Em comunicado nesta quinta-feira(14), contra o lockdown, o Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed/RN)A posição do Sinmed/RN ainda destacou que é a favor do tratamento precoce com a hidroxicloroquina, como forma de evitar agravamento, e busca de leitos de UTI.
O Sinmed-RN ainda diz: “Medidas de isolamento devem contemplar grupos de risco como idosos e portadores de doenças crônicas graves”, diz trecho.
Uma paciente natural da cidade de Currais Novos, que estava internada com sintomas suspeitos de Covid-19 morreu nesta quarta-feira (13), no Hospital Regional do Seridó.
Em contato com a assessoria de comunicação da unidade de saúde, o Blog foi informado que ela fez o exame de Covid-19, mas, o resultado ainda não saiu.
A baixaria tomou conta da sessão da Câmara dos Vereadores de Natal nesta quinta-feira, 14. A discussão envolvendo os vereadores Cícero Martins e Luiz Almir sobre a votação de um veto da Prefeitura de Natal descambou para os xingamentos. Os vereadores trocaram acusações e em determinado momento Luiz Almir chegou a mandar Cícero tomar no c* e foi respondido na mesma moeda. Antes já haviam se provocado sobre a defesa ao prefeito. Cícero chamou Luiz Almir de “babão” e “puxa-saco”, Almir rebateu chamando o vereador pra briga.
Em parceria com a CAERN e a Conisa, a prefeitura de Cerro Corá/RN, realizou nesta semana a instalação de tubulação de água no assentamento Santana Clara A.
A obra irá beneficiar o assentamento santa clara das vilas A e B.
O Institut of Health Metrics and Evaluation (IHME) dos Estados Unidos, que baliza as políticas sanitárias americanas, estima que o Brasil atingirá o pico de casos de Covid-19 em 2 de junho, com um total máximo de 203.985 casos. Depois de 2 de junho, a epidemia começaria a desacelerar no país, baixando para 103.343 casos em 4 de agosto. O pico de mortes seria em 27 de junho, com 1.024 óbitos em 24 horas. Essa estimativa é baseada nos dados oficiais que estão sendo fornecidos pelo Ministério da Saúde do Brasil.
Evidentemente, como os números brasileiros são extremamente inconfiáveis, o IHME tem também um projeção mais pessimista: em 2 de junho, poderemos ter o máximo de 618.152 casos, e o pico de mortes, em 27 de junho, chegaria a 2.646 óbitos num único dia. Nesse cenário mais pesado, em 4 de agosto, teríamos 194.307 casos, com até 1.584 mortes nas 24 horas precedentes.
Na estimativa baseada nos dados oficiais, o Brasil atingiria, em 4 de agosto, um total de 88.305 mortes por Covid-19. Na projeção mais pessimista, o número de óbitos poderia chegar a 193.786.
Agentes do Grupamento de Ação Ambiental da Guarda Municipal do Natal (Gaam/GMN) resgataram, nesta terça-feira (12), uma serpente da espécie Philodryas Nattereri, conhecida popularmente como Corre-campo ou Corredeira. O animal que mediu 1,2 metro estava no teto do estacionamento de um hipermercado da capital.
A guarnição ambiental da GMN foi acionada via Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp). Ao chegar na área, os guardas ambientais localizaram a serpente que foi capturada e acondicionada numa caixa de papelão para ser transportada.
“Como estamos em período de pandemia, consultamos o biólogo Aldemir Silva que é especialista em cobras. Enviamos fotos e vídeo pra confirmar a espécie, saúde aparente e a possibilidade de soltura no bioma do Parque da Cidade”, contou o GM A. Pereira.
A serpente foi diagnosticada em bom estado de saúde e foi conduzida pelos guardas municipais ao Parque da Cidade do Natal para soltura. “Iniciamos o procedimento de soltura sem estresse para o animal, sem bater na caixa, tom de voz firme e tranquilo, sem gritos, movimentos lentos e eficientes, escolhendo o melhor local para a reintegração no meio selvagem”, explicou o guarda municipal.
Os agentes contaram que a serpente da espécie Philodryas Nattereri não oferece risco ao ser humano, já que não é uma cobra peçonhenta, porém tem uma mobilidade muito avançada se deslocando com rapidez. Caso o cidadão encontre uma dessas fora do seu habitat, procure não agredir o animal e acionar os órgãos ambientais via 190 para fazer o resgate.
Em publicação no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (13/5), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, assinou uma portaria que prorroga por mais 30 dias a suspensão das aulas presenciais nas instituições de ensino superior. A medida vale até 14 de junho.
A decisão passa a valer a partir desta sexta-feira (15/5) e inclui universidades federais, institutos federais, Colégio Pedro II, Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), Instituto Benjamin Constant (IBC) e universidades e faculdades privadas.
Segundo o MEC, as instituições que quiserem substituir as aulas presenciais por virtuais precisam entrar em contato com a pasta. A portaria veda a medida aos cursos de Medicina e às práticas profissionais de estágios e de laboratório dos demais cursos.
Este é o segundo adiamento da volta às aulas presenciais desde o início da determinação de isolamento social por causa da pandemia do novo coronavírus no Brasil.
A primeira vez que o MEC decretou suspensão das aulas foi em 18 de março. A medida valia por 30 dias. No dia 15 de abril, o ministério publicou uma nova portaria, prorrogando o prazo mais uma vez, após o agravamento do número de casos e óbitos por covid-19 no país.
Nesta terça-feira (12) a empresa Zaja confecções fez a doação de 1310 máscaras para a secretaria municipal de assistência social. A secretaria irá distribuir as máscaras para os usuários dos serviços CRAS, CREAS, Conselho Tutelar, além dos próprios funcionários do órgão. O empresário da Zaja, Zeca Araújo assumiu o compromisso de fazer doações semanais no período de pandemia. A prefeitura municipal e a SEMTHAS agradecem a doação e o compromisso com toda a população.
*ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE CERRO CORÁ/RN
O juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública de Natal, Luiz Alberto Dantas, notificou o Estado do Rio Grande do Norte e o Município de Natal para se pronunciarem em 48h sobre o pedido de lockdown impetrado pelo Sindicato dos Trabalhadores de Saúde (Sindsaude-RN). A ação impetrada hoje pede a Justiça que seja decretado lockdown na capital e no Estado por pelo menos 15 dias em virtude do avanço do coronavírus.
Um modelo matemático desenvolvido por pesquisadores do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ) e da Universidade de Bordeaux (França) aponta que os casos confirmados de covid-19 no país são cerca de 35% dos indivíduos que tiveram infecções sintomáticas pelo coronavírus. O percentual representa uma melhora em relação a meados de abril, quando a testagem alcançava apenas 15% dos casos sintomáticos.
O Brasil passou de 180 mil casos confirmados, segundo balanço do Ministério da Saúde, que reúne os dados das secretarias estaduais de saúde. Com dimensões continentais e estados em diferentes estágios da pandemia, a situação nacional é uma média da que se desenrola regionalmente, explica o professor titular da Coppe/UFRJ e consultor técnico da Marinha do Brasil Renato Cotta. “O Brasil é um continente, como a Europa, e tem situações muito distintas em cada região”, afirma. São Paulo e Rio de Janeiro já estão atravessando o pico dos casos reportados, estima Cotta, e outros estados, como a Paraíba, ainda vão passar por ele.
Fase aguda + testes
professor assina o estudo com a pesquisadora brasileira Carolina Naveira-Cotta, também da Coppe/UFRJ, e com o epidemiologista francês Pierre Magal, especialista na simulação de pandemias. Renato Cotta conta que a subida mais acentuada da curva de casos confirmados no mês de maio é resultado da combinação da fase mais aguda da epidemia com o aumento da realização de testes, que, ao elevarem o número oficial de casos reportados, ajudam a retirar indivíduos infectados da cadeia de contágio.
“A testagem é importante porque você tira de circulação alguém que pode infectar mais indivíduos suscetíveis. Se você testa e isola, é um indivíduo infectado a menos na cadeia de contágio”, disse ele, que, apesar disso, reconhece: “mesmo que se teste muito, é sempre uma fração, e não estamos testando os infectados assintomáticos da rede de contatos dos indivíduos positivados”.
Isolamento social
Além do aumento do número de testes, um relaxamento progressivo do isolamento social aproximadamente a partir da Semana Santa, na segunda semana de abril, foi percebido no modelo matemático, que precisou ser reajustado no final de abril. Apesar de não ter havido medidas oficiais nesse sentido na época, o pesquisador conta que dados como o Google Mobility Report, que verifica o movimento de celulares nas ruas, mostram o aumento gradual da circulação de pessoas.
“Nas últimas semanas houve uma redução não planejada da quarentena em termos médios no país, e os dados retrataram isso. O modelo então foi adequado e, a partir do final de abril e início de maio, já se percebe nos resultados simulados que o modelo responde adequadamente ao aumento da mobilidade e o aumento da testagem”.
Número de casos
Os resultados recentes aproximaram a curva brasileira de um dos cinco cenários publicados pelos pesquisadores em artigo no site MedXriv. Uma versão atualizada da pesquisa também deve sair ainda este mês na revista científica Biology. O cenário avaliado por Cotta como o mais próximo da realidade considera um isolamento social não tão severo e uma testagem mais ampla. Se mantidas as mesmas condições ao longo de toda a evolução, a projeção aponta que o número de casos confirmados pode chegar a um valor estabilizado de cerca de 275 mil casos no dia 150 da epidemia, na segunda quinzena de julho, considerando 24 de fevereiro como o dia um.
Tais projeções, explica Cotta, estão sujeitas aos impactos de novas medidas adotadas pelas três esferas de governo e ao comportamento da população. “O que posso lhe dizer é que a dosagem da redução de isolamento e da testagem e a data/época da sua aplicação são cruciais para o planejamento do retorno às atividades em geral”. Ele exemplifica que o relaxamento da quarentena em 50% após 1º de junho pode gerar, logo em seguida, um segundo pico de casos reportados ainda maior do que o vivido neste mês de maio, trajetória que provavelmente seria interrompida por novas restrições à circulação, que viriam em resposta a esse possível cenário, acredita o professor da Coppe.
Já um relaxamento da quarentena em 30% com aumento da testagem reduziria esse segundo pico a um patamar menos acentuado que o pico de maio, situação que poderia ser atendida com a estrutura já mobilizada para tratar pacientes da pandemia. “O importante é realizar essas análises regionalmente, para melhor retratar o comportamento da epidemia nas regiões específicas, e simular diferentes datas e percentuais para a redução da quarentena, o que pode auxiliar os gestores municipais e estaduais na tomada de decisões”.
OMS
A testagem vem sendo considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como fundamental para a retomada segura das atividades econômicas mundo afora. Em entrevista coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira, o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom, descreveu que muitos países iniciaram o relaxamento das medidas restritivas na última semana.
A OMS considera que é preciso responder a três perguntas antes de decidir se o isolamento social deve ser relaxado: a epidemia está sob controle? O sistema de saúde está pronto para lidar com uma nova alta de casos após o relaxamento? O sistema público de vigilância em saúde está preparado para detectar e monitorar os casos e seus contatos e identificar um ressurgimento dos casos?
“Essas três questões podem ajudar a determinar se um lockdown pode ser vagarosamente relaxado ou não”, disse Tedros Adhanom, que afirmou que, mesmo com três respostas positivas, a tarefa de reabrir a economia é complexa.
O professor da Coppe relembra o exemplo sul-coreano, em que o sistema de vigilância realizou testes em massa já desde o início da epidemia, o que permitiu que até casos assintomáticos fossem identificados a partir da testagem de quem teve contato com casos sintomáticos. Com isso, a Coreia do Sul, país de mais de 50 milhões de habitantes, conseguiu frear a epidemia em 10 mil casos e cerca de 150 óbitos.
“A volta tem que ser vigiada, sempre vigiada. Enquanto a gente não tiver a vacina, essa é a forma de lidar com a epidemia”, pontuou o professor.
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), anunciou no começo da tarde desta quarta-feira (13), em entrevista à TV Clube, novas medidas, mais rígidas, de combate ao coronavírus.
Entre elas, a ‘lei seca’ a partir desta sexta-feira (15), às 0h, proibindo a venda de bebidas alcoólicas em todo o estado. A comercialização fica restrita até o domingo (17).
Além da ‘lei seca’, Wellington Dias citou outras medidas mais rígidas que começam a valer a partir de sexta-feira, dia 15 de maio, e valem até o domingo, dia 17. São elas:
Suspensão do transporte intermunicipal
Novos horários de funcionamento para postos de combustível (ainda não anunciado)
Serviços de borracharias com regras de higiene e funcionamento
Bancos e lotéricas fechados
Obras de construção civil, exceto emergenciais, paradas
Barreiras nas divisas com regra de quarentena. Quem vier de outro estado ao Piauí, terá que ficar em isolamento, acompanhando por órgãos de saúde, e fazer testes de Covid-19.
Wellington explicou que o Piauí não terá, “nesse instante”, o lockdown, o bloqueio total de circulação de pessoas, uma medida mais rígida que o isolamento social. “Queremos uma oportunidade para uma alternativa intermediária, antes de uma medida como essa, do para tudo. Estamos dialogando com os prefeitos”, explicou Dias.
As novas medidas anunciadas nesta quarta, segundo o governador, devem frear o crescimento de Covid-19 no estado. São mais de 1.600 casos confirmados, com uma estimativa de 17 mil infectados, segundo uma pesquisa por amostragem, e 57 mortes.
“O objetivo é que estamos um crescimento do coronavírus, tivemos um isolamento que caiu 10 pontos (percentuais), são 180 mil pessoas a mais transitando. Queremos reduzir, ter menos 200 mil pessoas transitando, e elevar o Piauí para mais de 50% de isolamento social”, comentou Wellington, ao detalhar as novas medidas.
“Isso para ter menos propagação do coronavírus, menos pessoas adoecendo que demandam os hospitais. Chegamos nessa semana a 47% da nossa capacidade ocupada de UTI, acendeu a luz amarela. Não queremos entrar em colapso”, continuou.
Lei seca
Wellington explicou que a venda de bebida no Piauí deve reduzir a quantidade de acidentes, que têm lotado as UTIs dos hospitais. “Bares que vendem (bebida alcoólica), pessoas que se aglomeram, que estavam transitando bêbadas, entupindo as UTIs de saúde. Nesse caso, será tratado como crime. Isso nós vamos coibir”, argumentou o governador, sobre os motivos de decretar a lei seca no período.
Transporte intermunicipal suspenso
Além disso, Wellington também anunciou a suspensão do transporte intermunicipal. O transporte intermunicipal também está proibido a partir de sexta, dia 15 de maio.
“Sexta, sábado e domingo não haverá ônibus saindo de qualquer lugar do Piauí de uma cidade para outra, vamos fazer essa interdição. Somente as ambulâncias, transportes de abastecimento de carga serão permitidos”, explicou Wellington Dias.
Serviços essenciais
Wellington afirmou que na sexta, sábado e domingo haverá uma restrição dos serviços essenciais. “Farmácias, panificadores, supermercados funcionam. Postos de gasolina nós vamos restringir os horários. Borracharias vamos fazer regramento quanto à higienização. Outros serviços param: bancos, loterias e áreas da construção civil, exceto obras emergenciais”, disse.
Há também um estudo sobre a possibilidade de rodízio em algumas cidades de acordo com a placa do veículo. Na terça, quinta e sábado, apenas placas com o final ímpar. Na segunda, quarta e sexta, apenas placas com o final par podem circular.
Decretos determinam distanciamento social
Para evitar a contaminação pelo vírus, o isolamento social e medidas emergenciais foram determinadas por meio de decretos do governo do estado e das prefeituras, como na capital piauiense, para que a população fique em casa e evite ao máximo ir às ruas.
Policiais fazem abordagens nas fronteiras do estado a ônibus e veículos particulares. Escolas, universidades e a maior parte do comércio, assim como serviços públicos, suspenderam as atividades. Os decretos preveem que quem descumprir as regras pode ser penalizado com multa ou até prisão.
Cinco pessoas contraíram a Covid-19 após a família decidir abrir o caixão durante o velório na cidade de Cairu, na Bahia. A morte foi registrada na última quinta-feira (7) e, como havia suspeita da doença, o caixão saiu lacrado da Santa Casa de Valença. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
No entanto, a família resolveu abrir o caixão durante o velório,
mesmo com recomendações contrárias da secretaria municipal de Saúde de
Cairu. O resultado do exame da vítima saiu na segunda-feira (12) e deu
positivo para o novo coronavírus.
Após a confirmação, a prefeitura
procurou as 12 pessoas que participaram do velório. Em um primeiro
momento, os familiares não quiseram aceitar o diagnóstico. Depois, foram
convencidos a também fazerem o exame. Cinco deles testaram positivo.
Em
nota enviada à Folha, a prefeitura de Cairu informou que a família da
vítima recebeu “todas as informações para realização do sepultamento
seguro, bem como das normas sanitárias indicadas pelos órgãos
responsáveis”.
A prefeitura informou ainda que está monitorando as pessoas próximas à vítima. “Enfermeiros, técnicos de saúde, psicólogos e assistente social da rede municipal de saúde estão oferecendo todo apoio à família e amigos da vítima. A Secretaria de Saúde lamenta pelo falecimento e deseja conforto aos familiares neste momento difícil”, diz a nota.
No verão de 2008, uma médium idosa que afirmou ter começado a receber premonições aos 5 anos publicou um livro que continha uma previsão ameaçadora.
“Por volta de 2020, uma doença grave do tipo pneumonia se espalhará por todo o mundo, atacando os pulmões e os brônquios e resistindo a todos os tratamentos conhecidos”, escreveu no livro. “Quase mais desconcertante do que a própria doença será o fato de que ela desaparecerá tão rapidamente quanto chegou, atacará novamente dez anos depois e depois desaparecerá completamente.”
A previsão sumiu da memória pública e a autora do livro, Sylvia Browne, morreu em 2013. Mas a pandemia de coronavírus trouxe nova atenção ao livro de Browne, “End of Days: Predictions and Prophecies About the End of the World” (“Fim dos Dias: Previsões e profecias sobre o fim do mundo”, em tradução livre). Recentemente, o livro chegou ao segundo lugar no ranking de não-ficção da Amazon e cópias físicas agora estão sendo vendidas por centenas de dólares.
Autoridades governamentais e de saúde pública divulgaram todo tipo de diretrizes para ajudar as pessoas a se protegerem contra a disseminação do Covid-19. Mas há outro contágio que os especialistas parecem incapazes de parar: a praga dos profetas avisando que o coronavírus é um sinal de que estamos no “fim dos tempos”.
As pandemias têm o poder de fazer as pessoas em pânico esvaziarem tanto suas mentes quanto as prateleiras dos supermercados. Inúmeros avisos do dia do juízo final, como a previsão de Browne, estão se espalhando on-line, misturando o medo de coronavírus com tudo, de paranoia política a um “governo de um mundo único controlado pela ONU”, de incêndios na Austrália a enxames de gafanhotos na África.
O que move esses profetas do Juízo Final
Muitos incluem leituras imprecisas do Livro do Apocalipse. Esses profetas da pandemia costumam termina suas previsões com assinaturas do tipo: “SE VOCÊ NÃO TEM UMA BÍBLIA, COMPRE UMA!”
Talvez não seja de admirar que algumas pessoas estejam estocando armas e munição.
No entanto, alguns estudiosos que ganham vida com religião e profecias dizem que é hora desses profetas e médiuns de redes sociais serem encerrados em uma quarentena imposta. Profetas do apocalipse estão prejudicando a saúde espiritual e psicológica das pessoas, segundo eles.
Eles também estão reivindicando o conhecimento que nem mesmo as figuras mais reverenciadas da religião se atreveram a assumir. Sempre que Ulrich Lehner, teólogo católico da Universidade de Notre Dame, em Indiana, nos EUA, se depara com um pregador de rede social avisando que a COVID-19 significa que o fim do mundo está próximo, ele se sente tentado a tuitar de volta esta resposta: “Mateus 24:36.”
Essa é a passagem quando Jesus diz sobre o fim do mundo: “Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai.”
Lehner arremata: “O próprio Jesus disse que você não sabe a hora, mas alguns autodenominados profetas de hoje parecem conhecer mais do que os anjos ao redor do trono de Deus.” Ele acha que alguns profetas do juízo final estão sendo movidos por outro pecado: o orgulho.
“Talvez também exista um certo orgulho, uma autoconfiança inchada de que ‘eu tenho uma visão especial’, nesses caras que criam pânico em massa”, diz Lehner, autor de “God is Not Nice: Rejecting Pop Culture Theology and Discovering the God Worth Living For” (“Deus não é legal: Rejeitando a teologia da cultura pop e descobrindo o Deus pelo qual vale a pena viver”, em tradução livre). “Se isso não é diabólico, eu não sei o que é”, afirma.
Mas uma pessoa que ligou o COVID-19 às escrituras bíblicas diz que não estava tentando espalhar o medo. Elisha Jone, diretor de jovens de uma igreja no sudeste do Texas, tuitou a captura de tela de um post no Facebook que citava Crônicas 2, 7:13-15, trecho da Bíblia em que Deus diz a Salomão: “Se eu fechar o céu para que não chova ou mandar os gafanhotos devorarem o país ou sobre o meu povo enviar uma praga, curarei a terra se as pessoas se desviarem de seus maus caminhos.”
Alguém escreveu uma legenda acima da passagem bíblica que dizia: “Incêndios na Austrália – a chuva foi contida. África – praga de gafanhotos. Pandemia mundial – COVID-19.”
Jones disse à CNN que estava tentando avisar as pessoas de que “Jesus disse que essas coisas aconteceriam” e que a Terra está passando por “dores do parto antes da segunda vinda de Jesus”.
“Eu acredito totalmente que isso poderia ser um sinal direto de algo que Deus disse que aconteceria, ou até mesmo um aviso do que está por vir”, diz Jones sobre o COVID-19 e outros eventos mundiais.
A longa história de previsões ruins do dia do juízo final
Qualquer que seja o motivo, as previsões do dia do juízo final não têm um bom histórico.
Vocês se lembram do bug do milênio, ou Y2K? Que tal o recente “Apocalipse Maia”?
Algumas pessoas apontaram o fim do calendário Maia, em 21 de dezembro de 2012, para concluir que também significava o fim do mundo. Eles avisaram sobre ondas gigantes e que a Terra colidiria com outro planeta. As vendas de kits de sobrevivência dispararam e houve relatos de que um homem na China construiu a arca de Noé moderna .
Mas tais previsões ruins não são um fenômeno moderno.
Historiadores dizem que muitos cristãos na Europa do século 17 previram que o mundo terminaria em 1666 porque os números “666” representavam a marca da besta mencionada no livro do Apocalipse da Bíblia. Quando o Grande Incêndio de Londres, que durou quatro dias, começou naquele ano, muitos o viram como um cumprimento da profecia.
Browne, autora e médium, foi constantemente criticada pela imprecisão de suas profecias quando estava viva. Existem inúmeros relatos de que ela fez alegações equivocadas sobre crimes que aumentaram o sofrimento das famílias das vítimas. Ela até previu que morreria de velhice aos 88 anos – morreu aos 77 anos. Até a previsão mais famosa de Browne, sobre uma misteriosa doença respiratória em 2020, parece diferente sob uma luz crítica.
O site de verificação de fatos Snopes lembra que “reivindicar vagas impressões sobre eventos prováveis não é uma previsão”, ao examinar a profecia de Browne. O portal classificou essa previsão como não verdadeira ou falsa, mas como uma “mistura” contendo elementos significativos de verdade e falsidade. “Não está claro se a ‘previsão’ de Browne foi mais um palpite de sorte, considerando que o livro foi escrito após o surto de SARS”, disse Snopes.
Muitos repetem mitos sobre o Apocalipse
Se houvesse um prêmio para a fonte mais incompreendida de más previsões, ele iria para o Livro do Apocalipse. Nenhuma imagem ou linguagem de outro livro penetrou tanto na cultura popular quanto esse trecho da Bíblia. Mesmo as pessoas que nunca leram a Bíblia estão familiarizadas com suas referências: Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, o Dragão Vermelho, 666 e as Sete Pragas do Apocalipse.
A revelação está repleta de imagens tão contagiosas que um teólogo que estudou o Apocalipse o chama de livro “multimídia”, cujas imagens populares operam como uma doença infecciosa.
“Elas se separam do texto maior e circulam como pequenos vírus em nossa cultura, ligando-se a outras coisas, e é aí que eles realmente decolam e se espalham”, diz Timothy Beal, autor de “The Book of Revelation: A Biography” (O Livro do Apocalipse: Uma biografia”, em tradução livre).
Beal diz que muitas pessoas que citam o Apocalipse entendem errado o significado e o simbolismo. “Quase nenhuma das pessoas que falam sobre o Apocalipse realmente se sentou e leu o livro”, nota. “Muitos acreditam que o ‘Arrebatamento’, que é quando se acredita que Jesus retorna no fim dos tempos e todos os cristãos, mortos e vivos, se levantam para encontrá-lo, está em Apocalipse. Não é verdade”, diz Beal.
Não há menção explícita do Arrebatamento no Apocalipse. Há referências ao conceito nas escrituras como Coríntios 1, 15:52, que diz: “… Porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados imperecíveis, e nós seremos mudados”. Mas Beal diz que a teoria do Arrebatamento teve início na obra do século 19 de um teólogo chamado John Nelson Darby.
E o anticristo? Isso não está no Apocalipse?
Não, garante Beal.
O escritor do primeiro livro de João no Novo Testamento adverte sobre os “anticristos” genéricos que negam que Jesus é o Messias. Mas não há figura como o personagem central do filme “A Profecia”, um filho astuto de Satanás com o número 666 estampado em seu corpo.
Então, o que dizer de 666 – não está no Apocalipse?
Sim, mas não se refere a Satanás. Em vez disso, os teólogos dizem que o número faz referência a outra encarnação do mal para os primeiros cristãos: Nero, o imperador romano.
Jones, o diretor de jovens da igreja do Texas, citou Apocalipse 15: 1-3, que adverte sobre “sete anjos com sete pragas”.
“Não acho que publicar coisas dessa natureza seja espalhar o medo”, afirma Jones. “Minha crença é que Deus está chegando em breve e haverá coisas que foram escritas que acontecerão, coisas que podem parecer um pouco assustadoras, mas acho que reafirmam o que Deus disse que aconteceria”.
Por que invocar cenários do dia do juízo final pode ser prejudicial
Invocar passagens bíblicas do “fim dos tempos” pode realmente reforçar a fé de algumas pessoas, dando sentido a eventos que parecem cruéis e arbitrários. Mas as pessoas que evocam as imagens terríveis do Apocalipse em conexão com o COVID-19 podem fazer mais do que errar as escrituras. Eles podem prejudicar a saúde psicológica de outras pessoas, diz Beal.
“Uma aluna minha estava lendo o Apocalipse sentada à beira-mar, adormeceu e acordou no meio de uma tempestade. Ela teve um ataque de pânico absoluto porque se sentia como se estivesse na Bíblia”, diz Beal, professor de religião da Case Western Reserve University, em Ohio.
Beal lembra que as previsões do juízo final da Bíblia também podem levar a outro perigo: não fazer nada. Ele acredita que as pessoas que são invadidas pelo pânico por algo como o Covid-19 podem ignorar outros problemas crônicos que ameaçam a sobrevivência da humanidade, como as mudanças climáticas.
“Isso pode levar a um chamado à inação”, afirma Beal sobre más interpretações do Apocalipse. “Ou seja, as pessoas dizem que tudo isso está acontecendo por causa do plano de Deus e vai piorar antes que melhore, então não há nada que possamos fazer sobre isso porque é a vontade de Deus”.
No entanto, isso provavelmente não impedirá as pessoas de invocar o Apocalipse quando ocorrer uma pandemia. Durante séculos, o Apocalipse tem sido o livro preferido dos profetas do fim do mundo, alertando sobre a propagação de “pragas do fim dos tempos” e padrões climáticos bizarros.
Um estudioso questionou se o Livro do Apocalipse previu o coronavírus em uma coluna recente do Christian Post, concluindo: “o tremor final será muito mais intenso do que isso”.
Muitos estudiosos da Bíblia, no entanto, dizem que o Livro de Apocalipse não trata especificamente do fim do mundo. Antes, era sobre o fim do mundo de seu autor, um judeu devoto e seguidor de Jesus, que lutava para entender como o império romano invadiu Jerusalém em 70 d.C. e incendiou seu grande templo depois de anular uma revolta judaica.
A destruição do templo de Jerusalém era incompreensível para alguns seguidores de Jesus dos primeiros tempos. Eles esperavam que Jesus voltasse “com poder” e conquistasse Roma antes de inaugurar a nova era. Mas Roma havia conquistado a terra natal de Jesus.
De acordo com Lehner, o teólogo da Universidade de Notre Dame, o Livro de Apocalipse buscava lembrar aos cristãos primitivos que Deus e a justiça acabariam por prevalecer.
“O Livro do Apocalipse não é um livro sobre previsões, mas de consolação”, explica Lehner.
Consolação é o que as pessoas devem espalhar nas mídias sociais agora – não as previsões do dia do juízo final, diz ele. Lehner diz que nos últimos dias ele viu lindas orações e até mensagens engraçadas nas redes sociais que elevaram seu espírito. Ele pede às pessoas que consolem aqueles que podem estar isolados.
Fazer isso pode não ser tão emocionante quanto compartilhar previsões de destruição. Mas antes que você decida entrar em contato com seu Nostradamus interior, compartilhe uma palavra gentil em vez de uma previsão do dia do juízo final.
Você se sentirá melhor no final – e muitos de nós também precisaremos de toda a ajuda possível nos dias difíceis que virão.
Foto: Reprodução: Universidade de Tecnologia de Eindhoven
Durante os exercícios físicos, uma pessoa com a respiração ofegante consegue expelir partículas de saliva em até 10 metros, aumentando as chances de contágio pelo novo coronavírus. É o que dizem Jamal Suleiman e Jean Gorinchteyn, infectologistas do Hospital Emílio Ribas. Segundo os especialistas, não há garantias de proteção para quem optar por malhar nas academias, agora inseridas na lista de serviços essenciais.
“A doença tem transmissão por contato com gotículas de saliva e os chamados aerossóis, que são partículas mais leves que ficam suspensas no ar”, explica Suleiman. “Em movimento, uma pessoa consegue empurrar essas partículas em uma distância muito superior a dois metros, distanciamento mínimo para evitar a propagação do vírus.”
Os infectologistas se baseiam no estudo aerodinâmico publicado pela Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, e a Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda.
De acordo com as pesquisas, as distâncias mínimas para se manter em movimento são:
– Entre 4 a 5 metros da pessoa que está à frente durante caminhada.
– Pelo menos 10 metros de distância de quem está à sua frente durante uma corrida.
Ainda segundo o estudo, as mesmas partículas podem atingir até 20 metros durante pedaladas, impulsionada pela velocidade da bicicleta.
Riscos do ar-condicionado
Em ambientes fechados e de intensa atividade, os estabelecimentos costumam contar com a instalação do ar-condicionado. No entanto, de acordo com Suleiman, isso também não garante que o ar no ambiente seja renovado.
“A circulação de ar pelo ar-condicionado não funciona da mesma maneira que em ambientes hospitalares, onde o ar é purificado pelo filtro Hepa.”
Hepa é sigla em inglês para High Efficiency Particulate Air, dispositivo que utiliza separação de partículas para interceptar microorganismos no ar.
No final da manhã desta quarta-feira foi atualizado o boletim epidemiológico do vizinho município de Tenente Laurentino Cruz, no boletim desta quarta-feira o município passa a ter um caso confirmado.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO:
O município apresenta os números expressos no material visual. NOTIFICADOS 11; SUSPEITOS 02; DESCARTADOS 07; CONFIRMADOS 01; ÓBITOS 0.
Os casos notificados estão sendo observados no cumprimento da quarentena. Os suspeitos estão sendo acompanhados pela equipe de profissionais e o 1° caso confirmado está sendo tomada todas as providências.
Em novo boletim divulgado por volta do meio dia desta quarta feira, o numero de notificados suspeitos teve um aumento de mas duas pessoas passando a ser 16 o numero de suspeitos.
BOLETIM ATUALIZADO
A prefeitura de Santana do Matos notifica mais 2 (dois) novos casos suspeitos de COVID-19 A prefeitura Municipal de Santana do Matos, através da Secretaria Municipal de Saúde, notifica mais dois novos casos suspeitos de coronavírus. Os pacientes deram entrada no Hospital Dr. Clóvis Avelino, foram medicados e orientados a permanecer em isolamento domiciliar por apresentar sintomas leves.
A Secretaria de Estado e Saúde Pública(Sesap), confirmou, em coletiva no fim da manhã desta quarta-feira(13), que a taxa de isolamento social no Rio Grande do Norte é de apenas 43%. Os dados são de levamento realizado nessa terça-feira(12).
“Luta árdua. De fato, vai de alguma forma definir nosso futuro. Se o isolamento não voltar a 60%, correremos risco de não dar conta de pessoas que vão precisar de respiradores”, alertou o médico Petrônio Spninelli, secretário adjunto da Sesap.
No boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira, o Estado registra 332 novos casos de coronavírus, no total de 2.365, quase 8 mil suspeitos, 6.280 descartados e 101 mortes; nas últimas 24 horas, com oito confirmações de óbitos.
No dia 13 de Maio de 1974 um ônibus desgovernado atropelou dezenas de fiéis que participavam da tradicional procissão em honra a Nossa Senhora de Fátima na Avenida do Bairro Paizinho Maria em Currais Novos. No acidente faleceram 25 pessoas e dezenas ficaram feridas.
O pároco de Sant’Ana, o saudoso Monsenhor Ausônio Araújo só não faleceu naquele acidente por que foi puxado pela batina por um fiel católico. Entre os mortos, o Dr. Antônio Othon Filho, o Dr. Nithon, que foi vereador e Intendente de Currais Novos.
Um possível adiamento das eleições municipais de outubro de 2020 é aprovado por 62,5% da população do Brasil, indica pesquisa CNT/MDA divulgada hoje. Já 30,4% dos entrevistados se mostraram contrários à mudança, sendo que 7,1% não sabem ou não responderam.
Segundo a MDA, contratada pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) para a pesquisa, foram feitas 2.002 entrevistas por telefone, entre 7 e 10 de maio, com pessoas de 494 municípios, de 25 Unidades da Federação. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
O 1º turno das eleições municipais está marcado para o dia 4 de outubro deste ano, mas o próximo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, admite que existe a possibilidade de mudança por causa da pandemia do novo coronavírus. Para ele, a decisão deve ser pautada por parâmetros sanitários, e não políticos.
“Por minha vontade, nada seria modificado porque as eleições são um rito vital para a democracia. Portanto, o ideal seria nós podermos realizar as eleições. Porém, há um risco real, e, a esta altura, indisfarçável, de que se possa vir a ter que adiá-las”, adiantou Barroso que assumirá a presidência da Corte eleitoral, atualmente comandada por Rosa Weber, no final deste mês.
A pesquisa CNT/MDA divulgada hoje também analisou o desempenho do governo Bolsonaro, o qual é considerado negativo por 43,4% dos entrevistados.
O levantamento mostra os índices de popularidade do governo e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e traz a avaliação dos brasileiros sobre a atuação dos governos federal e estaduais no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.
Emenda à Constituição
Como a data da eleição —primeiro final de semana de outubro— está prevista na Constituição Federal, qualquer alteração nesse sentido terá que ser feita pelo Congresso Nacional. Barroso pretende ter uma definição sobre o assunto até junho, quando precisam ser feitos os testes nas urnas eletrônicas.
Caso isso não seja possível, o ministro pretende se reunir com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para que uma emenda constitucional estabeleça um novo calendário.
Em meio ao caos na saúde mundial, provocado pelo coronavírus, os profissionais de saúde que estão atuando na linha de frente começam a precisar de ajuda e cuidados para uma dor impossível de enxergar, mas que ataca mente e alma por não terem condições de salvar todas as vidas que chegam diariamente às unidades de saúde.
Por isso, em parceria com a Associação Brasileira de Psiquiatria, o Ministério da Saúde está realizando pesquisas para avaliar a “Influência da Covid-19 na Saúde Mental”, desses profissionais. Uma dessas pesquisas está avaliando os 377 profissionais que estão em Manaus, o estado com situação mais crítica do país. Segundo a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, um resultado preliminar demonstra que parte desses profissionais já estão apresentando algum tipo de transtorno mental.
Em meio ao caos na saúde mundial, provocado pelo coronavírus, os profissionais de saúde que estão atuando na linha de frente começam a precisar de ajuda e cuidados para uma dor impossível de enxergar, mas que ataca mente e alma por não terem condições de salvar todas as vidas que chegam diariamente às unidades de saúde.
Por isso, em parceria com a Associação Brasileira de Psiquiatria, o Ministério da Saúde está realizando pesquisas para avaliar a “Influência da Covid-19 na Saúde Mental”, desses profissionais. Uma dessas pesquisas está avaliando os 377 profissionais que estão em Manaus, o estado com situação mais crítica do país. Segundo a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, um resultado preliminar demonstra que parte desses profissionais já estão apresentando algum tipo de transtorno mental.
Paciente transferido para hospital de campanha de Natal é mandado de volta para UPA em menos de 24 horas por falta de UTI — Foto: Cedida
Um paciente de 37 anos com suspeita de coronavírus foi transferido para o Hospital de Campanha de Natal na noite de segunda (11) e “devolvido” para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Potengi, na Zona Norte de Natal, menos de 24 horas depois. A esposa dele, Joelma Lima, disse que o marido ligou durante a madrugada pedindo pra alguém levar um nebulizador pra “ele conseguir respirar”.
O Hospital de Campanha de Natal começou a funcionar nesta segunda, após uma determinação da Justiça para que a unidade abrisse “imediatamente”. Poucas horas após a decisão, a Prefeitura de Natal emitiu nota informando que o hospital tinha recebido os dois primeiros pacientes. Um deles é José Aroldo da Silva que foi devolvido à UPA na manhã desta terça.
De acordo com a esposa do paciente, Joelma Lima, a equipe do hospital de campanha afirmou apenas que não tinha alguns dos equipamentos necessários para atender o paciente, mas não informou quais seriam.
A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que a transferência do paciente de volta para a UPA ocorreu por causa do agravamento do quadro de saúde dele e que ele aguarda regulação para uma vaga de UTI no Hospital Municipal de Natal. A pasta ainda ressaltou que a unidade conta com respiradores.
O G1 questionou a pasta quais seriam os equipamentos que estariam em falta no hospital de campanha e o motivo de o paciente não ter sido transferido direto do Hospital de Campanha para o Hospital Municipal de Natal – que fica mais perto que a UPA de Potengi, porém não recebeu resposta sobre o assunto.
De acordo com Joelma Lima, o marido dela já fez o teste para o novo coronavírus, mas ainda não recebeu o resultado. O homem foi internado na última quarta-feira (6) na UPA Potengi, com dificuldade para respirar. De acordo com a esposa, ele começou a sentir os sintomas há cerca de 17 dias, mas quando procurou a unidade de saúde, os profissionais suspeitaram de dengue e mandaram ele de volta para casa. Ele só foi internado com o agravamento do quadro.
Na noite desta segunda-feira (11), junto com outro paciente, o homem foi transferido para o Hospital de Campanha montado pela Prefeitura de Natal na Via Costeira. “Cheguei em casa às 3h, mas ele mandou uma mensagem dizendo que não estava conseguindo respirar. Perguntei se ele podia esperar até hoje de manhã para eu ir lá. Mas hoje já fui avisada que ele tinha sido transferido de volta para a UPA”, afirmou Joelma.
De volta à UPA, o homem foi colocado em um balão de oxigênio, segundo a esposa. “Ele não está conseguindo respirar sem ajuda desses aparelhos. Ele está cheio de equipamentos. Nem consegue falar por telefone. A situação dele piorou”, disse a esposa, que aguarda por mais notícias do lado de fora da unidade. De acordo com ela, o homem precisa de uma UTI, mas ainda aguarda uma vaga.
Embora não tenha comorbidades, o paciente tem problemas no pulmão porque trabalhou por mais de 20 anos como pintor, sem equipamentos e proteção adequados.
No início da tarde desta terça-feira (12), ao citar a situação crítica de falta de leitos de UTIs para pacientes de coronavírus na região metropolitana de Natal, o secretário adjunto de Saúde do Estado, Petrônio Spinelli afirmou que o governo recebeu a informação de que o hospital municipal estaria com todas as suas UTIs ocupadas. “No Hospital Municipal, a informação que recebemos é que também está com 100% de ocupação”, declarou.
A secretaria municipal, no entanto falou que a ocupação dos leitos de UTI na unidade estava em 53%. De acordo com a SMS, apenas 9 leitos estão cadastrados no Ministério da Saúde e, por isso, o estado teria a informação de leitos indisponíveis, porém o município já teria solicitado o cadastramento dos novos leitos. Ainda assim, a pasta não respondeu porque, com a existência de leitos, o paciente em questão não foi transferido.
Hospital de campanha aberto por decisão da Justiça
A decisão da 1ª Vara da capital atendeu a solicitações do Ministério Público e da Defensoria Pública, que alegaram a situação de emergência e colapso da rede pública de saúde em seu pedido.
A Justiça diz que o hospital deve ser aberto com os profissionais que já dispõe e que seja a realizada a contratação temporária direta de mais gente para atuar na unidade. “Seja realizada a contratação temporária direta de profissionais capacitados a ser realizada o mais rápido possível quando então deverão ser abertos e desbloqueados todos os 100 leitos clínicos e os 20 leitos de UTI destinados a pacientes atingidos pela pandemia do novo coronavírus”, diz a juíza Patrícia Gondim.
Neste domingo (10), o município publicou no Diário Oficial um decreto autorizando a contratação direta temporária dos funcionários que trabalharão no Hospital de Campanha. A prefeitura disse que a medida foi adotada por causa do cancelamento do contrato com a empresa para terceirização de mão de obra destinada aos trabalhos no combate à Covid 19 na unidade.
Respiradores foram desenvolvidos por equipe de engenheiros do Senai — Foto: Divulgação
Pesquisadores do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis do Rio Grande do Norte (ISI-ER) desenvolveram um respirador mecânico invasivo com a intenção de que seja usado para casos graves de pacientes com o novo coronavírus no estado.
O aparelho passa atualmente por avaliação de calibração e testes (pré-clínicos e clínicos) e depois será levado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para validação e, caso aprovado, consequente produção em série.
O respirador foi desenvolvido por engenheiros e técnicos do Instituto Senai em parceria com a UFRN, responsável pela fase de testagem clínica. A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) também participa atuando na etapa de documentação do projeto para aprovação e licenciamento na Anvisa.
O aparelho começou a ser pensado em março, segundo o diretor do ISI-ER, Rodrigo Mello, com a previsão do aumento dos casos no RN. As três dificuldades impostas foram o prazo, devido à urgência para produção, a escassez de material, e a oferta de preço mais acessível.
O protótipo foi concluído em cerca de 45 dias. O prazo para fabricação em alta escala depende, agora, da validação da Anvisa. “Estamos trabalhando hoje na calibração dos equipamentos, na fase de testagem clínicas feitas por especialistas e pesquisadores da área médica e também na elaboração do dossiê que será submetido à Anvisa para liberação do produto e da fabricação”, explicou Mello.
Para driblar a falta de componentes e peças da indústria da medicina, o projeto tem usado tecnologias da indústria de óleo e gás. “Essa era uma condição, que pudéssemos desenvolver com peças que temos conhecimento e encontrássemos no mercado”, disse o diretor.
Além disso, a montagem do equipamento é rápida, o que pode dar celeridade à produção. “A montagem é simples e pode ser feita por técnicos em eletromecânica ou em eletrotécnica”, explicou o coordenador de Pesquisa do IS-ER, o engenheiro mecânico Antônio Medeiros,
Como está sendo feito para atender a demanda dos hospitais e sem fins comerciais, o custo para aquisição é estimado, segundo o diretor do ISI-ER, entre R$ 10 mil a R$ 15 mil a unidade, segundo o Senai. No mercado, os aparelhos de ventilação mecânica vão de R$ 52 mil a até R$ 400 mil.
Procura
Segundo o diretor do ISI, grandes empresas do setor de automação do país entraram em contato interessados em reproduzir o modelo. “Quando tivermos a licença da Anvisa, há empresas que já solicitaram a liberação do projeto e estão aguardando a nossa patente para desenvolver o nosso protótipo”, explicou Mello.
O ISI-ER também vai pleitear com a Anvisa a liberação para fabricação do equipamento em suas instalações. O instituto tem capacidade para confeccionar 1 mil equipamentos.
Respirador mecânico invasivo com modo de operação controlada por pressão desenvolvido pelo SENAI-RN — Foto: Divulgação
O respirador mecânico invasivo, que tem a operação controlada por pressão, monitora o volume de ar inspirado pelo paciente. Ele é para casos mais graves do coronavírus, em que se necessita a entubação.
O equipamento desenvolvido no RN trabalha com pressão máxima de 60 centímetros de água e com controle de PEEP, possui tela “touch” com um quadro de comando que atendem aos requisitos exigidos para responder as necessidades do paciente e da equipe de profissionais, além de dispor de banco de dados, sistema de volume, alarme e ser de fácil higienização e manutenção.
O ferro de passar roupa inativa o Sars-CoV-2 de roupas e superfícies de tecido?
Leonardo Weissmann, médico do Hospital Emílio Ribas e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, afirma que o ferro de passar roupa atinge temperaturas acima de 100°C, sendo eficaz na inativação do Sars-CoV-2.
No entanto é necessário, mesmo usando o ferro, lavar a roupa antes, uma vez que o vírus pode se alojar em costuras e dobras, às quais o acesso é difícil, completa o infectologista.
No entanto, alguns tecidos sintéticos, como o poliéster, não suportam temperaturas elevadas e nesse caso as indicações da etiqueta de lavagem devem ser seguidas.
Estudo publicado no periódico científico The Lancet Microbe avaliou a estabilidade do vírus em diferentes superfícies e condições e verificou que, quando submetido a temperaturas acima de 70˚C, o vírus é inativado em cinco minutos.
Em temperatura ambiente (22°C) e com umidade do ar de 65%, os pesquisadores observaram que o vírus permanece estável em tecidos por até um dia. Dessa forma, o ferro de passar é uma boa ferramenta para eliminar o vírus dessas superfícies.
A prefeita de Cerro Corá, Maria das Graças Oliveira (PSD), acaba de confirmar em entrevista ao radialista Maninho Oliveira, na tarde desta terça-feira (12), que o Executivo cancelou a realização do 18º Festival de Inverno, em razão da pandemia do novo coronavirus. É a primeira vez que a prefeita fala sobre o assunto: “Nós sabemos que não tem condição nenhuma de realizarmos o Festival de Inverno, uma festa que atrai turistas do Estado e fora do Estado, mas infelizmente não temos condições de realizar,”.
Graça Oliveira lembrou, na rádio Libertadora (87,9 FM) que a cada ano o Festival de Inverno “vem crescendo mais”, no entanto, este ano devido a pandemia do Covid-19, “isto não será possível”. Ela disse que a sua preocupação agora “é cuidar da saúde do nosso povo”.
Ela também aproveitou a ocasião para criticar aqueles que estão aproveitando esse momento de crise pra fazerem “politicagem” no município. “Politica se faz na hora certa, vamos cuidar do povo, que quer zelo e cuidado, quer medidas, e é isso que estamos fazendo”.
Por fim, a prefeita Graça Oliveira citou até o cancelamento de um evento esportivo internacional, as Olimpiadas de Tóquio, que foram adiadas. “Não temos condições de realizar nenhuma festa esta ano”, reforçou.
O grupo de supermercados Big, ex-Walmart Brasil, está com 935 vagas de emprego abertas em todo o Brasil. No Rio Grande do Norte, há 24 oportunidades nas cidades de Natal, Mossoró e Acari.
Na linha de frente do combate, 475 profissionais de Saúde testaram positivo para o novo coronavírus, confirmando que têm ou tiveram Covid-19 no Rio Grande do Norte, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap). O número representa 23% dos casos no RN, que já contabiliza 1989 infectados.
Técnicos ou auxiliares em Enfermagem, enfermeiros e médicos são as três categorias com maior número de confirmações dentro do grupo. Foram 161 técnicos ou auxiliares em Enfermagem, aproximadamente, 33,6% do total de profissionais de Saúde, que testaram positivo para o Covid.
70 médicos também tiveram a confirmação da doença, o que corresponde a cerca de 12,6% do total dos profissionais de Saúde. Já o número de enfermeiros somou 49 ou 10,3% dos profissionais de Saúde que tiveram confirmação da doença.