Jegues esperam por adoção no RN; Câmara discute abate para alimentar presos

Sem valor comercial, jumentos que são apreendidos nas estradas do Rio Grande do Norte esperam adoção em uma fazenda na região de Apodi (337 km de Natal). O local abriga cerca de 900 animais, que são mantidos pelo poder judiciário no local e custam R$ 1,50 por dia –R$ 40.500,00 por mês.

 Os animais estão abrigados na APA (Associação de Proteção aos Animais) de Apodi, que foi fundada em outubro de 2013, após um levantamento do MPE (Ministério Público Estadual), que verificou que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) estava com problemas para destinar os animais apreendidos nas estradas por causa da alta demanda de apreensões.

 Somente neste ano, foram 666 jumentos apreendidos pela PRF nas estradas da região Oeste do Rio Grande do Norte.

Jumentos são abandonados nas estradas depois de substituídos por máquinas e motocicletas nas fazendas.

Um levantamento do MPE apontou que entre os anos de 2010 e 2013 ocorreram 100 acidentes na região oeste do RN envolvendo jumentos soltos nas rodovias. Segundo Brito, 60% tiveram vítimas fatais.

Ontem segunda-feira (30), o pedreiro Janivan Deoclécio da Silva, 60, morreu ao se envolver em uma colisão com um jumento que estava solto na BR-405, próximo ao município Taboeiro Grande (378 km de Natal).


 “Ninguém apareceu para resgatar nenhum desses 900 animais que estão na APA”, disse o promotor de Justiça, Silvio Brito, que defende que o abate de jumentos para o consumo da carne pela população em geral.

Nesta terça-feira (1º), a Câmara dos Deputados faz uma audiência pública para discutir a utilização da carne de jegue nas refeições de alunos da rede pública e detentos do RN. 

 Via: Blog do Valdemar Tibá
Postado em 1 de julho de 2014