Mãe presa por torturar filhos de 3 e 4 anos ficará em clínica psiquiátrica

A mulher que foi presa por torturar filhos de 3 e 4 anos para chantagear ex-marido será internada em clínica psiquiátrica. A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (12), durante audiência de custódia na Justiça Estadual.

A mulher, que tem 36 anos e é funcionária pública, foi presa na quarta-feira (10) depois de denúncia do ex-marido, que recebeu vídeos gravados pela própria mãe das crianças registrando o momento das agressões físicas e verbais. Com isso, a Polícia foi até o encontro dela e efetuou a prisão em flagrante.

Na quinta-feira (11), a mulher chegou a ir para audiência de custódia, mas o magistrado que presidia o procedimento alegou suspeição, ficando agendada uma nova audiência para a tarde desta sexta-feira, sob comando do juiz Ricardo Procópio.

Após ouvir pessoas testemunhas e a ré, o magistrado determinou a internação hospitalar compulsória em uma clínica psiquiátrica na zona Sul de Natal. Além disso, também ficaram definidas medidas cautelares e restritivas de direitos, proibindo a mulher de encontrar os filhos e sair da comarca de Natal, por exemplo.

A decisão da audiência de custódia não determinou tempo para o internamento, o que deverá ser decidido somente pelo juiz que ficará à frente do processo que irá transcorrer na Justiça. Até lá, a mulher permanecerá internada.

O caso

A Polícia Civil tomou conhecimento sobre o caso de tortura de uma mulher contra os dois filhos, de 3 e 4 anos, depois de denúncia do ex-marido. Em vídeos encaminhados para ele, a mulher mostrada as agressões contra as crianças, que levavam tapas no rosto e ouvidos, principalmente, além dos xingamentos que eram proferidos.

Segundo a investigação, os vídeos eram encaminhados como forma de supostamente pressionar o homem a retomar o relacionamento com a mulher, que havia terminado recentemente.

Após a denúncia, a Polícia Civil foi até a casa da mulher e prendeu a suspeita em flagrante, já que as agressões ocorreram em um intervalo inferior a 24 horas ao momento da prisão.

*Tribuna do Norte

Postado em 12 de abril de 2019