Governo teme uma ‘inundação de armas’ provenientes da Venezuela e Colômbia e PCC vira ameaça nacional
Relatórios sigilosos vinculam o incremento no comércio ilegal de armas a dois fenômenos: o derretimento do regime bolivariano na Venezuela e a desmobilização das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
A elevação da oferta provoca um barateamento do produto. Em consequência, cresce o volume de vendas. São cada vez mais frequentes as apreensões de armas de fabricação Russa nas mãos de criminosos brasileiros.
Outra grande preocupação do governo na área da segurança pública é a “nacionalização” das facções criminosas de São Paulo (Primeiro Comando da Capital, PCC) e do Rio de Janeiro (Comando Vermelho, CV). Elas já controlam os principais presídios do Norte e do Nordeste.
O expansão do PCC é a que mais inquieta o setor de inteligência. A organização criminosa paulista revela-se mais uniforme e dispõe de maior capacidade econômica do que sua congênere carioca. Já começou a operar no Paraguai, onde disputa território com quadrilhas locais.
As inquietações do setor de inteligência contrastam com a incapacidade que o Estado vem demonstrando no Brasil de lidar com o avanço da criminalidade. O crime é organizado porque os governos estaduais e a União revelam-se cada vez maos avacalhados. A penúria do Tesouro Nacional e a ruína dos cofres estaduais tendem a agravar o problema.