Controladoria identifica 25% de desperdício de alimentos em restaurantes populares


Restaurantes populares estão desperdiçando alimentos, segundo Pedro Lopes

O controlador-geral do Estado, Pedro Lopes de Araújo Neto, revelou que a controladoria identificou um desperdício de 25% dos alimentos oferecidos nos restaurantes populares do Rio Grande do Norte. Segundo Lopes, a intenção é que a auditoria seja continuada para resolver o projeto e cortar os gastos inúteis.

“Fizemos diligências em dez restaurantes populares e constatamos que se tem pagado alimentos que não estão sendo usados pela população. Por baixo, a estatística é que estamos pagando pelo menos 25% a mais de alimentos que não são servidos. O que sobra vai para o lixo”, disse em entrevista concedida à jornalista Anna Karinna Castro, no programa Jornal Agora, da Rádio Agora FM.

De acordo com o controlador, a expectativa é que ao longo da gestão da governadora Fátima Bezerra (PT), a administração consiga uma economia de R$ 40 milhões após só no Restaurante Popular.

“Na primeira revisão dos contratos, reduzimos 20% até o momento, e até o final deste ano, isso vai gerar uma economia de R$ 2 milhões. Só que acreditamos que há mais potencial”.

Até o final de abril e início de maio, a Controladoria-Geral planeja implementar um sistema de controle nos Restaurante Populares. A ideia é que a fiscalização seja feita por meio de cadastro eletrônico fácil.

“Os restaurantes são financiados pelo Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop). Só que não há regulamentação. Qualquer pessoa, mesmo não sendo pobre pode ir lá se alimentar, e isso não correto, porque é um projeto totalmente financiado pela Fecop”, explicou.

Controlador também aponta descontrole no programa do leite


Controlador-geral do Estado, Pedro Lopes

Além dos Restaurantes Populares, outro programa das gestões passadas que vão passar pela fiscalização da controladoria é o “Programa do Leite”. A desorganização do projeto chamou atenção do auditor, que já está em vias de ter em mãos um relatório para descobrir se há irregularidades financeiras.

“Não há nenhum tipo de controle. Estamos pagando por um fornecimento que não existe. Estamos fazendo uma auditoria para constatar e até o final deste mês deveremos ter o primeiro relatório para começar as ações de correção. Isso também deve gerar uma economia milionária nos próximos seis meses”, concluiu Pedro Lopes.

*Agora RN

Postado em 4 de abril de 2019