Ministério Público investiga suspeita de manipulação de resultados no Campeonato Potiguar
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O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte abriu um Procedimento de Gestão Administrativa para investigar denúncias de uma possível manipulação de resultados no Campeonato Potiguar.
Instaurado no último dia 25 de maio, o processo é oriundo de uma representação feita pela Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF), que pediu ao MP que investigasse a possibilidade de fraude no jogo entre Globo e Santa Cruz de Natal, realizado no estádio Barrettão, em Ceará-Mirim, no dia 23 de maio.
A motivação que levou a FNF a pedir a ação do órgão ministerial foi o vídeo de uma confusão que aconteceu após o apito final da referida partida, onde atletas da equipe do Globo aparecem em uma discussão ríspida com o presidente de honra do clube, o senhor Marconi Barretto. As cenas ganharam repercussão nas redes sociais e na imprensa, e acabou chegando ao presidente da FNF, José Vanildo, que determinou o envio do caso às autoridades, além do MPRN, o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Norte (TJD-RN) também foi provocado, para a apuração devida.
“A FNF pede ao Tribunal que apure e elucide os fatos para que não haja dúvidas sobre a correção de clubes e equipes em campo. Em casos confirmados, a FNF pede ao Tribunal que puna rigorosamente os envolvidos nos casos”, disse a entidade em nota oficial divulgada dia 24 de maio.
O que está sob investigação ministerial é específico e recai sobre o time de Ceará-Mirim. A investigação vai além dos 90 minutos disputados na tarde daquela segunda-feira, e analisa uma suposta parceria que o clube tinha com uma empresa de gestão que estava participando da administração da Águia.
Apesar de levantadas suspeitas sobre outros jogos envolvendo outros times, o caso do Globo foi o que chegou ao MP e está sendo investigado sob os cuidados do promotor Luiz Eduardo Marinho da 79ª Promotoria de Justiça da Comarca de Natal.
“O que chegou para mim especificamente foi relacionado a esses fatos do Globo e logicamente, por consequência, com relação a essa parceria que o clube tinha”, diz o promotor Luiz Eduardo Marinho que também falou sobre outros casos de possíveis fraudes levantadas nas redes sociais e divulgadas pela imprensa: “Eu vi essas questões de Palmeira e Assu. Ilações existem nas redes sociais e na imprensa esportiva. Agora o MP não pode ser o corregedor do futebol”, completa o promotor.
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