Quem foi ao Rock in Rio de 1985
com certeza passaram pelo momento de esperar a música da banda favorita tocar
na rádio para gravar em uma fita cassete e aprender a letra. Na semana de
abertura da edição de 2013 do evento, a mídia que fez parte da juventude de
tantas pessoas completa 50 anos. Dentro destas cinco décadas, as maneiras de
armazenar e ouvir canções mudou muito.
As fitas cassete (ou K7) surgiram
em 1963 como uma maneira de tornar a reprodução de música portátil. A
tecnologia em um corpo plástico desenvolvida pela Philips virou uma alternativa
aos enormes discos de vinil. Ela permitia, em média, 30 minutos de música de
cada lado, mas a qualidade do som armazenado não era dos melhores e, caso o
usuário quisesse ouvir novamente, deveria rebobiná-la.
O mecanismo, no entanto,
facilitou o processo de gravar músicas de rádios, mas também permitiu que
bandas de garagem pudessem gravar canções próprias. A tecnologia tornou-se
popular nos Estados Unidos apenas na década de 80, com a criação do Walkman, e
virou febre no Brasil nos anos 90.
Ainda na década de 90, no
entanto, o dispositivo que facilitou a vida dos amantes de música e que fez com
o que aparelhos de Walkman virassem sonho de consumo foi caindo em desuso, com
a chegada dos discos compactos. Inventados em 1979, os CDs permitiam armazenar
700 MB de dados, tinham qualidade de áudio muito superior, permitiam mudar as
faixas rapidamente e possuíam maior vida útil, já que as fitas magnéticas eram
facilmente corrompidas pelo calor.
Com a popularização dos
computadores e da Internet, o MP3, formato de áudio digital, ganhou força. Com
o surgimento do Napster, em 1999, a troca de arquivos e o download de músicas
virou mania entre os jovens. O processo ainda era lento, mas muito usado. Ainda
sem os MP3 players, os CD-R viraram um sucesso. Os discos gravavam, com
capacidade de, no mínimo, 650 MB, permitiam a novidade de fazer um álbum com as
faixas prediletas.
Fonte: Tec Tudo