Homem confessa à Polícia Civil de Goiás autoria de 39 assassinatos
Mais de dois meses depois de criar uma força-tarefa para tentar desvendar, inicialmente, o assassinato de 15 mulheres em Goiânia, a Polícia Civil conseguiu prender, na terça-feira (16/10), o suspeito de praticar os homicídios em série.
A Secretaria de Segurança Pública de Goiás comunicou nesta quarta-feira (15) que o vigilante Thiago Henrique Gomes da Rocha, 26 anos, confessou ter matado 39 pessoas. Na lista de possíveis vítimas, estariam oito mulheres cujas mortes eram investigadas pela força-tarefa.
O vigilante teria dito, em depoimento, que foi responsável pela morte de Ana Lídia de Souza, Bruna Gleycielle de Sousa Gonçalves, Janaína Nicácio de Souza, Lilian Sissi Mesquita e Silva, Ana Maria Victor Duarte, Isadora Aparecida Cândida dos Reis, Juliana Neubia Dias e Wanessa Oliveira Felipe. O mandado de prisão provisória foi expedido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara.
A cúpula da Segurança Pública do Estado de Goiás ainda não apresentou provas técnicas contra Thiago. Afirmou que, neste momento, poderia atrapalhar as investigações que ainda estão em curso.
Quarta-feira (15/10) pela manhã, o suspeito foi submetido a exames de praxe no Instituto Médico legal (IML) e, logo depois, encaminhado para a Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH). O vigilante, que morava com a mãe, responde a processo judicial por ter furtado placas de motocicletas em um supermercado de Goiânia, no início do ano passado.
Ao ser preso, ele teria dito que se sentia angustiado e cometia os crimes para aliviar o sofrimento. Imagens gravadas por um sistema de câmeras de vídeo de uma lanchonete ajudaram a polícia a identificar o suposto serial killer. Contratado por uma empresa privada de vigilância, Thiago trabalhava no Hospital Materno-Infantil, unidade pública do Estado, gerido pela organização social Instituto de Gestão Humanizada (IGH).
Inicialmente, a Polícia Civil de Goiás havia informado que a linha de investigação não apontava para um único assassino. No entanto, ontem pela manhã, o delegado-geral João Gorksi afirmou que os indícios apontam para um maníaco. “Eu acredito que é um serial killer. No começo, ele matava aleatoriamente, no fim, estabeleceu um padrão”, afirmou. Os outros assassinatos cometidos por Thiago teriam vitimado moradores de rua e homossexuais.
Via Robson Pires
Postado em 16 de outubro de 2014