Morre o cantor Abilio Farias
O cantor Abilio Farias morreu vítima de complicações cardíacas na noite
desta sexta-feira (14), no Prontocord – Hospital do Coração, localizado
na Avenida Álvaro Maia, Zona Centro-Sul de Manaus. O cantor, que tinha
66 anos, era natural de Itacoatiara, a 175 quilômetros de Manaus, e ficou conhecido no Amazonas com a música ‘Ciganinha Feiticeira’.
desta sexta-feira (14), no Prontocord – Hospital do Coração, localizado
na Avenida Álvaro Maia, Zona Centro-Sul de Manaus. O cantor, que tinha
66 anos, era natural de Itacoatiara, a 175 quilômetros de Manaus, e ficou conhecido no Amazonas com a música ‘Ciganinha Feiticeira’.
De acordo com Joelma Farias, de 40 anos – filha do cantor – Abilio
morreu por volta das 19h30. “Ele teve um infarto na segunda [10] e foi
levado para o Hospital Beneficente Portuguesa, no Centro. Lá, eles
fizeram um cateterismo e os médicos constataram que as artérias estavam
entupidas”, relatou.
Após a constatação de que as veias do cantor estavam entupidas, ele foi
transferido para o Prontocord para que fosse implantada uma ponte de
safena. Depois da cirurgia, que aconteceu na terça-feira (11), ele se
recuperava no hospital, mas acabou tendo falência dos rins nesta sexta.
Segundo Joelma, em 2010, o pai já havia se submetido ao primeiro
cateterismo. Na ocasião, ele recebeu um equipamento utilizado para
alargar as artérias.
Velório
O velório e o enterro do cantor vão acontecer neste sábado (15). O
corpo será velado na Funerária São Francisco, localizada ao lado do
Terminal de Ônibus da Cachoeirinha (T2). O enterro vai acontecer no
Cemitério São João Batista.
Durante o velório, será cantada a música ‘Luzes da Ribalta’, de Charles
Chaplin. Segundos os familiares, a canção foi escolhida por Abilio para
ser interpretada pelo amigo coronel Martins no dia de seu velório.
“Eles firmaram um acordo: quem morresse primeiro receberia a homenagem
do outro”, disse Joelma.
O secretário de Segurança Pública (SSP), coronel Paulo Roberto Vital,
que era amigo de Abilio, disse que esteve pela última vez com o cantor
no dia do infarto. “Ele esteve lá na secretaria [SSP] me visitando,
porque éramos muito próximos. Somos conterrâneos e eu o conhecia há 60
anos”, contou.
Entre as lembranças que Joelma guarda do pai está um disco com o Hino
do Clube do coração de Abílio, o Nacional-AM, e uma frase célebre.
“Quando eu era criança, meu pai me deu um vinil azul com o hino e eu
ouvi o dia inteiro, mas o mais marcante é uma frase que ele sempre
dizia: Escorregar não é cair!”, relembrou.
Carreira
José Abilio de Moura Farias tinha mais de 50 anos de carreira. Nos anos
1970, chegou a ser o ‘cantor mascarado’ do Programa do Chacrinha.
Afixionado por esportes, torcia para o Flamengo do Rio de Janeiro e para
o Nacional do Amazonas.
Segundo a filha Joelma, Abilio foi dependente químico por 30 anos, mas
há cinco, havia abandonado o vício por “força de vontade”.
Ele fazia aniversário no dia 23 de fevereiro, mesma data do ex-senador e
ex-governador do Amazonas, Gilberto Mestrinho, do qual era amigo. De
acordo com Joelma, no dia do aniversário, eles ligavam para parabenizar
um ao outro.
O cantor era viúvo e deixou quatro filhos, todos criados no ambiente
musical. O último show dele aconteceu em Humaitá, a 675 quilômetros de Manaus.
O último álbum do cantor foi um especial com músicas de Waldick
Soriano. Ele também se preparava para uma turnê pelo Nordeste do país no
segundo semestre deste ano.
Fonte: Brega Blog
Postado em 16 de junho de 2013