Líder do governo Bolsonaro critica manifestantes: “Fumadores de maconha”
Integrantes do PSL buscaram endossar as críticas do presidente Jair Bolsonaro aos protestos que se espalharam por todo o país contra os cortes do governo na educação. As falas mais duras vieram, principalmente, do líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO), e da líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP).
Questionado sobre as paralisações, Waldir chamou os participantes do movimento de “baderneiros” e “fumadores de maconha”. “Por que querem parar? Hoje é feriado? O que acontece é que as pessoas não estão acostumadas com as palavras firmes e duras do presidente. As pessoas são manipuladas, é uma minoria. Quantas pessoas foram para rua? Quem foi? Foram aqueles fumadores de maconha, aqueles baderneiros”, disse o deputado de Goiás.
Mais cedo, o próprio Bolsonaro classificou os integrantes dos protestos como “idiotas úteis” e “imbecis”. O mesmo tom foi adotado pela líder do governo na Congresso. Ao ser ouvida sobre como avaliava as greves, ela procurou deslegitimar os movimentos.
“(Bolsonaro) nunca compactuou com esse tipo de manifestação ideológica, barulhenta e com muito pouca produtividade. Não tem como fazer diálogo com gente que está na rua gritando, esperneando, xingando o governo. Isso não é diálogo, é baderna”, disse.
Questionada se concordava, então, com a afirmação de que se tratavam de “idiotas”, a deputada do PSL evitou usar o mesmo termo. “Eu não falei isso. Eu não vou deixar que ninguém ponha nada na minha boca, mesmo os colegas de imprensa. O que eu disse é que o presidente tem posições fortes (…) e ele sempre teve essa posição de que baderna ideológica não é algo inteligente. Ele não é de meias palavras e não vai ser de meias palavras porque virou presidente”, complementou.
*Valor