sorteia neste sábado um prêmio de R$ 62 milhões, o maior desde que a
Mega-Sena da Virada premiou quatro bilhetes com R$ 224 milhões em 31 de
dezembro do ano passado. Os altos valores envolvidos nos sorteios podem
resolver vários problemas dos premiados, mas esses milhões também
costumam motivar desavenças e disputas, inclusive pelo dinheiro
proveniente do bilhete vencedor.
apostadores e seus amigos e parentes já questionaram um total de R$ 166
milhões em prêmios, de acordo com levantamento, com base nos registros
do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e no noticiário. O mais famoso
deles diz respeito ao prêmio de R$ 52 milhões sorteado em junho de 2005 e
celebrizado pela “viúva da Mega-Sena”.
agricultor Renné Senna foi assassinado com quatro tiros na cabeça, no
dia 7 de janeiro de 2007, em um bar no município de Rio Bonito (RJ). Sua
viúva, a cabeleireira Adriana Ferreira Almeida, seria denunciada três
meses depois, no dia 28 de março, acusada de ter oferecido recompensa
aos cinco acusados de planejar e executar a morte.
briga com os irmãos de Renné pela herança, que ultrapassou os R$ 100
milhões — a quantia do prêmio de R$ 52 milhões rendeu enquanto ficou
bloqueada, à espera de decisão judicial. Em outro caso de família, dois
irmãos de Ribeirão Preto (SP) disputam R$ 7,8 milhões de um sorteio
realizado em setembro do ano passado.
de São Paulo determinou que a Caixa Econômica Federal informasse quais
foram os dois jogos ganhadores daquele sorteio (um em Guarulhos e outro
em Ribeirão), já que um dos supostos vencedores registrou na polícia o
roubo de seu bilhete. Segundo José Agostinho dos Santos, de 40 anos, seu
irmão Rogério, de 37 anos, teria sumido com papel que lhe asseguraria o
prêmio.
e o irmão caçula de um ganhador de R$ 26 milhões da Mega foram
apontados como os principais suspeitos de contratar pessoas para
matá-lo. O crime ocorreu Campo Grande (MS), mas não chegou a tirar a
vida do homem de 40 anos. Depois de ganhar o prêmio, o apostador, que
não tinha conta, colocou o dinheiro no banco em que o pai era cliente,
dando início à confusão. Como consequência, os dois iniciaram uma briga
judicial para ver de quem é o dinheiro.
existência de 71 processos alusivos a loterias desde 1991, desde casos
que envolvem raspadinhas e ‘jogo do bicho’ até a disputa por R$ 53
milhões de um grupo de apostadores de Novo Hamburgo (RS) que dizem ter
acertado as seis dezenas do concurso 1.155 da Mega-Sena, sorteado em
fevereiro de 2010. O problema deste caso é que o bilhete premiado,
resultado de um bolão composto por 25 apostadores, não foi registrado,
levando o caso a parar na Justiça.
patrão e um empregado disputaram o prêmio de R$ 27,8 milhões, metade do
concurso 898 da Mega-Sena (de R$ 55,6 milhões), sorteado em 2007. O
caso ocorreu em Joaçaba (SC), em setembro daquele ano, quando o
empresário Altamir José da Igreja e seu então empregado, o marceneiro
Flávio Biassi Junior, fizeram um bolão.
prêmio, caso acertassem, mas, depois que os R$ 55,6 milhões saíram para
dois bilhetes, Igreja sacou o dinheiro e deixou a cidade. O caso foi
parar na Justiça e o valor do prêmio acabou bloqueado. Não bastasse a
tensão entre patrão e empregado, sumiu a quantia de R$ 192 mil depositada em uma das seis contas bloqueadas pelo processo judicial.
prêmio fosse dividido, mas nenhum dos dois envolvidos gostou da
decisão, e ambos optaram por seguir pleiteando o valor integral de R$ 28
milhões na Justiça. A questão demorou tanto para ser resolvida que o
valor corrigido do prêmio já ultrapassou os R$ 36 milhões.
tenham ainda mais sorte e não precisem passar por tantos problemas para
conseguir receber o prêmio.