Flamengo e Fluminense se defenderam e garantiram que não tiveram qualquer participação no rebaixamento da Portuguesa após a escalação irregular do meia Héverton, na rodada final do Campeonato Brasileiro do ano passado, quando a equipe do Canindé acabou punida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e caiu para a Série B.
Eduardo Bandeira de Mello, presidente flamenguista, não só rechaçou a presença do clube em um possível esquema como colocou todos os funcionários à disposição do Ministério Público.
Inquérito civil do MP de São Paulo concluiu que o jogador foi escalado de forma premeditada em partida diante do Grêmio, no Canindé, após funcionários da Portuguesa terem recebido vantagens financeiras.
Com a irregularidade, a equipe foi punida com a perda de quatro pontos e acabou rebaixada para a Série B – na semana passada, faltando cinco rodadas para o fim do torneio, o clube caiu novamente, agora para a Série C.
Beneficiados pela queda da Lusa, Flamengo e Fluminense estão sendo apontados como possíveis clubes que poderiam ter oferecido dinheiro à Lusa, mas negam de forma veemente qualquer envolvimento neste caso.
“Se quiserem falar com qualquer pessoa do Flamengo e colher qualquer tipo de informação, estamos à disposição.
Acho que isso deve ser esclarecido até para parar com essa suspeita irresponsável sobre o Flamengo”, disse Bandeira de Mello, em entrevista à ESPN Brasil.
O dirigente lembra que o clube não poderia ser colocado como suspeito no caso, até porque também se livrou do rebaixamento dentro de campo, mas acabou punido pela escalação irregular de André Santos e por pouco não foi rebaixado.
De qualquer maneira, ele acha que os fatos precisam ser apurados. “O torcedor merece saber o que aconteceu no final do Campeonato Brasileiro.”
No Fluminense, o presidente Peter Siemsen reagiu com indignação e acha que o Ministério Público precisa continuar investigando. “Ajudaria muito a esclarecer o caso e acabaria de uma vez por todas com a situação criada em que um dos maiores prejudicados foi o Fluminense, que passou por um período gravíssimo de ataques em redes sociais e internet.
O Fluminense, na rodada anterior, se colocou numa posição em que necessitava de uma combinação de resultados. Era impossível fazer um acordo com vários clubes ao mesmo tempo”, frisou o dirigente, em entrevista à rádio CBN.
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