Mulher é condenada por fingir ser homem para namorar com amiga
A britânica Gayle Newland, de 25 anos, foi condenada nesta terça-feira em três acusações de agressão sexual por ter fingido ser homem para namorar com uma amiga. De acordo com a acusação, ela usava o nome de Kye Fortune e chegou a manter um relacionamento à distância de dois anos com a vítima, que ficava vendada quando elas se encontravam. No período, as duas tiveram cerca de dez relações sexuais, até que a vítima tirou a venda em um dos encontros e viu que o “namorado” era mulher.
— Eu estava sentada na cama, ele estava em pé. Algo me disse para tirar a venda e foi o que fiz. Quando eu tirei, Gayle estava lá… Eu não podia acreditar. No mesmo momento, ela colocou a mão sobre o rosto e disse: “não é o que você está pensando”
— contou a vítima na semana passada, no início do julgamento na corte de Chester, na Inglaterra.
Em depoimento por videoconferência, a vítima, que não teve o nome divulgado, contou ter conhecido Kye Fortune em 2011, por meio de redes sociais na internet, na mesma época em que conheceu Gayle.
Em depoimento por videoconferência, a vítima, que não teve o nome divulgado, contou ter conhecido Kye Fortune em 2011, por meio de redes sociais na internet, na mesma época em que conheceu Gayle.
O relacionamento entre os dois era on-line e por telefone, pois o personagem Kye Fortune dizia ter sofrido um acidente automobilístico e descoberto um tumor cerebral e, por esse motivo, estava em tratamento no hospital.
Em fevereiro de 2013, os dois finalmente se encontraram pessoalmente e tiveram relações sexuais, mas, de acordo com a acusação, Kye Fortune, ou melhor, Gayle Newland, teria pedido para a parceira vendar os olhos pois tinha vergonha das cicatrizes.
Em fevereiro de 2013, os dois finalmente se encontraram pessoalmente e tiveram relações sexuais, mas, de acordo com a acusação, Kye Fortune, ou melhor, Gayle Newland, teria pedido para a parceira vendar os olhos pois tinha vergonha das cicatrizes.
Segundo a descrição da vítima, Gayle usava um chapéu, uma bandagem no peito dizendo se tratar de um monitor cardíaco e um pênis prostético.
Gayle negou todas as acusações, dizendo que a vítima sabia que ela estava se passando por um homem em um jogo sexual entre elas. Ela também negou ter vendado a parceira, tampouco usado bandagens no corpo, mas o juri, formado por oito mulheres e quatro homens, decidiu pela condenação em três das cinco acusações.
Gayle negou todas as acusações, dizendo que a vítima sabia que ela estava se passando por um homem em um jogo sexual entre elas. Ela também negou ter vendado a parceira, tampouco usado bandagens no corpo, mas o juri, formado por oito mulheres e quatro homens, decidiu pela condenação em três das cinco acusações.
A sentença será dada apenas em novembro. Até lá, Gayle deve manter endereço fixo e não manter contato com a vítima. De acordo com o juiz Roger Dutton, que analisou o caso, Gayle tem “sérios problemas em torno de sua personalidade”.
— Como você pode me prender por algo que eu não fiz — respondeu Gayle.
— Como você pode me prender por algo que eu não fiz — respondeu Gayle.
— As regras de sentenciamento são claras e o aprisionamento é inevitável, mas eu preciso examinar melhor o caso antes de dar esse passo — disse Dutton.
O juiz também determinou que Gayle consulte um psiquiatra e faça serviços comunitários como parte da sentença.
Além da vítima, o juri ouviu outra mulher que foi enganada por Gayle. Em depoimento, ela disse ter adicionado Kye Fortune como amigo no Facebook e o relacionamento se desenvolveu, sem elas se encontrarem. Sempre que tentavam marcar alguma coisa, Gayle, ou Kye, inventava uma desculpa.
O juiz também determinou que Gayle consulte um psiquiatra e faça serviços comunitários como parte da sentença.
Além da vítima, o juri ouviu outra mulher que foi enganada por Gayle. Em depoimento, ela disse ter adicionado Kye Fortune como amigo no Facebook e o relacionamento se desenvolveu, sem elas se encontrarem. Sempre que tentavam marcar alguma coisa, Gayle, ou Kye, inventava uma desculpa.
Ela descobriu que se tratavam da mesma pessoa ao ver a foto de um cachorro de Kye, que era o mesmo de Gayle.
— Eu liguei para o telefone de Kye e perguntei pela Gayle, e reconhecia a voz dela. Eu descobri que Gayle Newland fingia ser Kye Fortune, e desliguei imediatamente. Me senti estúpida — disse a segunda vítima.
— Eu liguei para o telefone de Kye e perguntei pela Gayle, e reconhecia a voz dela. Eu descobri que Gayle Newland fingia ser Kye Fortune, e desliguei imediatamente. Me senti estúpida — disse a segunda vítima.
*O Globo
Postado em 16 de setembro de 2015