A chefia de segurança da Fifa está de olho no terceiro jogo da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, contra Camarões. O monitoramento é para evitar a manipulação de resultados em uma partida que não vai alterar a situação dos africanos na competição.
– Pelos critérios, esse jogo tem um risco mais alto que as partidas de abertura e final – disse o diretor de segurança da entidade, Ralf Mutschke, durante encontro com jornalistas nesta sexta-feira.
Mutschke admitiu que a diferença de gols em uma possível vitória tranquila do Brasil pode ser, inclusive, fator a ser investigado.
Tudo porque em algumas casas de apostas há quem tente faturar acertando o placar exato do jogo.
– Se você for ao mercado de apostas e ver os handicaps, o anfitrião é o favorito. Então, não será surpresa se o Brasil vencer por três ou quatro.
Mas isso (questão da diferença de gols) acontece pelo handicap – explicou o executivo da Fifa, que assegurou a atenção a todo o torneio:
– O futebol está sendo ameaçado globalmente pela manipulação de resultados.
Ele é ameaçado pelo crime organizado, porque eles tentam se infiltrar no futebol. Portanto, é importante garantir a integridade do torneio.
Ainda sobre a seleção camaronesa, Mutschke ressaltou que o fato de os jogadores terem tido uma discórdia com a federação local sobre o valor a ser recebido pela participação no Mundial deixa o time de Eto’o e companhia mais vulnerável.
– Estamos cientes que a remuneração de jogadores é um tema importante. Os jogadores podem estar sujeitos a manipulação, se não são pagos corretamente. Jogadores não são só atores, mas vítimas também – completou, ressaltando que não recebeu nenhuma denúncia em relação aos jogos já ocorridos nesta Copa do Mundo.
No período pré-Mundial, entre 15 de maior e 11 de junho, a Fifa fez o monitoramento de 89 jogos amistosos. Segundo a entidade, em nenhum desses jogos houve manipulação.
Por LANCE