Juiz questiona sistema de câmeras após fuga no Complexo de Alcaçuz: “Seap precisa investigar”
O juiz da Vara de Execuções Penais de Natal, Henrique Baltazar, pediu à Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) que investigue por que a fuga de presos registrada na última terça-feira (30) não foi impedida a partir da vigilância por câmeras instaladas no Complexo Penitenciário de Alcaçuz.
“Nem o uso da vigilância eletrônica lá do próprio presídio nem a central conseguiram ver esses presos saindo da oficina de trabalho, indo até a guarita, abrindo a porta da guarita, entrando nela para sair. É algo que a Seap precisa investigar”, afirmou Henrique Baltazar, em entrevista à TV Tropical.
O magistrado também afirmou que a Seap precisa “melhorar a estrutura das guaritas”. Ele afirma que, pela falta de policiais penais, atualmente as guaritas são vigiadas apenas por câmeras. “As formas como elas estão montadas facilitaram muito a fuga”, afirmou Baltazar.
Fuga dos presos
Dois presos fugiram na última terça-feira do Complexo Penitenciário de Alcaçuz,localizado em Nísia Floresta. Os detentos escaparam do Pavilhão 5, oficialmente chamado de Presídio Estadual Rogério Coutinho Madruga.
Foi a primeira fuga no presídio desde julho de 2021. Desta vez, os presos escaparam enquanto estavam trabalhando. A fuga ocorreu por volta de 12h. Os detentos aproveitaram a falta de vigilância dos agentes penitenciários e conseguiram escapar.
A presidente do Sindicato dos Policiais Penais, Vilma Batista, afirmou que um agente precisou sair e trancou os detentos em uma oficina, mas os presos conseguiram fugir devido ao acesso a ferramentas.
A Polícia Penal está em diligências para tentar recapturar os dois fugitivos.
Os presos são identificados como Ricardo Campelo da Silva, de 43 anos, e Gustavo da Rocha Dias, de 30 anos.
*Via Jair Sampaio