Marketing desastrado ajudou a afundar Henrique Alves
Os números finais do primeiro turno eram uma clara demonstração de que não surtira o efeito desejado o discurso de união de políticos que há pouco tempo eram adversários, tanto nas lutas estaduais quanto nas campanhas municipais.
O que fez, então, a coordenação de marketing do candidato Henrique Alves?
E o pior aconteceu. Não com Robinson, mas com Henrique. As urnas deste domingo mostraram que a maioria de 80 mil votos do primeiro se evaporou e o candidato do PMDB terminou o segundo turno com uma desvantagem acachapante de 142 mil votos.
Os números mostram que o desastrado marketing despertou ojeriza e aumentou de forma impressionante a rejeição ao deputado e presidente da Câmara Federal.
O desastrado marketing gerou aversão ao candidato. A estratégia de desconstrução gerou repulsa do eleitor. Ou seja, o discurso do medo e do ódio ajudou a afundar o candidato do PMDB que ganhou, entre o primeiro e o segundo turno, o voto de pouco mais de 34 mil eleitores norte-riograndenses.
O marketing desastrado gerou um fato inédito em campanhas eleitorais no Rio Grande do Norte: na última semana da campanha, o candidato do PMDB teve nada menos que 15 minutos, concedidos pela Justiça Eleitoral ao seu adversário, a título de direito de resposta.
Nas redes sociais, o tom petulante e arrogante adotado pela jornalista Laurita Arruda Câmara, mulher do candidato e irmã de Arturo Arruda Câmara, contaminou muitos seguidores e defensores da candidatura do deputado do PMDB e ajudou a cristalizar a rejeição da maioria dos internautas.
Detalhe importante: o publicitário Arturo Arruda Câmara, cunhado de Henrique Alves, é o mesmo que comandou o marketing da campanha do deputado Rogério Marinho a prefeito de Natal em 2012. Rogério começou a campanha tendo entre 17 e 18 por cento das intenções de voto. E terminou a eleição com 8 por cento dos votos.
Temos no Estado um novo marketing eleitoral.
Coisa impressionante!