Detento que Gravou Vídeo Ameaçando Diretora de Presidio Diz: “ Eu tava na lombra e a gente tava cantando no pavilhão e bebendo pra comemorar”
A Promotoria de Justiça de Nísia Floresta e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) vão instaurar inquérito para apurar as ameaças feitas por um preso da Penitenciária Estadual de Alcaçuz à diretora da unidade, Dinorá Simas, e ao juiz de Execuções Penais, Henrique Baltazar Vilar dos Santos. Na tarde de ontem, as promotoras Ana Jovina de Oliveira Ferreira e Patrícia Antunes coletaram o depoimento do detento Jacson Henrique Medeiros Santos, de 19 anos, apontado como o autor da música que, na sua letra, insulta os agentes públicos e os ameaça de morte.
Jacson: ‘Eu coloquei minha revolta no som. Mas eu não ia matar”.
Jacson: ‘Eu coloquei minha revolta no som. Mas eu não ia matar”.
O vídeo, gravado dentro do Pavilhão 1 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, circula em grupos de redes sociais desde a tarde da quarta-feira passada. Desde então, agentes penitenciários realizaram uma varredura nos arquivos da unidade prisional e, através das imagens dos presidiários, identificaram o ‘cantor’. Jacson Henrique Medeiros Santos cumpre pena por assalto e tentativa de assalto há menos de um ano em Alcaçuz.
À TRIBUNA DO NORTE, com exclusividade, ele relatou que estava sob o efeito de drogas e não sabia que estava sendo gravado.
* “Eu não fiz aquele vídeo. Filmaram sem minha permissão”, relatou enquanto aguardava ser chamado para prestar depoimento às promotoras.
* “Eu não fiz aquele vídeo. Filmaram sem minha permissão”, relatou enquanto aguardava ser chamado para prestar depoimento às promotoras.
Além do apenado, elas ouviram agentes penitenciários e a própria Dinorá Simas. Entretanto, não detalharam absolutamente nada sobre os próximos passos da investigação.
* “Não posso comentar nada. O que nós viemos fazer aqui você já sabe”, disse a coordenadora do Gaeco, Patrícia Antunes. Para as promotoras, um esquema de segurança com sete homens foi disponibilizado para o acompanhamento da oitiva na penitenciária.
* “Não posso comentar nada. O que nós viemos fazer aqui você já sabe”, disse a coordenadora do Gaeco, Patrícia Antunes. Para as promotoras, um esquema de segurança com sete homens foi disponibilizado para o acompanhamento da oitiva na penitenciária.
O número de seguranças à disposição das duas promotoras era, inclusive, maior que o de agentes penitenciários de plantão em Alcaçuz ontem – seis.
Até ontem, os responsáveis pela gravação do “rap” e da divulgação do vídeo não haviam sido identificados.
Até ontem, os responsáveis pela gravação do “rap” e da divulgação do vídeo não haviam sido identificados.
O apenado Jacson Henrique Medeiros Santos confirmou que o “rap” foi feito de improviso durante uma comemoração interna dos presos do Pavilhão 1, que comemoraram a rebelião e os atentados aos ônibus em Natal.
* “Foi depois da rebelião. Eu tava na lombra e a gente tava cantando no pavilhão e bebendo pra comemorar”, relatou o preso. Jacson Henrique disse que se inspirou na “repressão do sistema” e fez o “rap”. ‘Eu coloquei minha revolta no som. Mas eu não ia matar Dinorá nem o juiz. Já pedi desculpa a ela. Eu tive um choque quando vi o vídeo na televisão”, afirmou Jacson Henrique.
* “Foi depois da rebelião. Eu tava na lombra e a gente tava cantando no pavilhão e bebendo pra comemorar”, relatou o preso. Jacson Henrique disse que se inspirou na “repressão do sistema” e fez o “rap”. ‘Eu coloquei minha revolta no som. Mas eu não ia matar Dinorá nem o juiz. Já pedi desculpa a ela. Eu tive um choque quando vi o vídeo na televisão”, afirmou Jacson Henrique.
Tribuna do Norte
Postado em 28 de março de 2015