Eduardo Campos critica atraso nas obras de transposição
Emanuel AmaralEduardo
Sobre economia, Eduardo Campos disse que há uma quebra de confiança, o que reflete no pessimismo para os próximos anos.
Em solo potiguar, o presidenciável do PSB cumpriu uma intensa agenda.
Depois da entrevista na emissora, a comitiva de Eduardo Campos seguiu para Santa Cruz, onde ele se reuniu com integrantes do PSB no Estado e participou da procissão de Santa Rita de Cássia, padroeira da cidade.
Veja os principais trechos da entrevista concedida por Eduardo Campos:
Economia
“A economia do Brasil vive um momento muito delicado, tem muita coisa que a gente já percebe e outras estão sendo escondidas. Estamos vivendo o cenário, que é o pior dos mundos, quando você vê crescimento baixo, inflação em alta, juros baixos.
Credibilidade
“O que é fundamental no processo econômico foi quebrada pelo Governo Fedederal, que é a confiança. Ela (a confiança) é como cristal, não tem cola que emende confiança. Confiança de regra, no ambiente seguro. Se você sente que as coisas estão em areia movediça, dá um passo para trás. É assim que agem as forças econômicas no mundo inteiro. A crise de confiança no Brasil afunda o presente. Na economia quando você confia que o futuro vai ser melhor, alavanca o presente com a perspectiva de futuro melhor. O futuro pior começa a deprimir o presente.
Nordeste
“Todos nós nordestinos somos responsáveis pela vitória da presidente Dilma. O Nordeste não teve a atenção desse Governo. Não concluiu obras como transposição do São Francisco. O que o atual governo fez com municípios é algo muito grave.”
Aliança com o PT
“Fomos aliados e deixamos a presidente no Palácio do Planalto. Nossa bancada tem votado nas coisas certas. O Brasil não pode esperar por isso. Era importante para o Brasil ter uma opção politica que representasse uma possibilidade de preservar os ganhos e voltar a melhorar.
“Precisamos viver um momento para o Brasil de se unir para, a partir do que eles fizeram, fazer diferente do que eles fizeram, não repetir os mesmos erros. Os que estão aí formam a mesma turma, só muda o partido que está no centro. Agora é a hora de trocar a guarda, colocar um sangue novo. Colocar gente que queira fazer pelo povo brasileiro.”
“Estamos fazendo uma caminhada, eu e Marina (Marina Silva, pré-candidata a vice-presidente) nas principais cidades brasileiras nessa fase de pré-campanha. A convenção deverá ser no final de junho. Estamos com um grupo de trabalho elaborando o programa de Governo. Começou com um primeiro documento que redigimos para aliança no dia 5 de outubro. Derivamos com vários seminários que fizemos. Lançamos documento que chama as diretrizes programáticas. Estamos visitando todos os Estados da Federação e estimular o conjunto político a ajudarem a realidade de cada Estado. Esse é o mapa do caminho.”
Propostas
“O programa de governo é o contrato que fazemos com a sociedade. As visitas (pelos Estados) têm sido muito interessantes. As pessoas ficam surpresas porque a gente pára para ouvir. As pessoas estão decididas a mudar.
Bolsa família
“Eu estava no Governo do presidente Lula, quando participamos da fusão de diversos programas para nascer o Bolsa Família. Como desfazer algo que a gente mesmo ajudou a fazer? Isso é mentira (os comentários de que ele pretende acabar com o Bolsa Família) e toda mentira tem perna curta. Eles (a equipe do PT) querem que os jovens fiquem indignados, que protestem, mas não participem e não votem.
Pesquisa
“Ainda está muito cedo para fazer a leitura crua da pequisa, pegar só os números e os nomes. A essa altura em outras eleições os resultados nem sempre batem. Na eleição passada, neste tempo, José Serra estava na frente da Dilma. Se a gente faz leitura aprofundada das pesquisas, tem duas leituras. 74% da população diz que vai votar para mudar o Governo. Se você pega só aquelas que conhecem Dilma, a mim e o Aécio, a pesquisa já me coloca em primeiro lugar. É uma questão de tempo. O Brasil quer mudar e vai escolher uma mudança.”
Fonte: Tribuna do Norte