Ministério da Saúde pede ao Butantan antecipação de entrega de 46 milhões de doses de CoronaVac

Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

O Ministério da Saúde divulgou neste sábado o documento de confirmação de compra das 54 milhões de doses adicionais da CoronaVac.

No ofício, Antônio Elcio Franco Filho, secretário-executivo da pasta solicita a possibilidade de antecipação da entrega de 46 milhões de doses do imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

“Solicito também avaliação e manifestação expressa quanto à possibilidade de antecipação do cronograma de entrega das 46 milhões de doses, atualmente previsto na Cláusula Segunda o Contrato nº 5/2021”, descreve o documento.

O cronograma inicial previa a entrega das 46 milhões de doses da CoronaVac até o dia 30 de abril de 2021. Confira abaixo as etapas:

1ª parcela – 8.700.000 de doses (6 milhões importadas e 2,7 milhões de produção nacional) até 31/01/2021

2ª parcela – 9.305.000 de doses (produção nacional) até 28/02/2021

3ª parcela – 18.065.000 de doses (produção nacional) até 31/03/2021

4ª parcela – 9.930.000 de doses (produção o nacional) até 30/04/2021

O Ministério da Saúde solicitou ainda “que seja antecipado o processo de registro junto à Anvisa até o final de fevereiro de 2021” para que “com essas doses adicionais, podermos dar início junto com todos os Estados e Municípios à vacinação em massa da população brasileira”.

A pasta pediu que o Butantan apresente à Saúde um cronograma de entrega das 54 milhões de doses de CoronaVac adicionais até 3 de fevereiro, quarta-feira, para que o novo contrato seja assinado até o dia 5 de fevereiro.

Na última sexta-feira, o Ministério da Saúde confirmou a compra de 54 milhões de doses adicionais da vacina contra a Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. A decisão ocorreu depois de o governo de São Paulo dar um ultimato para que o governo federal se pronunciasse até o dia 5 de fevereiro sobre o assunto.

A pasta também disse não se opor a que o governo de São Paulo retenha as doses de vacina que cabem ao estado, desde que sejam apresentados os recibos de entrega e recebimento e seja respeitada a divisão equitativa entre os entes federativos.

*O Globo

Postado em 30 de janeiro de 2021