E agora José Agripino?
Rifou a governadora que ajudou a eleger em 2010 e a impediu de ser candidata à reeleição ao lhe negar a legenda. “Matou” a Rosa viva.
Escolhido coordenador da campanha do senador Aécio Neves a presidente da República, José Agripino também tratou de rifar o tucano. Quando este foi ultrapassado nas pesquisas pela ex-senadora Marina Silva, ainda no primeiro turno, Agripino se apressou em dizer que o tucano deveria pensar em apoiar Marina em um eventual segundo turno.
As urnas do segundo turno também reservaram outras decepções para aquele que se autointitula o grande líder democrata.
Agripino viu também o filho Felipe Maia se reeleger com bem menos votos do que há quatro anos e o DEM perdeu uma cadeira na Assembleia Legislativa.
O futuro do DEM também é incerto. O prefeito de Salvador, ACM Neto, admitiu recentemente que o partido terá de se fundir com outras legendas para sobreviver.
Sem governadora, sem Mossoró, onde o desempenho de Robinson é creditado à uma forte onda anti-agripinista, o senador e dirigente democrata vê, diminuir, a cada dia, as chances de renovar o mandato em 2018.
Somados todos os resultados e tirada a prova dos noves, José Agripino é líder contestado de um grupamento político em franca decadência.
Resta-lhe como espólio o comando do DEM, originado do PFL que um dia já foi PDS e chegou a ser chamado, no final da ditadura militar, a quem serviu com louvor e afinco, de “o maior partido do Ocidente”
Mas é um líder contestado, acostumado a rifar os companheiros nos momentos difíceis.
Para completar a sua atuação desastrosa, quando as urnas deram seu recado, Agripino disse, ao analisar o desempenho eleitoral de Aécio Neves, que o o Brasil que produz votou no tucano.
O que falta fazer o grande líder democrata?