Morte de jovem torturada na Região Metropolitana do Recife teve participação de ex-namorado trans

O envolvimento em um suposto um triângulo amoroso formado por três adolescentes — duas garotas e um transexual — foi a provável motivação para a morte da estudante de 14 anos torturada, esfaqueada, espancada e depois afogada no Pontal de Maria Farinha, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. A sequência de horrores foi filmada em um vídeo de oito minutos que vem circulando nas redes sociais.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Álvaro Muniz, um das suspeitas, de 15 anos, é fugitiva da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) e a outra, da mesma idade, tem passagem pela polícia por assalto.

“A menina de 14 anos não teve nenhuma chance de defesa, é uma morte chocante”, detalhou o delegado. “O flagrante ainda está em curso, mas já está configurado o ato infracional análogo a homicídio duplamente qualificado. Teve crueldade, não houve possibilidade de a vítima se defender. Os próprios policiais militares encontraram dificuldade no momento da apreensão por conta da agressividade dos suspeitos”, completou.

Segundo informações preliminares relatadas pelos adolescentes envolvidos, a vítima manteve por dois anos um relacionamento com o transexual, que atualmente namora com a outra suspeita pela morte. Na manhã desta terça-feira (25), de acordo com os depoimentos, a estudante teria marcado um encontro com o transexual numa área deserta da Praia de Maria Farinha.

Logo depois do encontro, a atual companheira do transexual chegou ao local e iniciou as agressões. Nas imagens, ela aparece dizendo que as torturas se devem ao fato de a estudante “estar com um homem casado”, se referindo ao transexual. Embora tivesse um envolvimento amoroso com a vítima, ele também passou a atacá-la e a incitar as agressões.

Em certo momento, ele aparenta golpear a garota já muito ensanguentada com uma faca. Depois, enquanto filma, grita para a companheira: “Tá com pena? Afoga ela!”.

No início da noite, a mãe e o namorado da vítima chegaram ao Instituto de Medicina Legal do Recife e, muito nervosa, contestou a informação de que a filha fugiu da escola para se encontrar com uma das suspeitas. Segundo a mulher, a estudante foi levada para Maria Farinha por um homem que a pegou em um carro na porta da escola, na região central do Recife.

Ela também afirmou ter pedido ajuda do Conselho Tutelar porque a filha começou a ser perseguida pelo transexual após o término do relacionamento que eles mantinham. O namoro acabou no fim de 2018 e, por conta das ameaças pelo fato de ele não aceitar o rompimento, a garota precisou mudar de escola e saiu da casa do pai para morar com a mãe. “Ela estava com um namorado novo, cheia de planos e muito feliz”, contou a mulher.

Mãe havia procurado Conselho Tutelar por conta de perseguições após término de relacionamento

No início da noite, a mãe e o namorado da vítima chegaram ao Instituto de Medicina Legal do Recife e, muito nervosa, contestou a informação de que a filha fugiu da escola para se encontrar com uma das suspeitas. Segundo a mulher, a estudante foi levada para Maria Farinha por um homem que a pegou em um carro na porta da escola, na região central do Recife.

Ela também afirmou ter pedido ajuda do Conselho Tutelar porque a filha começou a ser perseguida pelo transexual após o término do relacionamento que eles mantinham.

O namoro acabou no fim de 2018 e, por conta das ameaças pelo fato de ele não aceitar o rompimento, a garota precisou mudar de escola e saiu da casa do pai para morar com a mãe. “Ela estava com um namorado novo, cheia de planos e muito feliz”, contou a mulher.

O namorado fez um apelo para que as imagens da morte parem de circular nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens. “Peço que quem estiver com esse vídeo, por favor, apague e não compartilhe”. O corpo de Raíssa Sotero Rezende, 14 anos, foi liberado do Instituto de Medicina Legal (IML) na manhã desta quarta-feira (26). O velório será nesta manhã, no Cemitério de Santo Amaro, e o enterro está previsto para as 14h, no mesmo local.

* OP9/PE

Postado em 26 de junho de 2019