Ministério da Saúde detalha novas orientações para casos suspeitos de coronavírus
Foto: Vinícius Loures / Câmara dos Deputados
Novas orientações para atendimento à população nos postos de saúde foram detalhadas pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (19). As medidas valem para Estados onde há transmissão comunitária — quando não é mais possível identificar a origem da doença.
A partir de agora, quem chegar às Unidades Básicas de Saúde com sintomas respiratórios associados ou não a febre terá máscara à disposição, será levado para isolamento — seja em espaço fechado ou ao ar livre —, e receberá a classificação de síndrome gripal. A partir daí, será tratada como se tivesse contraído o novo coronavírus. Quem apresentar quadro grave será encaminhado para atendimento de urgência ou emergência.
Os que procurarem o posto de saúde com sintomas leves serão medicados e liberados para isolamento domiciliar por duas semanas, com acompanhamento presencial ou por telefone a cada dois dias. Além disso, todos os familiares que têm contato com esses pacientes — com quadro grave ou leve — também receberá atestado médico com validade por 14 dias, mesmo que estejam assintomáticos. A intenção do governo é incentivá-los a também adotarem o isolamento domiciliar.
— O próximo passo, se isso não tiver efeito, é a determinação. Vamos, primeiro, na educação e na consciência. Por favor, brasileiros, em caso de gripe recolham suas famílias. Permaneçam dentro de casa — pontuou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, orientando que as pessoas procurem as Unidades Básicas de Saúde em vez de as emergências dos hospitais.
Receberão prioridade no atendimento pessoas acima de 60 anos que tenham doenças crônicas, gestantes e mulheres que tiveram filho nos últimos 45 dias. Sobre lactantes, a recomendação é de que a amamentação não seja interrompida diante de síndrome gripal.
Não é mais possível identificar a origem do vírus em Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Conforme dados do Ministério da Saúde, até às 19h20min desta quinta-feira, havia 621 casos confirmados no país, sendo 286 somente em São Paulo. São seis óbitos — quatro em São Paulo e dois no Rio — o que significa 1% de taxa de letalidade. A Secretaria de Saúde de São Paulo já contabiliza sete mortes.