Fuga em Mossoró desencadeia investigação de grupo suspeito de fraudar licitações

A fuga de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró em fevereiro de 2024 – a primeira da história do sistema penitenciário federal – desencadeou uma investigação da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União (CGU) para apurar fraudes em licitações. A notícia é do g1rn.

A Operação Dissimulo, deflagrada nesta terça (11), investiga um grupo criminoso suspeito de fraudar licitações na área de terceirização de serviços e cumpre 26 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal.

As apurações que resultaram na operação começaram após a fuga de Mossoró, quando os contratos envolvendo o presídio foram reexaminados. O caso completa um ano nesta sexta-feira (14).

Segundo a Controladoria da União, a apuração foi motivada pela publicação de notícias sobre irregularidades relacionadas à empresa R7 Facilities – Manutenção e Serviços – na gestão contratual da manutenção da penitenciária de Mossoró.

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Segundo a CGU, as apurações indicam que empresas com vínculos societários, familiares e trabalhistas teriam se associado para manipular concorrências públicas, utilizando declarações falsas para obter benefícios fiscais indevidos e garantir vantagem sobre outros participantes dos certames.

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Também foi identificado que o grupo utilizava “laranjas” como sócios para ocultar os verdadeiros proprietários das empresas, dificultando a fiscalização e ampliando a atuação do esquema.

O grupo investigado mantém dezenas de contratos vigentes com a administração pública, inclusive com a própria Polícia Federal.

Conforme a CGU, os fatos apurados podem configurar os crimes de frustração do caráter competitivo de licitação, falsidade ideológica, uso de documento falso e estelionato contra a Administração Pública.

*Via Jair Sampaio

Postado em 11 de fevereiro de 2025