Fora do Mais médicos, cubanos trabalham de balconistas em farmácias de Mossoró

Com 26 anos de experiência como médica, Zuzel Ramos Rodriguez vive uma nova experiência profissional. Fora do programa Mais Médicos desde o final do ano passado, quando o governo federal encerrou a parceria com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), ela conseguiu emprego como balconista de farmácia no bairro Abolição I, em Mossoró.Ela não é um caso isolado. Sem o processo de revalidação dos diplomas, pelos menos três profissionais cubanos que atuavam na cidade e resolveram ficar no Rio Grande do Norte após a saída de Cuba do programa estão trabalhando em farmácias, ganhando um salário mínimo mensalmente.

“O processo do Revalida de 2017 só acabou agora e nós estamos esperando abrir o novo edital para revalidar nossos diplomas e poder atuar”, diz a médica, que chegou a Mossoró em 2014. Ela se casou e se estabeleceu na cidade.Apesar das dificuldades, Zuzel não reclama do novo emprego. “É uma experiência boa, porque já conheço nomes de medicamentos genéricos e tenho conhecido outros. Não era o que eu estava acostumada, mas eu gosto”, conta.

Nesta sexta-feira (5), o Ministério da Saúde informou que um dos médicos contratados no último edital para preencher as vagas aberta pela saída dos cubanos em Mossoró deixou o cargo. Ao todo, foram 19 no estado. Porém, de acordo com Yoanis, há pelo menos três vagas abertas na cidade.O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado afirmou ainda na sexta que está fazendo um levantamento junto às prefeituras para ter uma dimensão do déficit no estado.

*Passando na Hora

Postado em 6 de abril de 2019