Em sentença, Moro diz que Lava-Jato não se limita à Petrobras e STF põe em risco o trabalho
Um dia depois de o procurador Carlos Fernando Lima, da força-tarefa do Ministério Público Federal, ter dito dito que a Lava-Jato pode ser afetada pela decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, de separar o processo que investiga a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, saiu em defesa da operação. Zavascki alegou que o caso da senadora não faz parte da Lava-Jato por não ter conexão com a Petrobras e tratar de irregularidades no Ministério do Planejamento.
Ao julgar o ex-deputado André Vargas, Moro afirmou que as investigações da Lava-Jato dizem respeito à corrupção também em outros órgãos públicos, não apenas na petrolífera. Disse que o esquema criminoso na estatal e a Lava-Jato “não se confundem” e lembrou que já julgou, no âmbito da operação, até mesmo crime de tráfico internacional de drogas. No caso de Vargas, condenado a 14 anos e quatro meses, a propina foi paga em contratos da Caixa e do Ministério da Saúde.
O globo
Postado em 23 de setembro de 2015