcas-d’água, número que muda de cor e alto relevo. Com essas informações, o BC espera que o brasileiro consiga distinguir notas falsas das verdadeiras que começaram a circular nesta semana.

Inicialmente, serão produzidas 450 milhões de notas de R$ 200 em 2020, sendo que a impressão de cada uma delas custará R$ 0,32 aos cofres públicos. Com isso, o desembolso a princípio será de R$ 90 bilhões. 

O lançamento da cédula de R$ 200, na quarta (2), aconteceu pouco mais de sete anos depois da estreia das notas de R$ 5 e R$ 2.

*CNN Brasil

Postado em 4 de setembro de 2020

Bolsonaro pede que donos de mercados tenham “patriotismo” e baixem preços

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu “patriotismo” aos donos de supermercado para baixar os preços dos produtos da cesta básica. Alimentos como óleo de soja, leite, arroz e feijão vêm sendo alvo da inflação, que pode bater os 20% no acumulado de 12 meses nesse recorte. O pedido foi feito durante conversa com simpatizantes em Eldorado Paulista nesta sexta-feira (4/9).

O chefe do Executivo federal questionou aos presentes se eles haviam reparado na alta dos preços do arroz e feijão. Alguns chegaram a dizer que o valor cobrado dobrou.

“Veio dinheiro do auxílio emergencial, muito papel na praça, a inflação vem. Nós estamos conversando pros produtos da cesta básica… eu tô pedindo um sacrifício, patriotismo dos grandes donos de supermercado, para manter o preço na menor margem de lucro”, disse.

Segundo o presidente, porém, logo após dizer que faria o pedido, a melhor maneira de lidar com a economia é “não interferindo”, e afirmou que não dará uma “canetada”.A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou uma nota sobre o aumento percebido pelos consumidores no comércio. “O setor supermercadista tem sofrido forte pressão de aumento nos preços de forma generalizada repassados pelas indústrias e fornecedores. A Abras, que representa as 27 associações estaduais afiliadas, vê essa conjuntura com muita preocupação”, diz o comunicado.

*Metrópoles

Postado em 4 de setembro de 2020

Os 2 mil voluntários de SP já receberam dose vacina de Oxford, sem efeitos graves

A VACINA – Laboratório da Universidade de Oxford, que fará testes no Brasil: líder na corrida pela imunização. | Foto: Oxford University/AP

Todos os 2.000 voluntários recrutados em São Paulo para receber a vacina para Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, já receberam a primeira dose do fármaco na fase III dos estudos. Na cidade, a pesquisa com os pacientes é coordenada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O desenvolvimento global do medicamento é também de responsabilidade da farmacêutica Astrazeneca.

A aplicação das doses iniciais foi encerrada ao longo do mês de agosto e a segunda dose já começou a ser distribuída, em um acelerado processo. “Está bem encaminhado, já temos exames de sangue realizados, inclusive. Os resultados desses testes serão computados em um sistema acessado pelos especialistas de Oxford, responsáveis por desenvolver as estatísticas necessárias ao estudo”, diz a reitora da Unifesp, Soraya Smaili. “Temos agora que esperar mais um tempo para a realização de todos os exames. O objetivo é verificar se os anticorpos duram”. A especialista ressaltou que a segunda rodada de aplicações funciona como um tipo de “reforço” à primeira dose, a mais importante.

Todos os participantes da etapa paulista do estudo estão bem e não apresentaram sintomas adversos graves para a aplicação da vacina.

Um dos motivos para a escolha da aplicação dos testes de vacinas no Brasil foram os índices epidemiológicos da doença, que tinham altos patamares à época em que se anunciou a cooperação internacional. O cenário, felizmente, não aponta mais para um franco crescimento de contaminações por aqui. Nesta sexta-feira, 4, o país chegou à média móvel de 40.999,7 novos casos e 856,9 mortes (veja o gráfico abaixo). Trata-se de uma conta que considera as notificações dos últimos sete dias divididos por sete, o que neutraliza as subnotificações tradicionais aos finais de semana, quando as secretarias de saúde trabalham no esquema de plantão.

Rio de Janeiro e Bahia

Já no Rio de Janeiro, cerca de 87% dos 1.500 voluntários participantes já receberam a primeira dose e 27% receberam a segunda dose. Lá, o estudo é coordenado pelo Instituto D’or de Pesquisa e Ensino. A previsão de encerramento de aplicação de todas as doses é ainda em outubro deste ano. O mesmo instituto é responsável por aplicar o teste em 2.500 voluntários em Salvador, na Bahia — o local teve um considerável aumento no recrutamento de participantes após uma definição da universidade britânica. Na região, 42% dos voluntários já receberam a dose inicial e outros 16% receberam a segunda injeção. O processo de aplicação está previsto para ser encerrado em novembro.

Caso apresentem algum sintoma característico à Covid-19, os voluntários devem fazer exame do tipo RT-PCR. Uma vez aprovada a eficácia do fármaco, ele será produzido também no Brasil, com participação dos laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

*Veja

Postado em 4 de setembro de 2020

Azitromicina não tem efeito em pacientes graves de Covid-19, diz estudo brasileiro


Foto: iStock

O uso do antibiótico azitromicina no tratamento de pacientes com sintomas graves de Covid-19 não promoveu melhoras na evolução clínica deles. Segundo remédio mais usado no mundo no tratamento dos doentes, antibiótico não traz benefícios a eles.

A conclusão é de uma pesquisa feita pela Coalizão Covid-19, liderada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês. Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz, BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, pelo Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e pela Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet).

Os resultados foram publicados na revista científica The Lancet, uma das mais prestigiadas do mundo. “Os achados do estudo, portanto, não sustentam a indicação do uso rotineiro desta terapia no tratamento da doença em casos graves”, afirma o grupo no texto.

A azitromicina tem sido o segundo remédio mais usado no mundo no tratamento dos doentes. Ficou atrás da hidroxicloroquina quando se acreditava que a droga era eficaz.

No Brasil, a azitromicina é distribuída por prefeituras e ministrada por diversos médicos. O prefeito Bruno Covas, de São Paulo, por exemplo, anunciou que fez uso da droga quando foi infectado pelo novo coronavírus.

“Muita gente dá azitromicina ao paciente assim que ele chega ao hospital. Mas o estudo revela que ela não traz benefícios aos doentes”, diz a médica Viviane Cordeiro Veiga, da BP.

“É um bom antibiótico para infecções respiratórias, mas não tem efeitos benéficos no caso de pacientes graves da Covid-19”, diz o médico Alexandre Biasi, do H​Cor.

O estudo da azitromicina é o terceiro publicado internacionalmente pela Coalizão Covid-19 desde que a epidemia começou no Brasil.

Em julho, o grupo divulgou pesquisa mostrando que a hidroxicloroquina não tem eficácia no tratamento de pacientes com sintomas leves ou moderados da Covid-19 que estão hospitalizados. Em setembro, eles mostraram que o uso do corticoide dexametasona diminui o tempo de pacientes graves da doença em respiradores artificiais.

O trabalho com a azitromicina foi realizado com 397 pacientes divididos em dois grupos. Em um deles (214 pessoas), os enfermos foram tratados com doses diárias de 500 mg de azitromicina mais tratamento padrão. Em outro, apenas o tratamento padrão. O tratamento padrão incluía todas as medidas de suporte hospitalar, uso de outros tratamentos como antivirais e, conforme padrão da época da realização do estudo, hidroxicloroquina.

Os pacientes foram acompanhados durante 29 dias. A avaliação considerou seis aspectos: ter recebido alta, mas manifestar sequela; estar internado, porém sem limitações; permanecer internado e continuar recebendo oxigênio; precisar de oxigênio, mas sem ventilação mecânica; fazer uso de ventilação mecânica e, por fim, morrer.

A análise feita 15 dias após o início dos tratamentos mostrou que não houve diferença entre os dois grupos estudados na chance de os pacientes apresentarem melhora.

Não houve diferença importante na mortalidade entre o grupo que recebeu a azitromicina e tratamento padrão (incluindo hidroxicloroquina) e o grupo que recebeu apenas tratamento padrão (incluindo hidroxicloroquina).

No primeiro, a taxa de óbitos após 29 dias foi de 42%. Entre o grupo controle, foi de 40%. Também não houve diferenças significativas no tempo médio de internação: 26 dias para os pacientes que receberam azitromicina mais tratamento padrão e 18 dias entre os pacientes que receberam apenas a terapia padrão.

Como efeitos colaterais, os dois grupos apresentarem índices semelhantes de insuficiência renal: 39% nos que receberam a azitromcina, e 33% nos que receberam apenas o tratamento padrão.

*Mônica Bergamo – FolhaPress

Postado em 4 de setembro de 2020

Cerro Corá: Prefeitura entrega ternos esportivos

A Prefeitura Municipal de Cerro Corá, através da Secretaria de Educação Cultura e Desporto, faz a entrega de ternos esportivos compostos de camisa, calção e meião, ao representante do time Barro Vermelho, o Jovem Gilvagner Alves de Medeiros. A entrega aconteceu neste dia 04 de setembro na sede da SEMECD.

*Créditos: Aristeia Dantas

Postado em 4 de setembro de 2020

Vacina contra covid que está em fase de testes no Brasil é aprovada para uso emergencial na China

Chamada de CoronaVac, a vacina chinesa está em fase 3 de testes clínicos, inclusive sendo testada com cerca de 9.000 voluntários no Brasil | Foto: divulgação

A China aprovou no final de agosto a vacina contra o coronavírus da fabricante Sinovac para uso emergencial em profissionais de saúde, sujeitos a maior risco para contaminação da covid-19.

Chamada de CoronaVac, a vacina chinesa está em fase 3 de testes clínicos, inclusive sendo testada com cerca de 9.000 voluntários no Brasil. O governo de São Paulo fez um acordo com a farmacêutica Sinovac para transferência de tecnologia e produção da vacina junto com o Instituto Butantan no país.

A informação sobre a aprovação na China foi divulgada no último dia 28 de agosto pela agência de notícias Reuters em Pequim, que ouviu uma fonte próxima à farmacêutica.

Os resultados das fases 1 e 2 da vacina já mostraram bons resultados, com uma proteção acima de 97% após 28 dias. Foram avaliadas 148 pessoas entre 18 e 59 anos na fase 1 e mais 600 pessoas na fase 2. Os efeitos adversos reportados foram brandos. Não houve nenhum efeito colateral grave que pudesse indicar uma possível falha na segurança da vacina.

O estudo randomizado e duplo-cego contou com duas doses do imunizante, uma no primeiro dia de testes e outra 14 dias após. A quantidade de anticorpos no organismo foi medida 14 dias após cada dose.

Uma boa notícia é que a vacina induziu à produção de anticorpos neutralizantes, cuja função é justamente impedir a entrada do vírus nas células, sugerindo que a vacina pode ser eficaz em conter a infecção, não apenas o desenvolvimento da doença.

Os autores, no entanto, afirmam ser necessário aguardar os resultados da fase 3 para ter certeza da eficácia do imunizante.

A CoronaVac é feita a partir de vírus inativados. A ideia é modificar o Sars-CoV-2 tornando-o não infectante. Os cientistas inserem o coronavírus em células Vero –linhagem de células comumente utilizadas em culturas microbiológicas, sintetizadas a partir de células isoladas dos rins de uma espécie de macaco na década de 60 e usadas até hoje– para multiplica-lo em laboratório. A partir daí, o vírus é inativado e incorporado na vacina.

A produção de vacina com o vírus total inativado é semelhante à utilizada para a produção da vacina da raiva. Esse tipo de vacina, porém, necessita de grandes testes de segurança. A fase 3 que está em andamento no Brasil deve prosseguir por, no mínimo, seis meses.

Segundo o diretor do Instituto Butantan Dimas Tadeu Covas, caso os resultados da fase 3 sejam favoráveis a intenção é começar a vacinação já em janeiro.

O Butantan, que pretende produzir 120 milhões de doses até 2021, enfrentará um obstáculo logístico: a CoronaVac necessita de duas doses para imunização. Ou seja, o total produzido poderá atender 60 milhões de pessoas, menos de 1/3 da população do país.

Além da Sinovac, outras duas grandes farmacêuticas chinesas já possuem vacinas com uso restrito aprovado. A primeira a receber a aprovação foi a CanSino em julho, cuja vacina, feita a partir de adenovírus, tecnologia similar à da vacina da Oxford e AstraZeneca, foi aprovada para uso em militares no país.

A gigante farmacêutica estatal Sinopharm, por meio do Grupo Nacional Chinês de Biotecnologia (CNBG, na sigla em inglês), também anunciou que teve autorização para o uso emergencial de uma de suas candidatas à vacina contra o coronavírus em estudo, segundo divulgou em redes sociais no último domingo (30).

A CNBG tem duas candidatas à vacina em fase 3 de ensaios, mas não divulgou qual das duas teve o uso aprovado.

Segundo a agência Xinhua, o governo chinês tem aprovado vacinas para uso emergencial como medida de bloquear possíveis novos surtos de covid-19 durante o outono e inverno. O governo, no entanto, não divulgou maiores informações sobre como essas vacinações ocorrerão e a quantidade de pessoas a ser vacinada.

*Valor Econômico

Postado em 4 de setembro de 2020

CGU mira Consórcio Nordeste e investiga compra de respiradores, noticia TV

Foto: Reprodução

Nos últimos dias, a Controladoria Geral da União (CGU) tem se debruçado em investigações que miram o Consórcio Nordeste, uma parceria criada em julho de 2019 entre os nove estados da região para facilitar a execução de políticas públicas. Em junho deste ano, o grupo foi alvo de uma investigação que apurava suposta fraude na compra de respiradores. A informação é do SBT News e foi Destaque no Grande Ponto.

O Ministério Público Federal chegou a abrir um inquérito civil para verificar se houve improbidade administrativa no contrato firmado entre o Consórcio e a empresa Hempcare, investigada por vender e não entregar 300 respiradores. O esquema teria causado prejuízo de, pelo menos, R$ 48,7 milhões. Três pessoas chegaram a ser detidas na época, mas foram soltas depois de terem cumprido 5 dias de prisão temporária.

As investigações sobre compras de equipamentos -como respiradores- para o combate à pandemia de coronavírus devem revelar o envolvimento de mais 3 governadores nas fraudes e resultar na abertura de 50 inquéritos até o fim deste ano. Até agora, as investigações iniciadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) já bateram na porta de Helder Barbalho (MDB), do Pará, e Wilson Lima (PSC), do Amazonas. Há outras 5 apurações envolvendo a cúpula de Executivos locais.

Entre 23 de abril e 27 de agosto, a CGU realizou 30 investigações de fraudes em contratos que somam mais de R$ 588 milhões.

A estimativa é de que os esquemas causaram prejuízo de R$ 92 milhões aos cofres públicos. É uma fração, uma ponta do descalabro de prejuízos em escala industrial. Mas, independentemente dos valores, uma covardia em meio a uma pandemia que já matou mais de 130 mil pessoas.

Até dezembro, segundo apurou o SBT News, a Controladoria deve finalizar mais 20 investigações em estados e municípios e estima que as fraudes nessas operações cheguem a mais R$ 72 milhões. A expectativa é que, até o fim de 2020, o volume de dinheiro desviado bata os R$ 163 milhões. Os volumes são maiores se forem somados todas as operações em curso, originadas no Ministério Público ou na Polícia Federal.

O que mais surpreendeu as equipes da CGU até aqui é que os esquemas foram feitos de forma amadora e grosseira. As fraudes ocorreram por brechas abertas pela aprovação da lei 14.035/20, que flexibilizou as regras de licitação para a compra de serviços e equipamentos durante a pandemia. As máfias aproveitaram uma janela de oportunidade para montar às pressas os esquemas de fraudes.

Em entrevista ao SBT News, o ministro Wagner Rosário, chefe da CGU, disse que parte da investigação avançou com base em inconsistências e anomalias nas empresas contratadas. “O que a gente verificou muito é o seguinte: processos mal instruídos, o que não garante uma fraude. Mas, a partir daí, durante a busca das contratações, muitas vinculações de empresas com pessoas que estavam contratando. Empresas que não possuíam endereço, que possuíam baixa qualificação técnica, cujos sócios não tinham condições de serem donos daquela empresa”.

“Se tivesse que fazer uma junção desses trabalhos que fizemos, eles basicamente sempre buscam o direcionamento da licitação para um grupo determinado”, detalhou Rosário. “Muitas das vezes, o que nós verificamos são grupos que teriam incapacidade de entregar esses produtos [que foram contratados]”.

*Com SBT News e Grande Ponto

Postado em 4 de setembro de 2020