Estressados correm mais risco de sofrer ataque cardíaco, diz pesquisa

As pessoas que se sentem
estressadas correm duas vezes mais riscos do que o resto da população de sofrer
um ataque cardíaco revelou um estudo publicado nesta quinta-feira (27). “A
conclusão é que não se devem ignorar as queixas dos pacientes sobre o impacto
do estresse na saúde” porque podem indicar um aumento do risco de doenças
cardíacas, afirmou Hermann Nabi, chefe de equipe do Instituto de Pesquisa
Médica francês (Inserm), que atuou no estudo.

A pesquisa foi realizada por
cientistas franceses, ingleses e finlandeses com um total de 7.268
trabalhadores britânicos no âmbito de um programa que estuda os fatores sociais
da saúde criado em 1985, na Grã-Bretanha, chamado Whitehall Study.

As pessoas que no começo do
estudo disseram se sentir “muito afetadas” ou “extremamente
afetadas” pelo estresse tiveram risco 2,12 vezes maior do que o restante
de morrer de parada cardíaca. 

Os participantes também foram
consultados sobre outros fatores que podem afetar a saúde, como tabagismo,
álcool, alimentação, idade ou situação socioeconômica. Os cientistas
descobriram que a associação entre o risco de ataque do coração e a percepção
do estresse se manteve mesmo com o fim de outros fatores de risco, tanto
biológicos (hipertensão ou diabetes) quanto psicológicos ou de comportamento
(tabagismo ou álcool).

A capacidade de enfrentar o
estresse é muito diferente entre as pessoas, em função de seu círculo pessoal e
familiar, lembraram os autores do estudo, publicado na semana passada na
revista médica “European Heart Journal”. Segundo um estudo feito em
2012 pela fundação europeia para a melhoria das condições de vida e de
trabalho, cerca de 20% dos funcionários europeus acredita que sua saúde é
afetada por problemas de estresse no trabalho.
 Fonte: G1 via O paralelo
Postado em 28 de junho de 2013