Maior lenda do futebol holandês, Johan Cruyff morre aos 68 anos
“Johan Cruyff morreu pacificamente em Barcelona, cercado por sua família, após uma dura batalha contra um câncer. É com grande tristeza que pedimos para que se respeite a privacidade da família durante o momento de dor”, diz nota no site oficial da lenda.
O ex-meia-atacante conquistou títulos e deixou atuações marcantes por onde passou, tendo se consolidado com um dos maiores nomes de Ajax e Barcelona, além de ser a principal referência da seleção holandesa.
Ele deixou o clube de Amsterdã, pelo qual foi revelado, em 1973, quando acertou com o Barcelona. Em cinco anos como atleta na Catalunha, ele ganhou um Espanhol e uma Copa do Rei. Seu brilho no time azul e grená, porém, viria com maior destaque na função de técnico.
Cruyff foi o comandante do Dream Team do Barça, que faturou a Copa da Europa de 1992, a primeira na história do clube.
Antes de pendurar as chuteiras e virar técnico, porém, a lenda ainda atuaria novamente em sua terra natal após deixar o Barcelona em 1978. Após ir aos Estados Unidos – para defender Los Angeles Aztecs e Washington Diplomats -, e à Espanha novamente – para jogar com o Levante -, ele iria à Holanda defender o Ajax mais uma vez e encerrar a carreira no rival Feyenoord.
Talvez seja ele o pivô de uma das maiores injustiças que o futebol tanto comete. Afinal, o jogador que eternizou a camisa 14 nunca venceu a Copa do Mundo. Mas ficou perto.
Liderado por Cruyff, a seleção holandesa que ficou conhecida como Laranja Mecânica foi vice-campeã mundial em 1974 e 1978, tendo perdido as finais para Alemanha e Argentina, respectivamente.
A injustiça, porém, não se deu no seu reconhecimento como um dos maiores nomes que já estiveram dentro das quatro linhas.
Isso não significa que ele tenha sido inquestionável em tudo. Nos microfones, ele sempre se notabilizou por dar opiniões polêmicas, como a de 2013 em que disse que Messi e Neymar não poderiam atuar juntos no Barcelona.