Jardinense recupera linha do Seridó

A Viação Jardinense conseguiu na Justiça o direito de manter o exercício
das atividades da empresa na operação das linhas que tenham como
destino, origem ou itinerário, o município de Caicó. O desembargador do
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, Amaury Sobrinho, reformou a
suspensão das linhas, determinada em primeiro grau, condicionando o
retorno das atividades ao depósito judicial, no prazo de 48 horas, dos
honorários referentes à perícia de toda a frota.  A empresa deve passar
por melhorias e passagens podem sofrer reajuste.
O valor do depósito é de R$
25 mil e, segundo os advogados da empresa, já foi realizado. “São
perícias judiciais, designada pelo juiz, que vão avaliar a conformidade
dos veículos da empresa”, explicou a advogada Kênia Gadelha. Ela disse
ainda que o pagamento é uma forma de reversão ao dano moral coletivo.

O
proprietário José Baltazar afirmou na tarde de ontem que a empresa
deverá passar por algumas melhorias. “Temos uns carros novos que devem
ser colocados nas linhas de Caicó e vamos tomar uma série de outras
medidas. Mas não tem nada definido. Vamos nos reunir e definir”,
adiantou.

No final do mês passado, o juiz André Melo Gomes, da 1ª
Vara Cível de Caicó, determinou que a Viação Jardinense encerrasse as
atividades das linhas que passam por Caicó, inclusive Caicó-Mossoró,
Caicó-Pau dos Ferros e Caicó-Campina Grande (PB). A decisão é o
desdobramento de uma Ação Civil Pública impetrada pelo Ministério
Público Estadual (MPE), ainda em 2011, cobrando melhorias no serviço
prestado pela empresa.

Clandestinos

Na
ocasião, o proprietário confirmou que iria implantar as mudanças
necessárias para melhorar o atendimento. Entre elas, regular a inspeção
sobre os veículos, observância dos itens obrigatórios de segurança e
pagar até dois peritos judiciais que realizariam a fiscalização do
cumprimento do ajuste. No entanto, pouca coisa foi feita. “Fizemos
algumas mudanças, mas não pudemos fazer tudo”, esclareceu.

O
empresário alegou que é prejudicado pela falta de fiscalização do
DER/RN, que estimula a ação dos clandestinos, e pela defasagem de preços
das tarifas. “Passamos três anos e meio sem reajuste. Não podia
investir mais. Além disso, somos prejudicados com a ação do transporte
clandestino. E mesmo o transporte alternativo, autorizado pelo Estado,
não é controlado”, contou. Uma das mudanças que podem ocorrer é um
reajuste no valor cobrado pelas passagens. “Vamos conversar, cumprir
nossa parte e talvez seja necessário um reajuste”, disse José Baltazar.

Fonte: TN Online

Postado em 18 de abril de 2013