Covid-19: Enfermeiro nos EUA é infectado dias depois de ser vacinado; contaminação pode ter ocorrido antes, e alerta também diz que proteção não ocorre imediatamente
FOTO: TOMS KALNINS/EFE/EPA
Um enfermeiro que trabalha nos serviços de emergência da cidade californiana de San Diego deu resultado positivo no teste para covid-19 poucos dias depois de ser vacinado contra a doença, informou a mídia dos EUA hoje.
O profissional de saúde foi identificado como Matthew W., um enfermeiro de 45 anos, que recebeu a primeira dose da vacina preparada pela Pfizer-BioNTech em 18 de dezembro.
Segundo a própria vítima confessou à emissora KGTV, afiliada da rede ABC News, o único efeito colateral que sofreu após ser vacinado com a vacina foi dor no braço.
Porém, seis dias depois, após fazer um turno na unidade de emergência de seu centro de saúde com pacientes com covid-19, ele sentiu calafrios, dores musculares e fadiga. Um teste no hospital confirmou que ele era positivo para a doença.
Segundo especialistas consultados pela emissora, esse caso não é “algo inesperado”, uma vez que os pacientes vacinados não desenvolvem uma proteção decisiva contra o coronavírus imediatamente após receberem o medicamento.
Ensaios clínicos com a vacina têm demonstrado que essa imunização, que chegaria a 95% dos vacinados, pode ser realizada dias após o recebimento de uma segunda dose do imunizante que, no caso da Pzifer, leva cerca de 21 dias para ser inoculada de novo.
Além disso, como o período de incubação do coronavírus pode ser de até 14 dias, também é possível que o enfermeiro tenha se infectado antes de receber a vacina no dia 18 de dezembro.
De acordo com especialistas, esses casos nada mais são do que um lembrete de que as vacinas não são um elixir de cura imediata; deter a pandemia levará tempo e que, nesse ínterim, devem ser seguidas as práticas sociais fundamentais de saúde de manter o distanciamento social, lavar as mãos com frequência e usar máscaras.
*R7, com EFE