Estudo revela mais um efeito colateral preocupante do paracetamol
Segundo os responsáveis pela pesquisa, a descoberta preocupa pois a aptidão de reconhecer o sofrimento do outro é fundamental em diversos momentos de nossa vida, tanto pessoal, quanto profissional.
A nova pesquisa, publicada no periódico científico Social CognitiveAffective Neuroscience, partiu da análise de grupos de controle feita em três etapas.
Em seguida, todos os participantes tiveram que avaliar o nível de dor sofrido por personagens em vários cenários ficcionais. Em alguns momentos, a dor era física; em outros, emocional.
De forma geral, os voluntários que tomaram o medicamento consideraram a dor dos personagens menos intensa do que aqueles que não haviam ingerido a substância.
Um segundo experimento fez com dois outros grupos ouvissem um ruído bastante incômodo.
Em um último cenário, os participantes deveriam julgar casos em que outras pessoas passassem por algum tipo de rejeição social. Mais uma vez, aqueles que tomaram o remédio demonstraram níveis de empatia baixos.
Apesar dos resultados reveladores do laboratório, os cientistas não sabem ainda a forma exata como a droga atua em nosso organismo.
Assumindo que a empatia é a capacidade de reconhecer a situação do outro mesmo quando estamos em momentos opostos, fica claro por que, sob o efeito de um medicamento analgésico que compromete esta aptidão, a dor de outras pessoas nos pareça menor. Sem a empatia, o quanto menos a pessoa sentir dor, menos identificará a dor do outro.