Médica mexicana é internada com ‘quadro clínico grave’ após sofrer efeitos adversos da vacina contra covid-19 da Pfizer

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Uma médica internista apresentou efeitos adversos após receber a vacina Pfizer contra covid-19, e precisou ser internada em um hospital em Monterrey, no México. A médica Karla Cecilia Pérez Osorio, de 32 anos, está consciente, mas tem sequelas como dificuldade para articular palavras e também para mover pernas e braços, relatou a família.

A prima da internista, Carolina Rivas Gallardo, disse à mídia mexicana que depois de Karla ser internada na UTI do Hospital de Alta Especialidad 25, em Nuevo León, ela não teve mais convulsões, está consciente, mas com dificuldades físicas. A médica internista do Hospital Geral da Zona 7 de Monclova, em Coahuila, do Instituto Mexicano de Previdência Social (IMSS), foi vacinada às 09:30 horas do dia 30 de dezembro, no 105 Batalhão de Infantaria de Monclova, e em poucos minutos apresentou as primeiras reações.

“Com formigamento nos lábios e nas extremidades, deram-lhe um medicamento e ela voltou ao trabalho, mas 20 minutos depois apresentou paralisia dos braços, das pernas, várias convulsões, até ficar inconsciente”, explicou Rivas Gallardo.

Ángel Palestino Gallardo, marido da médica, e sua prima relataram que embora Karla tenha evoluído, ela pode ter sequelas. Eles também pediram às autoridades de saúde que investiguem e não minimizem o caso de Karla.

Em nota, o Ministério da Saúde comentou que Karla Cecilia Pérez Osorio apresentava quadro de erupção cutânea, convulsões, diminuição da força muscular, paralisia de braços e pernas, convulsões frequentes e dificuldade respiratória.

Foi a família de Karla que pediu ajuda pelas redes sociais diretamente à diretora-geral do Instituto Mexicano de Previdência Social, Zoé Robledo. Em seguida, foi ordenada sua transferência para o referido hospital especializado em Nuevo León.

Nessa unidade médica, deram-lhe um tratamento para reduzir o inchaço cerebral apresentado e controlar as convulsões. Ela está sendo tratada com esteroides e anticonvulsivantes para reduzir o risco de sequelas.

A farmacovigilância no México determinou que o caso de Karla, que mora em Monclova há 5 anos com seu marido, também natural de Veracruz, deve ser estudado para determinar se a reação alérgica é decorrente de seu próprio estado de saúde, já que ela tem histórico de alergia a medicamentos como o trimetoprima com sulfametoxazol, usado para infecções, ou faz parte de um evento relacionado à vacinação.

Nos estudos clínicos da fase III da Pfizer, não há evidências científicas disponíveis de nenhum caso de encefalite após a aplicação da vacina, daí a importância de esclarecer as causas do quadro clínico grave.

A Direção Geral de Epidemiologia e o Centro Nacional de Saúde da Criança e do Adolescente (Censia), em conjunto com o Instituto Mexicano de Previdência Social (IMSS), estudam este caso, no qual a Comissão Federal de Proteção Contra Riscos Sanitários (Cofepris) participa ativamente. Eles não deram mais detalhes.

*CONEXÃO POLÍTICA

Postado em 5 de janeiro de 2021