Forró pode se tornar Patrimônio Imaterial do Brasil
Foto: Andrea Rego Barros / PCR
Foi ao som da sanfona do eterno Rei do Baião, Luiz Gonzaga, que o forró se popularizou pelo Nordeste até alcançar todas as regiões do país.. Seja no xaxado, xote, baião ou o forró estilizado, o que os forrozeiros gostam mesmo é o “dois pra lá e dois pra cá”. E pela sua importância para a cultura brasileira, o ritmo pode, em breve, se tornar Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
O pedido foi apresentado pela Associação Balaio do Nordeste e pelo Fórum Forró de Raiz da Paraíba e contou com a assinatura de 423 forrozeiros de todo o país.
Em entrevista à CNN, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) afirmou que o processo já está na fase final de tramitação.
“No dia 05/11 foi publicado Aviso de tramitação do processo no Diário Oficial da União e está aberto o período de 30 para manifestações da sociedade civil sobre a matéria. Na sequência, o pedido de Registro das Matrizes Tradicionais do Forró será apreciado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, última instância decisória dos pedidos de Registro do Patrimônio Cultural do Brasil”, explicou.
Para que um ritmo musical “emplaque” como patrimônio cultural do Brasil, alguns fatores são levados em conta para o registro. Relevância nacional, continuidade histórica e ser referência cultural para grupos formadores da sociedade brasileira são alguns dos critérios.
Diversas expressões das músicas, danças e artes performáticas do Brasil já são registradas como Patrimônio Cultural. Segundo o Iphan, o primeiro registro de um gênero musical foi o Samba de Roda do Recôncavo Baiano.
*CNN Brasil