Iraquianos são detidos no Recife ao tentar embarcar com passaportes falsos
O trio já teve um pedido refúgio encaminhado para o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), órgão responsável por analisar os pedidos e declarar o reconhecimento, em primeira instância, da condição dos refugiados.
Os iraquianos tentavam embarcar com passaportes falsos israelenses. De acordo com as duas mulheres, que não traziam nenhum documento além da falsificação, todos os dados são verdadeiros, exceto a origem.
O assessor de comunicação da Polícia Federal, Giovani Santoro, afirma que foram justamente os passaportes que despertaram suspeitas. Um representante da empresa de aviação Air Europa desconfiou da legitimidade do documento e acionou a Delegacia de Imigração.
No primeiro momento, as duas mulheres afirmaram ser israelenses, mas a informação foi desmentida após a PF entrar em contato com a embaixada de Israel e nenhuma delas conseguir se comunicar em hebraico. Só então admitiram a origem.
Apesar de receberem voz de prisão em flagrante, as duas foram liberadas e deverão responder o processo em liberdade, junto com o menor, uma criança de seis anos, filho de Eida Haji.
Segundo dados da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), o deslocamento motivado por guerras e perseguições políticas atinge mais de 65 milhões de pessoas. O Brasil hoje conta com mais de 10,4 mil refugiados.
Fonte: Diário de Pernambuco